sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Mar de Diamante

tempo sugando toda a tranquilidade de si mesmo
espelhado em sua própria queda
através da brisa fria que empurra nuvens pesadas
deixando o sol entrar em cores alaranjadas
uma dança quase mórbida
junto com todas as formigas
indo e voltando
presas em uma fazenda psicológica
me torno onisciente à dissonância de seus passos
entre as luzes fluorescentes e artificiais
quebrando minha própria realidade
apaixonado pelas águas que carregam meu próprio ser, existir
entre as curvas de niemeyer
entre os chamados de uma cidade que não pertenço
é como resgatar a sobriedade
olho em seus olhos pra ver
homens que se perdem
dentro de um mar de diamante


Julian Castella

2 comentários:

  1. Simples, curta e direta! A sonoridade desta poesia caiu perfeitamente bem, mostrando que não precisamos de muitas palavras para que seja feito algo com um sentimeto forte. Adorei.

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