Ao questionar a turma sobre a escolha do curso, era familiar para aquele professor o acolhimento de um jovem ou outro que decidira mudar sua formação. Também, não é para menos, já que esperar que um jovem aos dezoito anos tenha certeza do que é certo para seu futuro é de uma grande perversidade.
Maria Luísa, todavia, não previa seus passos, a cada novo dia, uma nova história poderia ser contada por ela. Mas não era isso que a vida era ? Um leque de possibilidades.
O jornalismo era o seu novo amor. Quando decidira ler sobre ossos e sobre o corpo humano, não sabia que a fisioterapia poderia ser tão cruelmente chata. E assim, terminou sua breve relação, seguindo adiante em busca de um novo sonho.
Malu representava a coragem que muitos Joãos gostariam de ter. Ela seria de grande ajuda na hora de noticiar a escolha da profissão não condizente aos desejos de seus pais.
Sua liberdade também era admirada de longe, por muitas Anas, que ao trancarem o curso na faculdade para que assim ajudassem nas despesas da casa, viram seus sonhos virarem apenas isso: sonhos.
Ela era a personificação do que um jovem deveria ser permitido a sentir. Em um mundo onde crianças já nascem com data de validade, bom, ela apenas vivia, sem ligar para as expectativas e para os planos cruelmente já traçados para ela por alguém. Malu era seu próprio destino, dando continuidade a procura de Clarice : a verdadeira liberdade.
By a Lady
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