sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Textos longos, deusas, autoavaliação, o caminho até aqui e um adeus (que espero ser até breve).

 Meu pseudônimo é Filha de Oyá, escrevi 7 crônicas, 8 com essa e fiz 72 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso. 

Antes de escrever minha primeira crônica para o blog, na semana que falamos sobre Traumas, eu ainda não tinha decidido qual seria meu pseudônimo e também lutava pra balancear se deveria ou não escrever sobre meu pai; entregue pelo vento, a coragem me veio faltando apenas 1 hora pra entregar e enquanto estava escrevendo Filha de Oyá veio a mim também, como um abraço, doloroso mas necessário e desde então passou a fazer muito sentido em mim. 

Sinto que Filha de Oyá nasceu pela minha busca por colo e espiritualidade ancestral, essa que, ironicamente, ainda não encontrei. Oyá é transformação e libertação, o vendaval antes da tempestade e os trovões que se fazem nela. Oyá é fogo, vento e tempo. Sinto muito dela na minha escrita atualmente, esse turbilhão de coisas que ela é, e por mais que eu ainda falhe em estar conectada com minha ancestralidade (e com a minha família) eu sinto que o sangue que corre nas minhas veias vem de muitos outros cantos e outras lutas. Acho que de forma inconsciente me dizer Filha de Oyá, mesmo que apenas nesse blog, me da segurança de um lar, de um colo e de carinho, o que eu sempre encontrei na escrita. Traz também essa certeza bonita de que estou próxima do meu povo e dessas conexões com o passado imaterial em África. 

Escrever "Um Estudo de Sol e Luz" foi minha maior aventura aqui. Há anos eu não escrevia narrações e não dava vida a esse monte de história que vive na minha cabeça. A frenesi e o coração quentinho que senti por todo o caminho de escrita foi indescritível. Eu li aquela crônica várias vezes só pra conseguir imergir na cena novamente, o que vi em Sol Luz me encantou e eu realmente queria viver no apartamento cheio de plantas dela. Escrever essa crônica me deu paz por alguns dias. (e aliás Sol Luz é totalmente lufa-lufa na minha cabeça, acho importante dizer isso). 

Se eu for falar sobre tudo que ganhei vou me estender muito (o que já é costume por aqui) então eu queria começar pela minha principal perda: a oportunidade de não me sabotar. Toda semana é a mesma história, sempre acho que não tenho capacidade de escrever sobre o tema, me saboto até os últimos segundos do dia (como estou fazendo agora). Eu queria ter perdido isso ao longo do período mas é parte de mim, pelo menos por enquanto. 

Quanto aos ganhos, de forma breve, tenho muito a agradecer. Ganhei, pelo menos uma vez na semana, um encontro com a minha escrita que tinha se perdido há uns anos. Ganhei muito também com os comentários dos outros pseudônimos que puxaram minha orelha quando necessário e semana a semana me deram coragem e lugar pra ser eu mesma. 

Por tudo que produzi, acredito que minha nota deveria ser 8,7. Pelo fato de ter deixado de fazer 2 crônicas. Finalmente, pra mim, Formiga Atômica merece nota 10, pela escrita rica, metáforas incríveis e por sempre compartilhar textos tão cativantes. 

É, isso. Obrigada gente. Espero encontrar vocês por aí!!


                                                                                                                  Filha de Oyá

Vejo vocês no fim do mundo

 Eu sou a Mulher do Fim do Mundo. Ao longo desse período, pude me sublimar a partir de 9 crônicas (10 com essa). Pude rir, me emocionar, me intrigar e criticar lendo textos dos meus companheiros e escrevendo 116 comentários.

A “mulher do fim do mundo” surgiu a partir da música de Elza. Elza Soares, cantora potente, excêntrica e única. Uma vez ouvi um homem dizer que ela era estranha e parecia um monstro. Então que eu seja o monstro! Monstro-mulher, preta, trans, latino-americana, periférica, bissexual, prostituta, cronista, artista e muito mais. Além disso, descobri mais um significado para esse pseudônimo em minha última crônica. Eu disse “todo fim é necessário para dar lugar a um novo começo”. Mulher do Fim do Mundo porque percebi que o mundo que nós conhecemos precisa chegar ao fim para que possamos construir um novo começo, um novo mundo. Mas, enquanto o apocalipse não chega, sigo existindo e cantando, até o fim.

Poderia escolher várias dentre as crônicas que fiz, porque me deleitei escrevendo quase todas elas. Poderia dizer que foi a primeira, que veio acompanhada daquela excitação de quem faz algo novo – ainda não sabia exatamente como a oficina funcionaria, mas certamente estava animada pra descobrir. Porém, contra todas as minhas expectativas e contrariando o meu desgosto em fazer autoavalizações, a crônica 10 foi a que mais tive prazer em construir. Voltando aos primórdios do blog, seguindo nossa trajetória desde os primeiros textos até aqui, percebi o quanto crescemos juntos nesse tempo, o quanto eu cresci. 

Não posso dizer que perdi tempo, pois todas as horas que passei lendo crônicas de diversos autores para me inspirar, pesquisando mais sobre os temas da semana, pensando no que eu ia escrever, escrevendo, lendo o trabalho dos companheiros, pensando, e por fim comentando – jamais poderia perder com isso. O que eu perdi foi a oportunidade de me dedicar mais a oficina. De qualquer forma, eu ganhei muito. Ganhei a oportunidade de ser lida. Ganhei a oportunidade de me criar e me recriar a cada texto que escrevia e que lia. 

Por tudo isso, creio que mereço a nota 9,5. Apesar de ter tentado, não acho que dei o máximo de mim e, pode ser que eu me cobre muito, mas queria ter comentado mais e escrito melhor. Porém, não posso negar o quanto me doei. Em cada crônica e em cada comentário, com todo carinho e dedicação que pude. Quando não tinha nenhuma crítica construtiva, preferi não dizer nada. Quando tinha o que falar, falava tudo o que podia.

Não sei se daria nota máxima pra todo mundo, mas se uma nota pudesse mensurar a experiência que tivemos nessas 10 semanas, tenho em mente um grupo que certamente mereceria, pois me conquistaram. Odeio ter que decidir só uma pessoa, por isso vou destacar duas. Michael Scarn, obrigada por permitir que eu me identificasse com vários dos seus textos. Formiga Atômica, obrigada por ser o anarquista ateu, motivo de lágrimas e sorrisos no meu rosto. Muito obrigada a todos que passaram por essa experiência comigo. Sinto que sou extremamente próxima de todos vocês e, mesmo não sabendo os rostos por trás dos textos, não tenho dúvidas de que todos são incríveis. 

Aqui me despeço, mas sei que vamos nos encontrar de novo. Vejo vocês no fim do mundo.


                                                                                                A Mulher do Fim do Mundo


Que gato é esse?

 Olá, leitores.

Como sabem, meu pseudônimo é Gato de chita e durante minha pequena jornada por aqui escrevi 9 crônicas. Pude aprender, compartilhar experiências e me divertir muito com suas histórias cheias de emoção. Com crônicas tão incríveis, fiz 180 comentários nos textos de outros pseudônimos. 

Bom, a escolha do meu nome foi influenciada por uma música que é muito especial pra mim, chamada “Serendipity”. Em um dos trechos da música o cantor fala sobre ser um gato de chita, um gato de 3 cores: preto, branco e caramelo. No trecho ele diz, “Eu sou seu gato de chita, que veio pra te encontrar. Me ame agora, me toque agora”, gosto muito dessa parte pois amo gatos e achei super fofo. Gostaria de ser o gato de chita de alguém e viver um pouco das coisas lindas ditas na música.

