quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Resenha crítica da introdução do livro "Geração Subzero"

      O livro “Geração Subzero”, organizado por Felipe Pena, apresenta vinte autores que, embora sejam adorados pelos leitores, são desprezados pelos críticos. Para selecionar tais escritores, Felipe foi atrás da opinião popular em busca da diversidade de textos com linguagem simples, mas de diferentes gêneros literários. Assim, procura defender seu principal objetivo: provar que a linguagem não-rebuscada deve ter seu espaço na literatura, a fim de propagar uma realidade com mais leitores, contrariando a crítica literária atual.
     A verdade é que o organizador do livro foi muito bem sucedido em tentar provar sua tese, pois, ao selecionar textos indicados pela opinião pública, fundamenta e valida seu próprio ponto de vista como popular e não apenas individual. Vale lembrar que sua tese foi baseada e inspirada em outras obras e autores como, por exemplo, o “Manifesto Silvestre”, obra que defende a popularização da leitura, através da escrita acessível. Outro exemplo seria Tzevetan Todorov, escritor que prega a ideia de que a literatura mundial deve participar da formação afetiva do cidadão, assim como Felipe Pena, que defende que a literatura não deve servir apenas como autoafirmação de genialidade do próprio escritor, sem que se tenha uma boa história pra se contar. O organizador também defende que críticos deveriam valorizar a escrita que foi feita para ser lida. Em outras palavras, prezar pela escrita acessível.
     A obra de Felipe Pena se mostra muito inclusiva e convincente, se tornando assim, recomendável e necessária para conscientização do mundo literário. É importante que leitores passem a valorizar obras pela opinião própria e não de acordo com aquelas aclamadas pela crítica, para que se torne possível o combate da elitização cultural. O livro “Geração Subzero” encoraja, conscientiza e comprova que, no cenário mundial da leitura, precisa-se de inclusão.

DESCEU QUADRADO

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