terça-feira, 24 de maio de 2016

Só em conto de fadas

             Era uma vez, em um lugar tão tão distante, o Reino de Bangu. Neste local, conhecido por suas baixas temperaturas, morava uma princesa chamada Suzane von Richthofen.

      A história da moça não é muito diferente das outras princesas. Passou anos procurando pelo príncipe encantado. Até que um dia encontrou o amor verdadeiro. Bem, não era um príncipe, mas sem dúvida nasceram um para o outro.

      O nome do homem era Fernandinho Beira-Mar. Apesar de não ser membro da nobreza local, era conhecido por todos. Era guarda de trânsito, um dos cabeças do TRÁFEGO do reino onde nasceu. Além disso, era líder de uma das organizações mais importantes da região, conhecida como C.V(Coma Vegetais!), responsável por incentivar as crianças e adolescentes a se alimentarem melhor.

      Enfim, depois desta pequena grande apresentação dos nossos personagens, vamos à historia que realmente importa. Após se conhecerem, Suzane e Fernandinho decidiram morar juntos. A princesa foi quem mais sofreu com a decisão, visto que ainda morava com os pais e amava-lhes incondicionalmente. Contudo, foi convencida por seu novo marido, que propôs que eles se estabelecessem no reino de origem da moça.

      Não era uma mansão nem um castelo de conto de fadas, mas aos poucos iam se acostumando com o novo lar. Meses depois tiveram o primeiro filho. Chamava-se Rafael Ilha e era uma criança agitava além de muito PILHADA.

      Nessa vida nova, Suzane e Fernandinho acabaram abandonando as funções de princesa e guarda de trânsito, respectivamente, que possuíam anteriormente. Ela saía cedo para trabalhar e só voltava à noite. Havia se formado em direito e começou a trabalhar como advogada. Tornou-se a provedora da família. Já o rapaz se tornou dono de casa. Cozinhava, limpava os móveis, passava a roupa... Enfim, essas tarefas típicas de homem. Já o pequeno Rafael ia aprendendo com o pai sobre os afazeres domésticos.

      Essa foi uma história como qualquer outra. Porém, agora você pode perguntar: E como estão os nossos personagens nos dias de hoje? Rafael Ilha deixou para trás o vício/amor pelo ofício de dono de casa e se tornou repórter de um programa na televisão. Já Suzane von Richthofen e Fernandinho Beira-Mar continuam presos – de amor um pelo outro. Talvez alguém que tenha lido possa até ter pensado em alguém ou em algo que tenha acontecido nos últimos tempos. Todavia, lembre-se que esse é apenas um conto e que qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência. Por último, não pode faltar aquela clássica frase de final de história: “E viveram felizes para sempre ”.

                                                                                                                                                                    FIM


Júnior West

10 comentários:

  1. Querido Júnior West, adorei seu conto. Quanta criatividade em uma história só! Pude observar dois dos componentes da estrela de 7 pontas no seu texto. Primeiramente, creio que você rompeu com as correntes do lead, pois nos primeiros parágrafos você fez uma apresentação das personagens e deixou o desenrolar dos fatos para os outros parágrafos. E depois, observei também que você evitou definidores primários, recorrendo a um ponto de vista totalmente novo e inusitado. Parabéns!

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  2. Realmente, é um texto muito criativo com uma visão bastante inusitada. Com alguns pontos cômicos, o texto prende nossa atenção para chegar ao fim. Parabéns! Quanto à estrela, consegui ver que evitou os definidores primários e ultrapassou os limites do cotidiano. Porém, o texto se distanciou da realidade e os personagens (que trazem o teor cômico) são entendidos porque vivemos na mesma época que eles, perdendo algumas das pontas. Mas parabéns novamente pela criatividade!

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  3. Esse texto foi de uma criatividade sem fim. Adorei! O teor cômico, não tão comum nas crônicas de casal, me chamou muito a atenção. Realmente, como já comentado aqui, você não usa os definidores primários, já que temos acesso a um ponto de vista extremamente diferente. Acho que potencializou muito bem os recursos jornalísticos e tem uma visão ampla da realidade. Esse texto contém quase todas as sete pontas. Só não vi muita perenidade, já que fala sobre personalidades bem contemporâneas que talvez, daqui a algumas décadas, não sejam lembradas. Mas muito bom o seu texto, parabéns!

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  4. Acredito que a ponta da estrela que melhor define esse texto é que não se encontra a presença de definidores primários, pois mostra um ponto de vista deveras inusitado e original. Enxergo a objetividade do jornalismo e com certeza rompe as correntes do LEAD. Entretanto, não apresenta ampla visão da realidade, visto que é um texto mais inclinado para o conto. Também não há muita profundidade, e a perenidade é perdida ao se atribuir de personalidades contemporâneas, como já foi dito acima.

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  5. Inusitado. Inesperado! Parabéns por sair da zona de conforto e seguir sua imaginação. Sobre a estrela de sete pontas, acredito que o viés que você decidiu tomar acabou prejudicando o aspecto da realidade dos fatos. Além disso, ao meu ver, o texto é um pouco efêmero. De qualquer forma, adorei a ideia e a criatividade!!

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  6. Olá, Júnior, parabéns pelo texto, achei divertido e muito criativo! Consigo notar a ultrapassagem dos limites do cotidiano e o rompimento das correntes do lead. Me prendeu do inicio ao fim, foi uma surpresa agradável.

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  7. Nossa amigx, que viagem. Ficção, policial e ação, tudo junto. Assim, acho que você conseguiu romper com lead como foi dito e também observei uma certa cidadania.

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  8. Olá amigo Júnior! Seu texto é surpreendente e além de ser um dos meus favoritos! Acredito que você alcançou quase todas as sete pontas da estrela. Não houve definidores primários, rompeu as correntes do lead, potencializou recursos jornalísticos e ultrapassou os limites cotidianos. Porém, concordo com nossa amiga Helena, pois acredito que não houve perenidade em seu texto. Parabéns pelo magnífico trabalho!
    Beijos de sua querida Maria Antonieta.

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  9. HAHAHAHAHA CARA, O QUE VOCÊ USOU PRA FAZER ESSE TEXTO? FICOU RIDÍCULO DE BOM. Adorei sua criatividade, o jeito como utilizou referências atuais e populares para criar o seu conto, ficou ótimo. Olha, é até um pecado criticá-lo através desse critério das sete pontas. Mas vamos lá. Como já falaram, o texto peca pela falta de perenidade, já que esses nomes talvez não sejam lembrados daqui a 10-20 anos, mas rompeu bem as correntes do LEAD além de ter uma visão ampla da realidade. No mais, ótimo texto.

    Um aperto de mão do amigo Régis Jr.

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  10. Sensacional. Muito incrível a forma como você "transformou" a história que todos nós conhecemos e ao mesmo tempo não transformou, sabe? rsrs. Metaforizou a história, pronto, foi isso. Seu texto rompe limites do acontecimento cotidiano, tem uma visão ampla da realidade, rompe as amarras do LEAD, evita total os definidores primários, porém não é perene, pois daqui uns anos, tais referências usadas no texto (como Suzane, Fernandinho e Rafael) não serão lembrados como hoje. Enfim, parabéns pela criatividade!

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