A crônica “Como gostaria”, foi uma das que mais sofri pra escrever. Chorei... chorei muito, precisei sair, respirar, tomar uma água, mas depois de colocar tudo aquilo no word (quase escrevi “papel”) a sublimação fez efeito e me deixou leve, aliviada de ter colocado tudo pra fora. O processo de escrita não foi prazeroso, doeu, mas o resultado foi sim algo muito bom e me sinto grata por ter recebido essa proposta.

Acho que os meus ganhos aqui foram maiores do que as perdas, se é que posso chamar de perda. Aprendi a polir a minha escrita, recebi críticas que me fizeram melhoram, li obras de arte e fui capaz de ativar uma criatividade que nem eu sabia que tinha. A perda? Não sei dizer, mas devo admitir que foi um pouco cansativo comentar tanto por aqui.

Por tudo o que produzi, eu acredito merecer um 10, pois me dediquei muito nos meus textos pra poder entregar algo que lhes agradasse de alguma forma e me esforcei pra tentar comentar em todas as crônicas toda semana. Fiz todas as crônicas e pelo retorno que recebi dos meus companheiros consegui cumprir as propostas apresentadas.

Na turma, a “Filha de Oyá”, merece nota 10 por ter produzido textos muito bem escritos, cheios de sentimento e entrega, compartilhando conosco verdadeiras obras primas com o uma essência poética que me fascinou. 

Muito obrigada por lerem meus textos e por terem compartilhado suas histórias e seu interior através das palavras. Deixo aqui, meu mais sincero ronronar. 

Com amor,

                                                                                                                      Gato de Chita

CRÔNICA

 Me chamo Sol e Luz, escrevi nove crônicas e fiz 50 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog da disciplina.

O motivo que me levou a escolha do nome Sol e Luz foi a vontade de ser brilhante como o Sol, pois, ele brilha e ilumina onde sua luz pode chegar e isso me inspirada! Gosto de levar luz onde passo e escolhi ser Sol e Luz aqui também.

Até aqui posso dizer que das nove crônicas escritas, Ana e sua estrela foi a que eu mais gostei de escrever e a que mais gostei do resultado, apesar de tratar de um assunto bem triste para mim.

Sem dúvidas ao longo dessas nove crônicas ganhei a habilidade de me desafiar na escrita e apesar de muitos erros no caminho acredito ter me superado, mesmo que de maneiras imperfeitas, consegui escrever as crônicas de cada semana. Perdi o medo de escrever, perdi um pouco do medo de ser criticada e claro perdi um pouco do meu tempo para ler, escrever e fazer comentários, porém, no fim tirei um bom aprendizado de tudo.

Por tudo que produzi, acho que mereço a nota 9,0, porque mantive uma trajetória de muitos altos e baixos, cometi alguns erros durante a produção que atrapalharam em alguns textos e fiz poucos comentários, apesar de sempre ler as crônica da semana.

Na turma, o pseudônimo Filha de Oyá merece a nota 10 porque seus textos  são sempre muito bem escritos, mostram sua forma de ver o mundo ao seu redor e refletir, de poética ou dramática! Sem dúvidas ela fez um excelente trabalho.


                                                                                                              Sol e Luz

Avaliação do Pica-Pau

 Quem diria que eu escreveria sobre meus traumas, minha autossabotagem e as inúmeras coisas que me arrependo em minha vida. Nunca fui de falar sobre os meus problemas para alguém, mas graças as crônicas pude organizar meus sentimentos e me autoanalisar. Foi a válvula de escape que eu precisava! Creio que só tive ganhos com essa experiência, a cada semana um tema em que eu poderia ou não ter ideias de imediato, exposto às críticas e tentando melhorar. Felizmente, o uso do pseudônimo amenizou um pouco meu nervosismo, tive a opção de arriscar e me expor, porque eu seria o Pica-Pau Biruta. 

Por que logo o Pica-Pau Biruta? Um nome inusitado, certo? 

Era isso que eu buscava, algo novo. Primeiro, recorri a alguns amigos, mais criativos do que eu, e eles me lembraram de dois personagens que sempre falamos, um deles era o Pica-Pau Biruta. Uma figura que alguns amam e outros odeiam. 

Vivendo sob as penas do Pica-Pau aproveitei o processo de escrita de cada uma das crônicas, entreguei as 10 e realizei 129 comentários. Obviamente tenho os meus textos favoritos, aqueles em que fiquei satisfeito com o resultado, um deles é o Preso no Passado. 

Li muitas crônicas incríveis, que me fizeram pensar “quero escrever como essa pessoa”. Por isso, escolho Rita Skeeter como merecedora de 10, com suas narrativas de ambientações tão bem detalhadas, me fez conseguir visualizar os momentos de cada parágrafo que eu li, além de sua boa escrita e abordagens criativas. Enquanto a mim, cometi alguns erros até conseguir finalmente me habituar, mas pude ver minha evolução ao longo das semanas, somado a isso, também entreguei todas as crônicas, cumpri com as propostas semanais e fiz o máximo de comentários que eu pude, portanto, me darei 9.


                                                                                                            O Pica-Pau Biruta


Me autoavaliando

Meu pseudônimo é Jane Austen, escrevi 9 crônicas e fiz 23 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso. Escolhi esse pseudônimo por ser o nome de uma autora que eu admiro muito, e que sempre prende a minha atenção em suas leituras. A crônica que mais tive prazer de escrever foi a que descrevi a minha insegurança amorosa, pois ela me ajudou a perceber que eu estava em um relacionamento sem amor, e me encorajou a mudar isso. Com essa disciplina eu reforcei ainda mais o hábito de escrever, e ganhei mais confiança. Às vezes, um assunto que eu achava que não ia conseguir desenvolver, eu desenvolvia melhor do que os que pensava que teria mais facilidade. Acredito que perdi oportunidade de me dedicar ainda mais nas crônicas. Releio algumas e penso que poderia ter escrito melhor. Por tudo que produzi, mereço a nota 8,0, já que não fiz todas as 10 crônicas e não comentei o suficiente. Na turma, o pseudônimo Mônica Magali merece a nota 10 por ter se dedicado nos comentários e pela sua escrita.

Fim

 Olá, meu nome é Mônica Magali e estou escrevendo minha décima crônica. Ao longo desses quase três meses de semestre atípico e remoto, li e comentei, até agora, cerca de duzentas e quatro crônicas que iam desde narrativas leves de humor, até a mais profunda e dolorida história.

A escolha do meu pseudônimo não tem nada de muito especial. Sou indecisa então escolhi por livre e espontânea pressão do prazo de entrega. Escrevi várias opções no bloco de notas, mas todas me pareciam sem graça. Até que penso no Maurício de Sousa. Nunca fui uma fã assídua da turma da Monica, nunca li seus quadrinhos muito menos tive coleções. Mas eu simpatizo com ela. Mas também gosto da Magali. Então por que não juntar as duas criando um tosco nome composto?

Ao longo da escrita dessas dez crônicas, a que mais tive apresso de escrever foi a terceira, intitulada "Fome na mesa de quem?". Apesar de talvez não ter cumprido com a proposta da semana, fiquei feliz em escreve-la. Mesmo que seja uma história fictícia, ela também não é. Infelizmente a minha Helena não está apenas na minha cabeça. Certamente tem algumas por aí, nesse país continental, que sente fome, frio, sede e medo.

O ponto negativo dessa dinâmica certamente, pra mim, é o pouco tempo de escrita. É meio triste e decepcionante ter que produzir uma crônica em cerca de dois dias em que tenho os dias mais cheios e com as aulas mais desgastantes da semana. Quase sempre quando olho os comentários do que produzi fico pensando "se eu tivesse mais um dia certamente poderia fazer coisa melhor". E eu odeio isso! 

Já o ponto positivo é que, querendo ou não, a gente é obrigado a escrever. E é na prática que se aprende! Fora que nessa experiência, pude perceber os tipos de texto que tenho mais facilidade e outros que fico mais travada. E acho que esse autoconhecimento é importante para que eu possa trabalhar nas minhas falhas e dificuldades e então evoluir.

