Por que Queiroz depositou 89 mil reais na conta de Michelle Bolsonaro?

 Acabou a mamata para quem? Para um presidente que escorou sua campanha

política em convencer a população que resolveria a corrupção, talvez ele tenha

esquecido de avisar o resto de sua família das suas intenções. Num país onde uma cesta

básica custa metade de um salário mínimo, em um ano onde o Brasil tem chances de

voltar para o mapa da fome, Bolsonaro parece acreditar que 89 mil reais são um valor

sem importância e que não requer explicações melhores que “eram apenas devoluções

de empréstimos”.

“Acabou a mamata!” Ele dizia meses antes de dobrar o número de militares no

governo e nomear parentes para tentar calar a sua oposição. Sua política de tolerância

zero para a corrupção parece não se estender para o dinheiro que seus filhos jogam

debaixo do tapete ou para quando ele decide distribuir cargos públicos como se fossem

folhetos.

E aqueles que tentam contestar, que tentam perguntar “Por que Queiroz

depositou 89 mil na conta de Michelle, Bolsonaro?” são tratados como inimigos da

pátria, pessoas perversas que estão perseguindo o pobre coitado do Presidente da

República. As pessoas com informação são chamadas de antifascistas, como se fosse

algo negativo, os professores e universidades são alvos diretos de ataques e os

jornalistas são agredidos por apoiadores do governo como se não fossem nada.

Mas talvez estejamos errados em chamar Bolsonaro de burro quando criticamos

suas falas e atitudes. Afinal, precisa ser minimamente inteligente para enganar um país

inteiro ao chamar seus ideais fascistas de “valores da família tradicional brasileira”.

                                                                                            Lizzy Bennet