Queremos uma xícara de café para o Instagram no domingo de manhã. Queremos colocar no Facebook que temos uma relação de forma que todos possam curtir e postar um comentário. Queremos ter alguém para ir para o brunch os domingos e comer pizza às terças-feiras. Falamos e escrevemos a traves de mensagens de texto, enviamos fotos ou vídeos pelo Snapchat. Queremos a fachada de um relacionamento, mas não queremos o esforço necessário de tê-lo. Queremos nos pegar as mãos, mas nenhum contato visual. Queremos sentir conexao com alguém o suficiente, mas não muito. Queremos nos comprometer um pouco, mas não cem por cento.
Os conceitos mudaram irreversivelmente. Nos relacionamentos modernos, procura-se viver o momento, sem fazer planos para o futuro e o casal tradicional deixou de ser visto como o caminho certo para a felicidade. Não queremos relações: queremos amigos com benefícios. Queremos tudo o que nos faz viver a ilusão de que temos uma relação, mas sem ter uma relação real. Queremos que todas as recompensas sem correr qualquer risco. Talvez é a falta de maturação psicológica que caracteriza a nova geração fizeram surgir novos formatos de relacionamento amoroso. São relações informais onde não existe compromisso e a felicidade não passa pelo casal tradicional, nem, em alguns casos pela partilha do mesmo espaço e das mesmas rotinas.
Não existe mais o olho-no-olho, o cara-a-cara e os bate-papos com proximidade. Estamos criando nova geração “conectada” e “internetizada”, mas carente de amor, carinho, respeito, obrigação e confiança em si mesmo como no passado. As pessoas se escondem por atrás de uma tela de computador, e dizendo o que querem, o que sintem, bobagens que desejam, usando a linguagem que acham ser a mais correta. Hoje, tudo é feito, produzido, veiculado virtualmente, inclusive as relaçoes.
Vascopaulo14
Gostei do texto, ele retrata uma triste realidade dos relacionamentos atuais. Já temos aí uma ponta da estrela de sete pontas: proporciona visões amplas da realidade. Outras pontas que podemos ver são a garantia de perenidade, o fato de ultrapassar os eventos cotidianos e o exercício de cidadania, por expôr como as coisas hoje em dia são produzidas e que precisamos mudar esse comportamento. Parabéns!
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ResponderExcluirMostra nossa realidade de forma bem fiel. Vejo que exerce a cidadania, pois alerta como as relações estão distantes hoje em dia. Como falta verdade, contato e magia. Além disso, proporciona uma visão ampla da realidade, relacionando os relacionamentos com o desenvolvimento da tecnologia da sociedade contemporânea. Não tenho certeza na perenidade de seu texto, já que essa modernidade que citou faz parte da realidade de um contexto histórico-social específico...
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ResponderExcluirO texto traz uma análise dos relacionamentos atuais a partir de fatos do cotidiano, da era da internet e das redes sociais. Nos mostra a mudança de anseios pessoais gerada por alterações no comportamento da população como um todo. Percebe-se uma reflexão, uma visão ampla da realidade. Além disso, nota-se no texto o exercício da cidadania, uma vez que o mesmo faz uma análise de relações interpessoais. Não percebo a perenidade, já que as redes sociais e “relacionamentos modernos” são, relativamente, novos para a sociedade. Bom, adorei o texto!
ResponderExcluirAcho que os relacionamentos "casuais" não indicam necessariamente que a pessoa não quer se comprometer com ninguém. Aliás, vi uma pesquisa que mostra que essa tendência de não entrar em um relacionamento sério, faz com que o número de divórcios caia, já que as pessoas estão se conhecendo melhor e só se comprometendo com quem valha a pena, pois "perdem essa liberdade". Entretanto, entendo o desabafo presente no texto. Agora sobre a estrela de sete pontas, o que me chamou a atenção logo de cara foi a ampliação dos recursos do jornalismo - já que você narra a tendência dos namoros atuais de forma bem pragmática (típico de jornal), mais acrescenta outras coisas em cima disso - e o exercer da cidadania, já que quase se torna uma discussão sobre certo e errado em um relacionamento. Mas também podemos ver uma visão ampla da realidade e uma ultrapassagem dos limites do cotidiano. Talvez poderia ter um pouco mais de profundidade, citando um pouco a história de algum casal específico por exemplo, e - como já foi bem citado - não teve perenidade, mas ambas as ""falhas"" vão de acordo com a abordagem que você quis dar.
ResponderExcluir"Não queremos relações: queremos amigos com benefícios", acho que essa frase sintetiza os relacionamentos atuais. Viver de aparência, para aparecerem felizes no Instagram ou no Snapchat, mas na verdade não é nem 10% daquilo que aparenta. Esse seu texto me pareceu um desabafo ein? kk.
ResponderExcluirQuanto aos recursos, acredito que foi bem profundo ao falar dos relacionamentos atuais, exerce cidadania, um visão ampla da realidade, mas faltou um tanto de perenidade justamente por recortar um período atual da história
Um aperto de mão do amigo Régis Jr.
Nossa, acho que foi o texto mais diferente que eu li aqui. Muito interessante sua abordagem. Infelizmente essa é a realidade de muitos relacionamentos. Vários casais, hoje, postam fotos e mais fotos, declarações gigantes mas a gente sabe que na vida real não é nem um terço daquele amor todo; vivem só de aparência, e pior: virtual.Quanto às pontas da estrela, notei o rompimento com as amarras do LEAD e do acontecimentos cotidiano, visão ampla da realidade e exercício de cidadania. Parabéns.
ResponderExcluirOlá amigo Vasco Paulo!
ResponderExcluirAcredito que seu texto foi um dos mais diferentes ja lidos nesse blog. Senti nele um caráter jornalista muito forte, isso me fez adorar seu trabalho. Na minha opinião seu texto rompeu as correntes do lead, nos trouxe uma visão ampla da realidade e acabou com os limites do acontecimento cotidiano. Sobre o espírito cívico, foi a ponta da estrela que eu mais identifiquei no seu texto. Parabéns pelo trabalho maravilhoso!
Beijos perfumados de sua querida Maria Antonieta!