Ao analisar minha trajetória até aqui, penso que mereço um dez. Então você, caro leitor, pode estar agora pensando: "que ousadia dessa moça de vestido vermelho e amarelo com uma melancia na mão e um coelho na outra!". Mas foram dez crônicas escritas, mais ou menos duzentos e quatro textos lidos e comentados. São por volta de três horas gastos nesses dois dias anotando ideias, fazendo a curadoria, escrevendo, reescrevendo... Pra entregar a crônica na quinta-feira à noite. Multiplicado por dez são trinta horas. Mais de um dia escrevendo crônicas. 

Na leitura levo por volta de duas horas durante a semana lendo e comentando vinte e cinco crônicas. Nesses duzentos e quatro textos foram, mais ou menos, pouco mais de dezesseis horas. São mais de duas noites de sono! Eu poderia estar roubando, matando, me prostituindo... Mas estou aqui escrevendo, lendo e comentando crônicas. Por que não então receber um ponto em cada um dos dez textos que escrevi?

Durante o período, nesse blog com vários pseudônimos com bons textos, um já tinha me chamado a atenção desde o início, com sua linearidade na qualidade de suas crônicas. Mas a que mais me impressionou foi a "Detestável Glen Coco". Com um título comum e uma expectativa despretensiosa da minha parte, começo a ler e solto um "uau" em cada fim de frase. Com cinco parágrafos curtos ele conseguiu me impactar e conquistar o posto de melhor crônica daquela semana pra mim. Formiga, apesar de formiga e atômica você é gigante! Grande em sua escrita, nos seus 1,85m e na sua coragem de lutar contra o sistema pra não ser mais um preto fudido. Por isso, acho mais que merecido que você tenha esse dez no seu boletim!


                                                                                                    Mônica Magali

Beira de campo

 Diga lá, Plínio


Fala Galvão, Plínio chegando aqui pra conversar com a gente nesse final de jogo.

**Aquele delay na transmissão enquanto o cara tá lá cumprimentando árbitro e aquele maluco do banco adversário que jogou com ele 20 anos atrás, num time obscuro de série A2 paulista**

Fala Plínião, temporada corrida, última rodada agora, tu fez todos os textos mas só 85 comentários segundo nosso espião estatístico, como explicar isso pra torcida?

-É complicado né, acho que ali no início a gente entrou bem, com ritmo bom, pressionando os cara, mas agora nesse final faltou perna, bateu canseira.

E essa alcunha aí? Plínio Haroldo Cisne, de onde tu tirou essa?

-É uma brincadeira né, com o nome do Ganso, Paulo Henrique Ganso, pai era fã, ganhou a América com 20 anos e muito dinheiro de clube burro nos outros 20, só passe de qualidade, nem suava, talvez o cansaço venha daí...

E qual crônica tu curtiu mais fazer, fala pra nós.

-Acho que a do cogumelo né, pela lembrança maneira, meu primo gostou também, mas as de falar de política eu curti também, política é maneiro a sociedade que não tem paciência com ela coitada.

Saí daqui crescido? Só ganhou ou perdeu alguma coisa nesse meio tempo?

-É evoluir sempre, acho que vamos melhorando sempre aí como profissional, só tenho a agradecer aí a todos meus companheiros e ao professor aí e desejar melhoras. Agora é continuar trabalhando e buscar mais resultados positivos futuramente.

E se tiver que escolher camisa vai de qual? 10 e faixa?

-Que isso, que isso, vamo com calma aí, eu prefiro a centroavância, ali só empurrar pro gol, 9 tá de bom tamanho.

E quem vai ser o camisa 10 desse time então Plínio, já tem dono?

-Pô, eu acho que o time inteiro tá de parabéns, não vou ficar aqui falando individualmente porque posso até estar sendo injusto com muita gente, mas se depender de mim então dou a 10 pro companhero Cara de Pescoço, só porque tivemos uma discussão acalorada lá no início então eu quero é mostrar que o grupo é unido, e o cara jogou o fino também, participou bastante, tava em todas, é um reconhecimento aí merecido.

Esse foi Plínio Haroldo Cisne aqui na beira do campo, voltamos contigo Galvão.


                                                                                                                Plínio Haroldo Cisne


Incenso de Baunilha (finalizado).docx

 Meu pseudônimo é Incenso de Baunilha, escrevi 10 crônicas e fiz 74 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso.

O motivo pelo qual escolhi este nome como meu pseudônimo é porque sempre que acendo um incenso me sinto leve, sem preocupações. Coloco uma música que gosto, apago as luzes e fico apenas sentindo tudo ao meu redor. No caso da baunilha foi porque tenho um carinho especial por este aroma. Sinto como se fosse uma espécie de aroma terapia que me faz esvaziar a mente mesmo que por alguns poucos minutos, é um momento de conexão com quem eu sou.

É difícil escolher apenas uma crônica que mais gostei de escrever e, por isso, duas disputam o primeiro lugar: O portão automático e a Queria estar ao seu lado quando deu o último suspiro, pois na verdade são histórias de amor, declarações à pessoas imprescindíveis na minha vida: meus amigos e meus avós.

Quando penso no que esta disciplina me trouxe, só consigo ver benefícios. Foi um espaço seguro e terapêutico para externar tantos sentimentos, praticar minha escrita e me comunicar com meus colegas. Mesmo que o receio do julgamento ainda estivesse presente, o prazer de poder colocar em palavras o que penso e sinto foi muito maior do que qualquer medo. Foi realmente uma oportunidade única e maravilhosa pois valorizo muito a forma como as pessoas se comunicam e através deste exercício criativo, foi possível conhecer lados e características de cada um que muitas vezes permanecem escondidos.

Por tudo que produzi, acredito que mereço a nota 9 pois mergulhei profundamente em meus sentimentos/pensamentos/instintos e tentei escrever as crônicas com todo o meu coração, acho que talvez por isso eu tenha a sensação de que todos os meus textos foram semelhantes, muito parecidos na forma e modos de me expressar, e, apesar de gostar disso, gostaria de ter explorado outras características de escrita como vi meus amigos e amigas fazerem de modo impecável. Também acho que eu poderia ter comentado e interagido mais em outras crônicas.

Na turma, o pseudônimo Lizzy Bennet merece a nota 10 porque ela é incrível, mas acho que às vezes se esquece disso. O jeito como ela expressa suas dores, angústias e incertezas é muito único e cada vez que leio uma crônica dela, penso: “mulher, você é maravilhosa e merece o universo inteirooo!!!”. 


                                                                                                        Incenso de Baunilha


Crônica Final

 Meu pseudônimo é Estela Lia, escrevi 10 crônicas incluindo essa, e fiz 177 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso. 

De início, não consegui escolher um nome baseado em algum personagem que me represente ou algo assim. Então, da forma mais criativa possível, entrei em um site gerador de pseudônimos e fiquei atualizando até que apareceu Estela, e depois o Lia. Achei que ficaria harmônico e bonito se eu juntasse os nomes. Na tentativa quase em vão de lhe dar uma personalidade, porque logo confundiria nossas características, fiz até mapa astral: sol em peixes e lua em gêmeos. 

De todas, a crônica mais importante pra mim foi a “Desculpa”, onde eu me abro sobre a minha relação com a arte e a autossabotagem. Mesmo não escrevendo tanto, me fez pensar muito e foi prazeroso escrever de certa forma, pois sinto que pude entender melhor o que estava acontecendo e o quanto eu precisava expressar o que guardava acerca desse tema. 

