terça-feira, 1 de novembro de 2016

Manifesto pela Educação/ Manifesto conta o duplipensar.

 Só a educação nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.

Não temos tempo para ter medo. Nossa aula hoje não será sobre matrizes ou orações coordenadas, tão pouco sobre mitoses e meioses. Hoje a figura de destaque da aula não é o professor. Somos nós. Nós estudantes. Nós que estamos vendo o sistema educacional desmoronar na nossa frente. Ocupar e resistir. Ocupar e existir.

Contra todas as Pec´s 241. Contra o mercado Mendonça do ensino privado. Contra todas as ideologias excludentes adquiridas de consciências enlatadas. Contra todos os Bolsonaros, Olavos e Frotas.

Comemos-vos.

No matriarcado de Pindorama! Na terra de Capitu! Deixemos de lado o elitismo linguístico de José Dias.

Nunca fomos doutrinados. Fizemos as Diretas Já acontecer. Fizemos Paulo Freire ler o mundo.

Transformamo-nos.

Não nos deixemos abater por pistolas fascistas, substituímo-las por flores. Façamos da poesia nossa voz impressa e declamada em luta contra a aniquilação do senso crítico. Lutemos em oposição à uma escola parnasiana de preciosismo formal. Por uma escola que destaque a política como parte necessária de nossas vidas. Por uma escola que não perpetue o racismo velado de cada dia.

Resistir. Resistir. Resistir. Resistir. Resistir. Resistir. Resistir. Resistir.

Vivenciamos a transmutação infindável do Tabu em Totem.

Nós vamos proclamar a nossa independência. Expulsar o espirito peemedebista e aniquilar esse sistema organizacional calcado por uma ideologia de Panótipo.

Contra uma sociedade opressora. Contra Temer. Contra a Escola Sem Partido. Contra 20 anos de sofrimento. Contra o fim do mundo.

Estudantes de todo o Brasil, uni-vos!!!






                                                                         Nina Meneses.

15 comentários:

  1. Achei foda! Bem um manifesto, intenso, foge dos padrões da escrita formal.

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  2. Achei muito bom, destaque pra referência até mesmo linguística ao tio Marx.

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  3. Uma sacada muito incrível! Relacionar os movimentos estudantis à um Manifesto, referência ao Manifesto Comunista. É universal, é linguagem que explica o movimento e pacifica a forma de olhar, tem referências políticas e culturais. Parabéns!

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  4. Gostei muito da estética do texto, bem diferente, além das várias referencias e como relacionou-as ao tema. Bem inteligente, como disse oliver fagundes, relacionar-se com o manifesto comumista, dando um caráter revolucionário as ocupações, bem inteligente.

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  5. Realmente a analogia do tema com o manifesto foi genial e deixou seu texto original, diferente de simples relatos. Gostei das referências escolares utilizadas e da escolha das palavras, deram emoção ao texto.

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  6. Muito bom! imagino esse texto sendo entregue em panfletos para todos os estudantes do brasil.. Analogia com o Manifesto e referências geniais.

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  7. Excelente ideia para abordar o tema proposto! É diferente dos que vemos aqui, e faz com que se destaque. A leitura é boa e as referências fazem do texto mais forte.

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  8. Muito bom! Como já foi dito acima foi uma sacada muito boa relacionar o manifesto com o tema, o proletariado com os estudantes. Mas, uma nota, ali você fala sobre deixar de lado o elitismo linguístico, mas o texto é construído seguindo uma forma elitizada da língua, não? Não imagino pessoas com menos instrução se sentindo contempladas. De qualquer forma, achei excelente, assim como todos os teus textos que li.

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  9. Gostei da ideia de transformar a crônica em manifesto, os tempos que vivemos pedem isso. Porém, minha única ressalva que achei um pouco apelativo, fazendo relações muito diretas a partidos e com muitas repetições. Me lembrou descrição de evento pra atos do facebook

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  10. Fugiu dos padrões formais da escrita, um lindo manifesto, texto intenso e cheio de referências interessantes, citando aqueles que se entregaram por um país melhor, tanto na arte quanto na política. Parabéns!

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  11. Fugir dos padrões é sempre bom! Texto incrível com um teor argumentativo de extrema riqueza, tanto no uso das palavras quanto no conhecimento abordado diante de inúmeras referências históricas.

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  12. Um texto escrito como manifesto, representando a revolta de muitos estudantes em relação ao sistema que nivela a sociedade por baixo.
    A relação com o manifesto gera perenidade ao texto. E ele ultrapassa os limites do jornalismo ao revelar a ideologia dos alunos pertencentes a ocupação, ou pelo menos gera um ethos a respeito desses alunos.

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  13. Achei surpreendente o formato de um manifesto. Muito bem escrito e poderia realmente ser usado pelas ocupações. Gostei da referência à 1984 e das referências à cultura brasileira.

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  14. Achei muito interessante o texto como manifesto, além das referencias muito boas!

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  15. Um bom manifesto e bom uso das referências.

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