Sabe aquela sensação de querer voltar no tempo e corrigir o passado? Querer mudar algo para não acontecer do jeito que foi escrito para acontecer?
De sentir culpa e achar que poderia ter feito mais? Ter amado mais? Ter curtido mais?
A culpa sufoca.
Mas será que teria feito diferença?
Você nunca sabe quando pode ser o último adeus. O último abraço apertado. O último carinho. O último beijo. O último chamego.
O tempo é injusto. Egoísta. Traiçoeiro. Em um momento você está aproveitando a vida intensamente, e, no outro, pode não estar mais aqui.
A saudade aperta no peito. Dói. O coração também dói.
As lágrimas vão e vem.
E vão e vem.
Repetidamente. Constantemente. Incessantemente.
Olhar a morte bem na sua frente assusta. É de embrulhar o estômago. O mais bizarro é saber que a vida não pode parar e que deve continuar. A rotina continua a mesma. Acordar, tomar banho, comer, escovar os dentes, trabalhar, estudar. Tudo no seu devido normal.
Mas você sabe que não está normal. Você continua vivendo. Mas, ao mesmo tempo, sente como se a vida tivesse parado no tempo e sem propósito.
A primeira fase é a negação. Rejeição. É quando a ficha cai de que aquele ciclo se encerrou e aquela história também.
Mas depois vem vindo a aceitação. De uma forma leve. Aceitação de que aquilo aconteceu como deveria ter acontecido e que não tinha como mudar o destino. A aceitação de que você não tem culpa e de que está tudo bem. Aconteceu. É a lei natural da vida.
Mas a saudade, ela é para sempre. Ela é uma sala de espera que você senta e não sabe quando será atendido. Ela também pode ser boa e gerar belas lembranças. Podem fazer as lágrimas serem substituídas por sorrisos. E os momentos ficam guardados para sempre como recordações.
Ela aperta, mas aprendemos a lidar com ela.
- Wintour
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