Ao fazer a disciplina, ganhei mais confiança para escrever, desfazendo em partes meu bloqueio de mostrar para outras pessoas o que produzo, além da oportunidade de “conhecer” mais as pessoas da turma, que se abriram e colocaram suas ideias, que mesmo com nomes fictícios, foi um grande ganho. Sobre perdas, creio que posso considerar o tempo que passei lendo e comentando crônicas, além das tardes pensando no tema da semana, consequentemente nas minhas questões pessoais, e as sessões inteiras de terapia que preenchi comentando sobre os meus processos na disciplina. Não sei se podem ser consideradas perdas em si, porque as considero necessárias de certa forma. 

Por tudo que produzi, mereço a nota 10, pelo esforço naturalmente desconfortável de me entregar um pouco em cada texto, assumindo algumas das minhas vulnerabilidades que são aparentes em mim, mas que evito a todo custo olhar e assumi-las de verdade, e pela tentativa de estar presente nos comentários a cada semana. 

Na turma, o pseudônimo Mulher do Fim do Mundo merece a nota 10, porque durante a disciplina, seus textos (e comentários) transbordaram críticas importantes, mas também muita sensibilidade, o que me fez admirá-la durante o período inteiro. 


                                                                                                  Estela Lia

Princesa Consuela B. Hammock

 Meu pseudônimo é Princesa Consuela B. (Banana) Hammock, escrevi 10 crônicas (contando com essa) e  fiz 190 comentários nos textos dos outros pseudônimos no blog do curso.

Princesa Consuela é um nome fictício (um pseudônimo talvez rs) escolhido pela personagem Phoebe Buffay da série Friends quando ela decide mudar seu nome. A personagem é muito leve e espontânea, e eu quis trazer esse lado meu à tona, já que normalmente fica escondido por conta da minha timidez. Acho que eu não poderia ter escolhido melhor, o carinho que eu já tinha pela personagem aumentou muito.

É bastante complicado escolher apenas uma crônica, sou uma pessoa bastante indecisa. Eu utilizei da ironia em duas crônicas, e foram as mais divertidas de escrever. No entanto, a crônica sobre autossabotagem e essa última sobre Desejos/Arrependimentos foram as que mais mexeram comigo e que fizeram me sentir exposta , então possuem um lugar muito especial no meu coração.

Eu tenho uma dificuldade imensa de me expor, nunca gostei da sensação. Mas, escrever essas crônicas ao longo do período me fez ganhar mais confiança e perder pelo menos um pouco desse merdo absurdo de ser julgada.

Não acredito que meus textos sejam perfeitos, longe disso, aprendi bastante ao longo do curso mas ainda tenho muito a aprender. No entanto, acredito que evoluí bastante, principalmente por me permitir ficar exposta para quase 30 pessoas, por isso acho que mereço 10

E claro, quero elogiar o desempenho da minha querida colega Lizzy Bennet por sempre escrever crônicas incriveis. Por esse motivo, acredito que mereça receber nota 10.


                                                                       Princesa Consuela B. Hammock


You go, Glen Coco!

     Meu pseudônimo é Glen Coco, escrevi 10 crônicas, contando com esta, e fiz 73 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso. Confesso que ao terminar a conta fiquei me sentindo culpada por não ter comentado o suficiente, apesar de ter lido todas as crônicas, a sensação de que minhas críticas não seriam construtivas ou não conseguir elogiar de uma forma precisa acabou sendo um infeliz entrave.

    O nome Glen Coco veio como a maioria das minhas ideias para esse blog: em um insight. Já tinha mudado de pseudônimo várias vezes, ideias complexas e toscas já tinham sido rabiscadas no verso de uma folha amassada de rascunho. Porém, todas elas foram descartadas enquanto eu deslizava a tela no Pinterest recolhendo inspirações para outro projeto completamente diferente. Um adesivo com a frase “You go, Glen Coco!” apareceu da mesma forma que em Meninas Malvadas, seu filme de origem, só e marcante. Uma referência sutil e, aparentemente, sem importância mas acabou tornando-se icônica.

    Reli todos os meus textos mas não consegui estabelecer uma preferida, todas elas representam uma parte do meu processo dentro dessa disciplina. Mas um top 3, sem ordem específica, eu defini “Sabotagem Líquida”, “Uma Formiga diante de...Deus?” e “Ruínas de Guerra”. Fazer o que? Eu sou fã de uma melancolia de leve  kkkkk.

    Não vou mentir que essa matéria deu um bom trabalho, mas desde a parte mais mecânica até a parte criativa foi extremamente prazerosa e agregou muito na minha, ainda curta, experiência. Toda semana me senti desafiada pelos temas e por mim mesma para entregar algo diferente e tentar balancear a sublimação e a estratégia criativa. Gosto de sempre de pensar minhas crônicas, mesmo que teóricas, como uma cena a ser construída, tratando-as como um diálogo triangular entre mim, minha persona Glen e o leitor. Creio que esse mecanismo funcionou e descobri que posso aplicá-lo em outros processos criativos. E, com certeza, desenvolver o personagem do meu pseudônimo e incluir coragem e vulnerabilidade em sua construção acabou permitindo que eu arriscasse mais nos meus textos.

    Por tudo que produzi, mereço a nota 9. Se contabilizasse apenas as crônicas me daria um 10, não só porque acabei virando uma admiradora do meu próprio trabalho, mas por todo o pensamento e dedicação por trás de cada um. Porém, poderia ter comentado muito mais nos textos dos meus colegas, que é uma parcela importante da atividade proposta. Na turma, o pseudônimo Cara de Pescoço merece a nota 10 porque comentou em quase, senão todas, as crônicas desde o início, trazendo tanto bons elogios quanto críticas construtivas e detalhadas, além de produzir ótimos textos.


                                                                                                                Glen Coco



As últimas palavras da Rita

 Meu pseudônimo é Rita Skeeter, escrevi 10 crônicas, contando com essa, e fiz 88 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso.

Escolhi esse pseudônimo porque sou um grande fã de Harry Potter. Essa personagem, tanto nos livros quanto nos filmes, não é flor que se cheire. Ela mente e cria mentiras sobre as pessoas. Porém, não iria por o nome de um dos principais, cheguei a ficar em dúvida em entre ela e Bellatrix, mas optei por ela, até porque muitos, talvez, nem saibam quem seja e ela é jornalista. Alguns aqui criticaram o fato de eu ter dado até as mesmas características físicas dela para meu pseudônimo e não ter usado apenas o nome, mas a minha intenção foi exatamente essa. Me apropriar de uma personagem que já existe, para criar o contraste entre os textos escritos, sobre quem sou eu e meus pensamentos, e o pseudônimo, com as características físicas da Rita. Mas o mais engraçado, foi que por muito pouco eu não escolhi meu pseudônimo como “Filha de Oiá”, mas a Skeeter me ganhou. Isso seria engraçado se acontecesse.

A crônica que mais gostei de escrever foi “A felicidade dos finais de semana” e “O dono se apaixonou pela minha avó”. Sou uma pessoa bem nostálgica, adoro relembrar esses momentos e sentir as emoções e até os cheiros, tenho muita memória olfativa. Ok que eu chorei horrores enquanto escrevia essa última.

Fazendo essa disciplina eu ganhei muita segurança escrevendo, ousei e testei muito, o que é muito bom, porque a gente vai vendo o que nossos colegas acham e se rola ou não fazer aquilo. Fora que aprendemos muito com eles também, lemos, vemos as estruturas e aplicamos do nosso jeito em nossos textos. Agora, o que eu perdi? Acho que só litros de água do meu corpo mesmo, por chorar enquanto escrevia sobre minhas lembranças, traumas, inseguranças e indignações. Ah, também ganhei raiva do professor, por ele me fazer recordar coisas que eu não queria (kkkkk), mas logo passou.

Bem, por fim, acho que mereço a nota 9. Primeiro por escrever todas essas crônicas com muita dedicação e tentar me abrir em alguns temas e, segundo, por não ter feito muitos comentários nas crônicas dos outros pseudônimos.

