quarta-feira, 27 de março de 2019

Sem Título

Numa turma de jornalismo se espera alunos cultos, que possuam uma curiosidade acima do normal. Por isso é frequente que esses jovens que ingressão amem de modo mais intenso o conhecimento. Na classe em que estava esse jovem escritor pude ver de todos os tipos. Biomédicos, Sociólogos e Psicanalistas. Mas o que chamou mais atenção foi uma pessoa apaixonada pelo cinema. Não é difícil entender por que, num filme estão inseridos todos os conhecimentos.
Assim como Roland Barthes achava que a literatura abarcava todas as ciências o cinema também. Quem nunca teve um calafrio com Hitchcock, ficou emocionado por Sergio Leone, riu com as gags de Chaplin. O cinema é tão educativo quanto um livro, e ainda é mais agiu e mais emocionante. Numa época em que o livro perdeu seu espaço, resta aprender com quem segura a câmera ao invés da caneta.
Nunca leu nada de Freud ou Jung, conheça ele através de Persona do Bergman. Talvez aquela jovem quisesse reencontrar sua fé, então não veria melhor fonte do que Carl Theodore Dreyer, e seus filmes poéticos e simbólicos. Assistir é aprender, e aprender é enriquecer, não de dinheiro que pena, mas de conteúdo, que vale quase tanto, quase.
Pois bem meu leitor acho que falei tanto que esqueci da nossa jovem, espero que vocês me perdoem por, é que com um assunto tão bom e tão rico se fica atordoado por sua riqueza. Será que aquela jovem será uma cineasta de sucesso. Eu não sei e talvez nunca saiba, provavelmente nem ela sabe se quer ser uma ainda, mas a arte não é o que se sabe, é sobre o que se imagina. E eu acho que qualquer um consegue imaginar um final pra essa história.
Zaratrusta Profeta de Ahura Mazda

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