Resenha Crítica da Introdução do Livro “Geração
Subzero”
A presente resenha tem como objetivo analisar a
introdução do livro “Geração Subzero”, publicado em 2012 pela Editora Record e
organizado pelo Doutor em Literatura, Felipe Pena. A obra reúne 20 autores
desvalorizados pela crítica, mas adorados pelo público, selecionados segundo
alguns critérios estipulados pelo organizador. O foco da obra está em enaltecer
a literatura do entretenimento, sustentando a ideia de que é preciso escrever
mais fácil, chamando atenção do leitor pela história e não por palavras bonitas
de difícil compreensão.
Partindo-se dessa proposta inicial, o organizador
apresenta o conceito demonizado de entretenimento em literatura, que seria a
capacidade de envolver o leitor e seduzi-lo pela palavra escrita. Para atestar
sua tese acerca da necessidade de narrativas mais cativantes e acessíveis, ele
menciona opiniões de escritores e críticos de diferentes épocas, como Tzvetan
Todorov e C.S. Lewis. Em suma, eles são contra literaturas que não se envolvem
com o indivíduo, não agarram o leitor e se limitam a conquistar o elogio da
crítica. Além disso, o organizador também se baseia na obra “Manifesto
Silvestre”, que defende narrativas que formem leitores e sejam menos
elitizadas.
A obra analisada é uma importante fonte de
conhecimento acerca do cenário da literatura contemporânea brasileira para o
público em geral. Em virtude da coerência dos argumentos apresentados, é
possível concordar com Felipe Pena e perceber total relevância em sua tese.
Cada vez mais os escritores se moldam ao padrão requisitado pela crítica e
renegam sua própria opinião e seu estilo
de escrever. Dessa forma, o livro é uma forma de parabenizar aqueles que já
escrevem para o público e incentivar os que ainda se limitam a crítica. É
preciso maior valorização de uma literatura brasileira popular e envolvente.
Alice Gold
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