Na turma, o pseudônimo “O Pica-Pau Biruta” deve ganhar a nota 10. Para mim, ele sempre escreveu crônicas muito sensíveis e bonitas, posso não ter comentado em todas, mas acho a escrita muito boa e reparei uma evolução muito grande nesse período em que escrevemos. Adoro as crônicas dele e acho super tocantes. Quero conhecê-lo mais!

Sentirei falta de ousar na escrita aqui.

                                                                                                                        Rita Skeeter


 Oi! Sou A Garota da Echarpe Verde, escrevi 9 das 10 crônicas (deixei de fazer aquela do argumento de autoridade por falta de criatividade mesmo). Os comentários... uma média de 60 (poderia ter sido melhor, eu sei, mas eu juro que li a maioria delas).

O motivo do pseudônimo, bem, ele foi retirado de - nada mais nada menos - uns dos meus filmes favoritos: Os Delírios de Consumo de Becky Bloom. Becky é uma jornalista - extremamente endividada - que começa a escrever para uma revista de finanças (a ironia do destino hahaha). É aí que ela cria seu pseudônimo e passa a ser A Garota da Echarpe Verde. Sendo assim, sou um pseudônimo do pseudônimo. 


Confesso que tive dificuldade em escrever alguns textos, mas as que mais gostei foram “Vai doer no peito” e “Táxi&Pizza”, não soube escolher entre as duas. A primeira, foi para minha avó, amo me lembrar dela e ainda utilizei alguns versos da minha banda preferida. Na segunda, eu amei relembrar momentos antigos, sinto saudades dessa época.


Nossa, produzir essas crônicas foi terapia para mim, passei anos escrevendo apenas textos dissertativos-argumentativos e já não me lembrava mais como se escrevia uma crônica, como se fazia uma narração ou coisa assim. Foi muito bom colocar em prática novamente e do meu ponto de vista, foi nítida minha evolução.... A primeira, meu Deus, péssima!!! Por tudo isso, eu poderia até me dar um 10, mas não o mereço. - até porque não escrevi em todos os temas e não fiz tantos comentários. No entanto, se eu mesma não valorizar meu trabalho, quem poderá, não é mesmo?! Pois então, minha autoavaliação é de 9.2.


Agora sobre meus amigos escritores, todos ótimos. Mas em especial, sinto que o Tofu Frito deva receber um 10. Seus textos foram muito bem escritos, alguns me deixaram bem sentimentais, coisa que eu aprecio bastante. Outros, muito inteligentes e bem articulados. Gosto muito de sua forma de escrita.


No mais é só isso mesmo, foi um prazer fazer parte dessa matéria com essa turma e uma honra ter aula com O homem que é Felipe Pena.


                                                                                                A Garota da Echarpe Verde

                                                                                        


Oi, eu sou a tal da Joana

 Meu pseudônimo é Joana da Rua. Escrevi 10 crônicas, contando com essa que leem no momento. Sobre comentários, até a última semana pelo menos, ainda que algumas vezes com alguns atrasos, sempre procurei comentar cada texto, é verdade que nem todos com a mesma disposição, infelizmente pelo cansaço extremo e o período conturbado. De semana passada para cá, tantas coisas me assolaram que acabei por respeitar meu espaço e não consegui comentar nas crônicas. Mas ler, sempre li todas elas. Comentei então, cerca de 173 crônicas pelo que consegui contar. 

Joana da Rua diz tudo e ao mesmo tempo nada sobre a conexão que sempre estabeleci com os espaços externos. A rua me compõe como pessoa. Tomo a licença de inserir um trecho de minha última crônica: “Joana é da rua. Joana é parte dela, constrói-se a partir dela, tem dores que foram e são despejadas pelas ruas das mais diversas cidades nas mais loucas aventuras e temores que só vivencia quem a tem como nome composto.”. Para além dessa conexão, sempre fui uma apaixonada pelas crônicas de João do Rio, pensei ser o trocadilho perfeito para um pseudônimo que pudesse me representar ao menos um pouquinho. 

A crônica mais desafiadora e, consequentemente, a que mais gostei de escrever foi a quarta crônica, que intitulei “aqui dentro tudo ardeu”, apesar da imensa dificuldade, consegui justamente falar desse meu revés de “colocar para fora e sublimar”. 

Retomei muito do meu contato com a leitura e com a escrita através dessa disciplina e, apesar dos monstros que precisei enfrentar, não consigo identificar isso como ponto negativo ou como perda. Ganhei em tudo com meus processos ao longo das semanas, e embora eu quisesse muito ter tido muito mais tempo livre para me dedicar à disciplina, eu me considero muito realizada naquilo que consegui alcançar, ainda que considerando que tenho muito a melhorar. 

Não fui a Joana mais dedicada que deve ter passado pela disciplina, mas fui essa Joana entregue no pouco espaço de tempo que me foi possível ao conciliar as demandas externas, o meu emocional, as aulas densas e a minha retomada com a escrita, abandonada há anos. Eu mereço um 10, sim um 10, ainda que não tenha conseguido comentar todas as crônicas como eu gostaria e por mais que eu não tenha tido o tempo que eu desejava para cada uma delas, sempre dei o meu melhor. Escrever essas dez crônicas me fizeram uma Joana suficientemente vencedora, semana a semana. 

Da mesma forma, Estela Lia me parece merecer um 10 e tanto! Os textos sempre me cativaram de maneira absurdamente sensível e observei a escrita de Estela evoluindo de uma maneira consideravelmente linda ao longo das semanas. 



                                                                                                        Joana da Rua

Nakia Okoye

 Meu pseudônimo é Nakia Okoye, escrevi nove crônicas (essa é a décima) e fiz  setenta e um comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso. Perdi-me um pouco na conta dos comentários, mas até 71 consegui, coincidência de quem é 7. 

Os motivos que me levaram a escolher o pseudônimo foram: trazer a  representatividade do personagem de duas mulheres pretas com o intuito de me sentir  representada, colocar um pouco das características de cada uma no meu pseudônimo,  exaltar o povo preto assim como no filme, manter subentendido que sempre que  possível e necessário eu falaria dos problemas raciais existente no nosso país e pelo  menos em nome ter um pouco da beleza das atrizes Lupita Nyong’o e Danai Gurira. Vale ressaltar um fato curioso, no início do período quando foram divulgados os nomes  dos pseudônimos e todos comentavam sobre a criatividade das escolhas e etc. a única 

pessoa que pegou a referência das personagens Nakia e Okoye do filme de Wakanda e  comentou no grupo da turma foi a estudante Mariana. Por coincidência, ou não, ela é uma mulher preta. 

A crônica que eu mais tive prazer de escrever foi a “E nem venha me dizer que  isso é vitimismo, não bota a culpa em mim pra encobrir o teu ra-cis-mo” depois de dizer  o porque da escolha do pseudônimo as razões ficam um pouco óbvias. Foi uma boa  oportunidade de falar e lembrar aos meus colegas de turma (grande maioria brancos e  brancas) que é preciso entender que ser antirracista não pode ser uma moda  momentânea. Se você não entender isso você não entendeu nada, que é uma luta séria e  que infelizmente é uma caminhada muito longa e que a gente precisa de cada um nessa  caminhada. E não é “mimimi”, um exemplo muito básico é cada um se dar o mínimo de  trabalho de pensar quantos negros e negras nos deram aula no primeiro período. 

Ao fazer essa disciplina eu ganhei confiança em mim mesma e proximidade com  os meus colegas de turma mesmo que a gente não saiba quem é quem, nós conhecemos  profundidades um dos outros sem nem ao menos sabermos os nossos nomes. Foi uma  experiência muito maneira. Perdi um pouco da minha postura de bandida má porque em  algumas crônicas falei mais do que deveria, falei mais de mim para mim e isso foi bem  louco.

