Até onde o medo, o receio, as angustias podem levar alguém ao limite?, seus comentários e suas ações intimamente ligados ao ponto do fio que liga ambos enrijecer? Fora nítido a mim e as minhas ações que estava cego diante de minhas dores, preocupações, receios do abandono de pais, amigos e da própria existência. Que soube entender o mínimo aceno de cabeça como um sinal de irrelevância para os outros, de sentir um punhal cortando veias e artérias do coração imaginário das nossas emoções, passados quase dez anos da minha juventude, vejo que minhas ações não são tal qual diferentes do eu de onze anos de idade, e sim a versão madura das mesmas ações, antecipando tudo o que se pode fazer para evitar o máximo trauma do abuso que o pequeno menino viveu sob uma literal chuva de pedras por outros moradores da mesma rua apenas por ser “incomum”, sob esses detalhes, vivo que ando a colocar a cobertura sobre bolos crus, a antecipar coisas que desejo que aconteça para evitar a parte ruim da convivência humana, a ansiedade social de ser um estranho em algum local, a sensação do vazio, estando cercado por tantas futuras memorias.
- Charles Jr.
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