Por tudo que produzi mereço a nota 9,7 porque eu gosto de número ímpar, eu me  propus de verdade à atividade, produzi conteúdos legais, me esforcei a escrever de  forma simples e acessível para quem não me conhece, fiz todas as crônicas e estou  satisfeita com o meu desempenho nessa disciplina. Os três décimos perdidos seriam 

pelas crônicas dos colegas que eu não consegui desenvolver um comentário que  ajudasse no crescimento pessoal dele, assim como ajudaram no meu. 

Na turma, a pseudônima Formiga Atômica merece a nota 10 porque foi muito  participativo nos comentários das outras crônicas e particularmente me cativou muito  nas crônicas produzidas. Era divertido e leve ler as crônicas produzidas por ela ou ele. 


                                                                                                                Nakia Okoye

                                                

A crônica mais difícil até hoje

Meu pseudônimo é Cara de Pescoço, escrevi 10 crônicas contando com essa e fiz 139 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso. A escolha do pseudônimo foi em referência ao @nastyneckface no instagram, confiram o trabalho dele que vale a pena. Além disso, já que a missão era esconder a identidade, nada melhor do que um rosto que não tem rosto, é, na verdade, pescoço. Ainda assim fui o primeiro a ter a identidade revelada. 

Sem dúvidas a crônica que eu mais gostei de escrever foi a do tema atual com ironia, consegui escrever sobre um assunto prazeroso, que no caso foram as eleições americanas, e ainda trazer um certo tom cômico, mais cômico que a situação em si. 

Ganhei provavelmente alguns haters devido alguns comentários bastante diretos, mas também ganhei, acima de tudo, confiança na minha escrita por conta dos comentários lindos que recebia toda semana. Em contrapartida perdi alguns fios de cabelo e espaço na lixeira, de tanto começar e apagar textos. 

Por tudo que produzi creio que mereça uma nota próxima de 9, apesar de ainda assim achar muito, as peculiaridades do semestre, e do ano em si, me fazem crer que seja merecido de 9 pra cima para todos. 

Na turma, o Lucas Ribamar é o que merece o 10 pelo fato de ter o pseudônimo com o nome mais legal. No mais, queria parabenizar todos os colegas por terem findado o semestre com êxito, e dizer que me sinto mais próximo de vocês a cada dia, apesar da distância.

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                                                                                                    Cara de Pescoço

Virgilio Expósito

 Meu pseudônimo é Virgilio Expósito, escrevi 9 crônicas e fiz 75 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso. 

O motivo para a escolha desse pseudônimo passa por duas questões, a primeira mais simples: creio que não seja um nome extremamente conhecido pelos amigos do curso, o que ocultaria melhor quem sou. A segunda questão tem uma história por trás: após um término de relacionamento muito doloroso, não lembro como ou por onde acabei encontrando um poema de Virgilio que me tocou profundamente, senti que cada palavra escrita naquele texto teria sido escrita por mim. O poema se chama ‘’laranjeira em flor’’ ou ‘’naranjo em flor’’, que é também uma canção de tango feita por ele e seu irmão Romero Expósito. ‘’Primeiro há que saber sofrer, depois amar, depois partir e ao fim andar sem pensamento.’’

A crônica que mais tive prazer em escrever foi a resposta à crônica de Michael Scarn, acredito que acabamos fazendo um ótimo trabalho. Ela foi tão bem no que escreveu que decidi por apresentar um outro lado dessa história que ela criou, através dos olhos de Virgílio. Creio que tenha funcionado muito bem e foi um prazer escrever, até senti vontade de escrever um romance em algum momento da minha vida.

Eu sinto que ganhei tantas coisas, principalmente o desenvolvimento com essa liberdade que a crônica permite, que de certa forma é uma autonomia responsável. Um olhar mais aprofundado creio que sempre tive, sempre escrevi na infância, mas a capacidade de transcrever esse olhar certamente teve evolução nesse período. Agora, sobre o que perdi, talvez eu tenha perdido alguma rejeição para críticas que eu pudesse ter, o modo como criticávamos de forma impessoal e tentando ser cuidadoso,  me fez ver como é possível aprender através da crítica dos outros. Eu nunca tive muita resistência quanto a isso, mas foi a melhor forma possível para constatar.

Por tudo que produzi, mereço nota 10,0. Me entreguei bastante em todas as crônicas e creio que fiz um bom trabalho com minhas ideias e palavras, senti um sabor de paixão a cada texto que se concretizava e uma enorme satisfação pessoal. 

Na turma, o pseudônimo Lucas Ribamar merece a nota 10 por sempre afundar o Vasco e isso me faz feliz (brincadeira), mas por aliar duas características distintas na construção de suas crônicas: a profundidade quando necessário e uma informalidade sutil que faz muito contraste. Me apaixonei por várias escritas dos colegas, mas esse paralelo do Ribamar me cativa com um pouco mais de destaque.


                                                                                                    Virgílio Expósito

Crônica da minha nota

 Olá, meu pseudônimo é Formiga Atômica, escrevi 9 crônicas e fiz 136 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso.

A escolha pelo pseudônimo Formiga Atômica tem um intuito único: inclusão. A formiga, geralmente, é vista como aquele pequeno inseto que trabalha sempre em conjunto, luta sempre por seu reino e defende o seu povo. Mas ela é bem mais do que um instrumento ou uma metáfora para a fé, a união e a perseverança. A formiga é aquele bichinho que você raramente enxerga se não olhar para baixo. A formiga é minoria: é o gay, o anarquista, o ateu em um Estado que carrega o “laico” ao lado por enfeite. É o negro que apanha da polícia na favela subindo o morro às 00h após um dia cansativo de trabalho - para não dizer escravidão -, isso quando não leva um balaço na lata por nada. E a Formiga Atômica é tudo isso em um só personagem. A formiga que é pisoteada pois insistimos em não olhar para ela - ou fingimos não enxergá-la, afinal, isso faz parte do roteiro que faz um sistema funcionar. 

A crônica que tive mais prazer em escrever foi “O signo do Diabo”. Durante todas as crônicas brinquei bastante com a questão da religião, sempre de forma sarcástica. Mas ao tratar deste assunto - que sim, foi um baque pessoal -, o meu coração esfarelou-se ao tratar da perda de um avô por câncer (o signo do diabo, agora interagindo com a questão das 12 partes que dividem o Zodíaco). Além de me deixar emocionado ao escrever, li para a minha mãe e a mesma chorou sem eu mesmo dizer de quem eu estava falando. Ela sentir a minha crônica foi o meu motivo para eu escolher essa como a mais prazerosa. 

Sobre ganhar, fica difícil especificar apenas uma coisa. Começarei pelo o que perdi, que também foi um ganho: o medo de me abrir. Ganhei experiência não só escrevendo sobre diferentes assuntos - alguns que nunca me imaginaria capacitado para escrever - e lendo também as crônicas dos meus amigos. Esse câmbio me fez aprender bastante.

Acredito que pelo tanto que produzi mereço uma nota 10. Essa é uma questão mais de valorização pelo próprio trabalho. Me dediquei ao máximo em cada tema, principalmente naqueles em que eu nem sabia por onde começar a escrever. Mais do que isso, tratei o pseudônimo, em sua maioria, como um personagem vivo, sem me envolver no roteiro. E escrever “na terceira pessoa” foi uma missão árdua e que me ensinou bastante. Fiquei feliz todas as vezes que agradei aos meus amigos e também aos que criticavam de forma construtiva. A nota é um detalhe para o tanto que eu aprendi com essa matéria, mas não existiria nada mais prazeroso do que terminar o primeiro período com a nota máxima e o sentimento de que, até aqui, dei o meu melhor. Espero no futuro olhar para essas crônicas e falar “bicho, eu evoluí de uma tal forma que eu nem acredito”.

Na turma, o pseudônimo Estela Lia ganhou meu coração e merece a nota 10. Foi difícil escolher apenas um, me encantei por tantos: Lizzy, Cara de Pescoço, Joana da Rua, Mulher do Fim do Mundo. Mas a Estela Lia teve um poder de evolução absurdo e deu para perceber nas crônicas dela que tudo o que escrevia tinha um sentimento gigantesco e movido por amor. Tem talento e quero conhecê-la. Enfim, se eu pudesse escolheria todos. Sentirei saudades. Como eu costumava responder vocês após o comentário principal: UM ABRAÇO DA FORMIGA!!!


                                                                                                                 Formiga Atômica



Nota da Cigana

 Meu pseudônimo é Cigana Oblíqua Dissimulada, escrevi 7 crônicas e fiz 171 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso.

Escolhi o nome “Cigana Oblíqua Dissimulada” primeiramente por ser apaixonada por Machado de Assis e querer prestar homenagem a uma de suas personagens mais marcantes, em segundo lugar porque este pseudônimo é uma representação de como os outros me vêem: oblíqua, dissimulada, provocativa, não muito simpática. Felizmente minha tática funcionou, já que escrevi crônicas sobre meus traumas, minhas inseguranças e meus amores assinando com um nome fútil e prepotente, mostrando que as aparências enganam.

A crônica que tive mais prazer em escrever foi a intitulada “8 ou 80”, na qual conto sobre um relacionamento abusivo. Não foi prazeroso na hora da escrita, me rendeu ansiedades e sensações que voltaram, mas foi a primeira vez que consegui pegar esta dor do abuso psicológico, verbal e sexual e transformar em uma arte, me orgulho muito disso e hoje em dia é meu texto favorito de todas as crônicas que fiz.

Sobre ganhos e perdas, esta disciplina me rendeu muito autoconhecimento, pois me fez pensar nos meus traumas, arrependimentos, situações que sempre olhei de uma forma superficial começaram a fazer mais sentido para mim, além do conhecimento acadêmico de praticar minha escrita e melhorar alguns aspectos que nunca notei até receber as críticas. A única perda que me vem em mente seria uma possível perda de futuras amizades, já que não consegui ser tão simpática e fofa na hora dos comentários como alguns outros colegas foram, por mais que tenha tentado hahahah, mas acredito que ainda assim alguns deles se conectaram comigo de alguma forma.

Por tudo que produzi, mereço a nota 9,0, porque fui uma presença assídua no blog, comentando em quase todas as crônicas, respondendo os colegas, entrando constantemente no blog para ver se teve algum novo comentário em uma das minhas crônicas para eu responder e me esforçando em todas as semanas para entregar o melhor de mim, mas algumas de minhas crônicas poderiam ter sido melhor desenvolvidas, por isso não serei hipócrita de me dar a nota 10.

Na turma, o pseudônimo Michael Scarn merece a nota 10, porque ele entregou todas as crônicas e estava sempre comentando com verdadeiras críticas construtivas, apontando erros e acertos, além de ter desenvolvido textos muito bem feitos e ter tido uma ótima evolução ao longo do semestre.


                                                                                                  Cigana Oblíqua Dissimulada


Autoavaliação de Péricles

 Meu pseudônimo é Péricles e escrevi sete crônicas. Além disso, fiz 58 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso.

A ideia do nome do pseudônimo, é claro, tem ligação com o gosto pelo pagode. Porém é um pouco mais do que só isso. Do que eu já vi, por TV, rádio ou vídeos, o Péricles sempre me pareceu uma pessoa muito legal, aquela que você claramente sentaria na varanda da sua casa, churrasco rolando, uma cerveja bem gelada e ele contando todas as histórias da vida dele. Isso sem falar no principal: um artista de mão cheia e de uma das vozes mais bonitas da música brasileira.

Dentre as crônicas que escrevi eu acho que a que mais me deu prazer foi a minha quarta, “Os representantes de araque”. Primeiro porque me coloquei como leitor, e como eu gosto muito de finais inesperados, achei que aquele ficou bem interessante pra situação. Segundo pela forma de escrever em forma de diálogo, fugindo da ideia do texto corrido. E em terceiro pelo bom humor. Por tudo isso essa foi a que mais gostei de escrever. 

Entre ganhos e perdas com certeza os ganhos foram estratosfericamente maiores. Só de ter a possibilidade de toda semana estar escrevendo algo já é extremamente animador, afinal é somente na prática que conseguimos melhorar e concertar erros e vícios. Também os comentários – que, fazendo a famosa autocrítica, poderiam ser mais da minha parte – foram importantes pois ajudam os outros e também ajudam a quem faz, já que é uma forma de perdermos o medo de criticar, mesmo que de forma construtiva, o outro. Afinal, não sabemos como quem está lendo vai receber tais críticas (quem não gostou de alguma me perdoa eu juro que sou legal). E nem consigo considerar o tempo para escrever como “perda”. É o momento de trabalhar a mente pra ela por em prática nossas ideias. Até isso eu entendo como um ganho. 

Por isso, e por tudo que produzi, mereço a nota 9,0. 

Na turma, o pseudônimo Virgílio Exposito merece nota 10 porque fez crônicas excelentes, tem ideias muito boas e diversas, usando de diversos tipos de estruturas e vocabulários.


                                                                                                                      Péricles

 Meu pseudônimo é Lizzy Bennet, escrevi 9 crônicas e fiz 110 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso. 

Quando li Orgulho e Preconceito alguns anos atrás, pensei que a Lizzy era tudo que eu gostaria de ser: ela era inteligente e tinha respostas rápidas, ainda assim sendo gentil e confiante. A confiança de uma garota escrita alguns (vários) anos atrás, que recusou se casar pela condição de sua família ou pelo status. Lembro de ler os diálogos dela com o Mr. Darcy, dando respostas afiadas e quase sempre sabendo o que dizer, marcando partes e mais partes do livro. A verdadeira Lizzy não é tanto assim, mas está tentando ser. Tentando focar em si mesma, ser confiante e, principalmente, aprender a principal lição que uma heroína da Jane Austen pode te ensinar: às vezes uma caminhada no sol é tudo que você precisa pra se sentir bem. Além da minha paixão por Orgulho e Preconceito, acho que ainda pretendo ser um pouquinho como a Lizzy.

A crônica que mais gostei de escrever foi “Tudo que nunca vou te dizer”. Talvez não tenha sido prazerosa, mas foi a que eu mais precisava escrever e que nunca tinha realmente encontrado as palavras. 

Acho que perdemos a oportunidade de aproveitar mais a disciplina, como poderia ter sido presencialmente, o que é uma pena, mas ainda assim acredito que tenha ganhado muito mais tranquilidade na hora de escrever, além de ter sido muito positivo receber feedback de outras pessoas.

Por tudo que produzi, mereço a nota 10. Acredito que esse período tenha sido difícil para todos, mas fiz tudo possível e entreguei todas as crônicas além de tentar ser o mais ativa, sempre que possível, nos comentários de outros.

Na turma, o pseudônimo Cara de Pescoço merece a nota 10 porque provavelmente foi o mais empenhado em comentar nas crônicas de todos. 


                                                                                                    Lizzy Bennet

Última Crônica

 Meu pseudônimo é Lucas Ribamar, escrevi 8 crônicas e fiz 69 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso.

Escolhi o meu pseudônimo por gostar muito de futebol e pela maneira que o Ribamar lida com os memes a respeito dele, sempre levando na esportiva, e dentro de campo tenta fazer o seu papel de atacante. E mesmo não torcendo para o gigante da colina, tenho muito respeito ao clube, principalmente pela luta contra o racismo no Brasil e no esporte, sendo pioneiro nessa batalha.

Diversas crônicas me deram prazer de escrever, mas dentre todas, a que escolho é a “Desculpa a minha imaturidade”, pois mesmo sendo difícil de escrever, por envolver emoções e sentimentos, foi a mais gratificante, além de receber comentários muito positivos.

Com essa disciplina e por meio das aulas e das crônicas, eu ganhei mais habilidade na escrita de crônicas e perdi o medo das críticas, conseguindo canalizá-las positivamente para melhorar minha escrita.

Por tudo que produzi, mereço a nota 9,0. Essa nota representaria as participações nas aulas, tentando contribuir da melhor maneira possível, além de ter feito todas as crônicas propostas, com o máximo de empenho. Eu poderia ter comentando mais, porém creio que os comentários que fiz foram precisos e construtivos.

Na turma, o pseudônimo Virgilio Expósito merece a nota 10, porque ele busca sempre utilizar as técnicas propostas em aula, além do seu humor, além de seus bons comentários.


                                                                                                        Lucas Ribamar


Michael Scarn

 Meu pseudônimo é Michael Scarn, escrevi 10 crônicas (contando com essa) e fiz 201 comentários nas crônicas de outros pseudônimos no blog do curso. 

Meu pseudônimo foi escolhido em homenagem a um personagem da série The Office, que se chama Michael Scott. Em um dos episódios (episódio 17 da sétima temporada), ele cria um personagem de um filme criado e produzido também por ele chamado Threat Level Midnight, no qual ele é o Michael Scarn. A realização sentida por ele ao fazer o filme, mostrada durante a série, foi o que me motivou a escolher esse nome, para fazer uma relação com o sentimento de satisfação que, hoje sinto mas, no início esperei que sentisse ao terminar de escrever as crônicas, hábito que sempre tive e parei há uns anos. Além de amar The Office e estar revendo pela terceira vez. 

A crônica que mais gostei de escrever foi “Uma carta sobre ausência e intensidade”, pois foi algo que doía demais em mim, mas eu não admitia. Usei referências de Belchior, porque estava ouvindo bastante na época e consegui chorar e externar o que eu sinto pela minha mãe. Hoje consigo olhar para trás e ver que foi necessário escrever sobre aquele tema, porque me sinto mais livre e posso amá-la apesar e independente de tudo o que aconteceu. Ganhei mais confiança e mais autoconhecimento, definitivamente. Olhar para mim em um 

curso que eu esperava olhar muito para o exterior foi extremamente importante. Foi assunto das minhas terapias definitivamente. Além disso, foi muito importante a troca com os colegas, o feedback e poder ajudar com minhas críticas também. Acho que só perdi algum tempo pensando, planejando e dando feedback na maioria das crônicas, mas não sei se considero inteiramente como uma perda. 

Por tudo o que produzi, mereço a nota 10. Porque além da quantidade enorme de comentários (6 a menos do que todas as crônicas para comentar, ou seja, além das minhas), comentei 28 vezes as respostas feitas sobre minhas crônicas e 5 vezes as respostas das pessoas que responderam os meus comentários em suas crônicas (se estiver muito confuso posso explicar nos comentários). 

Na turma, o pseudônimo Cara de Pescoço merece a nota 10, porque comentou a maioria das crônicas, escreveu bem e bastante. Esteve sempre disposto a fazer críticas construtivas


                                                                                                                Michael Scarn

                                                                                                    


Nota Gastronômica

 Meu pseudônimo é Tofu Frito, escrevi 9 crônicas e fiz cerca de 40 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso. 

Escolhi “Tofu Frito” para ser meu pseudônimo por alguns motivos. Principalmente pelo fato de eu ser vegetariano e apoiar a causa, e achar o tofu um alimento muito descolado e versátil. Ele consegue se adaptar para várias receitas e a partir dos temperos usados, novas possibilidades gastronômicas são criadas. Assim eu tento ser na vida, meio “camaleão”, me adaptando em cada circunstância para tentar tirar proveitos e lições até das coisas mais difíceis, não é sempre que tenho êxito, mas vivo tentando. 

Além disso, existe um pequeno jogo de palavras no nome: “to fu”, remetendo ao popular “to f*dido”, já que ninguém merece os desastres de 2020 (mas vamos tentar tirar algum proveito desse ano meio bosta). E também um referência à expressão "tô frito", na mesma pegada, remetendo às dezenas de obrigações e links do meet que tive que cumprir e realizar nesse semestre. 

A crônica que tive mais prazer em escrever foi a última, “Amor Lúcido”, sem dúvidas. Todo o processo anterior à escrita, ao tentar lembrar de algum arrependimento/desejo foi como uma sessão de terapia. E a partir do tema definido, relembrar os momentos que vivi ao lado da minha bisavó foi muito bom e a saudade bateu forte. 

Ao fazer essa disciplina, ganhei muita experiência e bagagens na escrita, que andava extremamente engessada e adaptada ao modelo do ENEM devido ao ano anterior, no qual produzia dissertações todas as semanas. Os temas propostos foram muito diversos e desafiadores, às vezes com bloqueios criativos no início, mas que fluíram muito bem ao longo da escrita. Acho que só perdi a experiência presencial, onde creio que a troca seja muito mais intensa e dinâmica, sem as limitações do ensino remoto. 

Por tudo que produzi, acho que mereço a nota 10, porque encarei todos os temas, mesmo que com as dificuldades emocionais e acadêmicas desse período. E também, se eu não me valorizar nessa vida, quem irá, não é mesmo? rs. Mesmo sem comentar em muitas crônicas, li vários textos do blog e tive uma certa dificuldade para deixar críticas ou observações. Mas acho que a minha produção apresentou evolução do início ao fim. 

Na turma, creio que o pseudônimo “A Garota da Echarpe Verde” merece a nota 10 porque seus textos se mostraram extremamente bem construídos, participou de quase todos os temas com sinceridade e emoção nas memórias escritas. Também se mostrou participativa nos comentários ao longo do curso e trouxe assuntos relevantes, como os apagões no Amapá.


              
                                                                                                        Tofu Frito

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

reino das imprevisibilidades


se arrastam os dias

minha cama antes tão pequena 

hoje se faz um mundo inteiro 

eu me perdi por muito tempo no espaço entre ela 

e o medo que cerca o que habita fora do meu quarto 

fora do que eu conheço e tenho certeza 

buscar certeza em tudo me levou ao desespero 

pra nessa realidade alternativa que agora é a única que conhecemos mesmo que muitos neguem que ela esteja acontecendo 

descobrir que a certeza não existe em canto nenhum desse mundo 

nesse reino das imprevisibilidades 

por anos me sufoquei dentro de mim 

pra não existir no mundo lá fora 

pra não correr o risco de perder o ar 

e hoje entre as tragédias no jornal 

os dias se arrastando 

e o ar que passou a fazer tanta falta pra milhares de pessoas 

eu sinto saudade dessa liberdade que por tanto tempo neguei a mim mesma de poder correr livre fora da minha cabeça 

de poder ver o outro existir e o tempo passando corrido 

as risadas dos meus amigos e a noite virando dia 

de poder decorar os entalhes na madeira que marcam a história de um povo e encontrar no mundo respostas para o que achei existir so em mim 

eu perdi muito tempo no espaço da involuntariedade dos medos que minha cabeça criou esse medo irreal de me perder sozinha na multidão 

do meu coração disparar tanto até parar de bater 

do mundo cair em cima de mim 

e dos homens que acham que são donos do meu corpo 

e agora que o tempo se fundiu em muitos que nunca acabam 

eu me sinto em constante represa 

constante tentativa de me guardar pra me ser outra hora 

mas nesse tempo que vivemos a outra hora é tão incerta 

quanto o presidente ler livros e saber história 

então, eu busco a cura de dentro de mim 

me lembro de respirar sempre que me falta ar 

enquanto a única fração de sol que entra ao meio dia pela brecha da janela toca minha pele eu aguardo o momento que vou poder recuperar o que perdi 

e pacientemente, espero esse mundo se curar.


                                                                                                                Filha de Oyá