Eu te amo.
Eu te amo.
Eu te amo.
Eu te amo tanto que sei que ninguém poderá te amar mais do que eu. Ninguém poderá te fazer feliz como eu te faço. Ninguém poderá cuidar de você como eu cuido. Ninguém.
Eu te amo tanto que me preocupo com o que vão pensar de você. Com essa roupa curta e esse batom vermelho, você pode passar a imagem errada, meu amor.
Eu te amo tanto que não quero que você beba. Você pode acabar fazendo besteira, se arrependendo e depois vai ficar choramingando no meu ouvido. Mas e eu? Eu posso, corpo de homem é preparado pra receber álcool.
Eu te amo tanto que não suporto a ideia de você se divertir sem mim. Afinal, amo tanto seu sorriso que quero presenciar todos eles.
Eu te amo tanto que não conseguiria viver sem você. Se você me deixar sozinho, eu simplesmente vou me jogar na frente de algum carro. Desculpa, mas é a única opção, meu amor.
Eu te amo tanto que não gosto de ver você com esses amigos. Eu confio em você, meu amor, é neles que não confio. Homem é um bicho ruim, que não sabe se controlar. É por isso que eu faço besteira de vez em quando... Você não entende porque é mulher.
Eu te amo tanto que não gosto de ver você com essas amigas. Eu confio em você, meu amor, é nelas que não confio. Todas soltas, abrem as pernas pra qualquer um. Podem ser uma péssima influência pra você.
Eu te amo tanto que meu corpo não aguenta ficar longe do seu. Desculpa se eu forço a barra pra transar de vez em quando, mas é que seu sexo é tão bom que vicia, meu amor.
Eu te amo tanto que quero que você confie em mim de olhos fechados. Quero que confie o suficiente pra me dar a senha do seu Facebook. Afinal, quem não deve, não teme.
Eu te amo tanto que não me aguento de saudades. Preciso que você arranje tempo pra mim antes da sua família, seus amigos, seu trabalho. Preciso que você durma comigo todos os dias. Preciso.
Eu te amo tanto, mas só te amo enquanto você for minha.
Só minha.
Lucy in The Shy
Gostei! Achei bem sonoro pela repetição de expressões e trata de um tema de bastante importância, fazendo as pessoas enxergarem o quão abusivo um relacionamento pode ser. Acho que isso é até uma das pontas da estrela: exercer a cidadania. Outras pontas que achei presentes na crônica foram a garantia de perenidade e profundidade aos relatos, a visão ampla da realidade e o fato de evitar os definidores primários. Porém não sei se rompeu com as correntes do lead, nem se potencializou os recursos do jornalismo. Mas parabéns pela ideia da crônica!
ResponderExcluirO que eu mais adorei nesse texto foi que você abordou a perspectiva do homem em relacionamentos abusivos. Geralmente as pessoas se focam mais na mulher, a vítima vulnerável, então foi muito interessante ver isso por outro ponto de vista - claro que isso não torna a atitude do homem/opressor plausível, mas sempre é bom ter uma maior dimensão dos fatos,. né? Como a Amelie disse, a repetição foi uma estratégia muito eficaz, e acho que até dá pra fazer uma relação com título ao levar em conta o que o professor falou em sala de aula, sobre a questão do título ser a promessa do que será lido.
ResponderExcluirEssa crônica com certeza tem presente a profundidade dos fatos, e na verdade eu acho que é justamente por isso que ela rompe com o lead, pois o seu texto vai além do objetivo e mostra o sentimento do homem.
Muito interessante a escolha do tema e a forma como ele foi abordado! Acredito que as repetições, dentro desse contexto, possam contribuir para a ideia de sufocamento e insistência na relação referida. Quanto à Estrela de sete pontas, percebo a perenidade, uma visão ampla da realidade, com a reflexão que o texto propõe, além do exercício da cidadania, por meio de uma abordagem crítica aos relacionamentos abusivos que estão presentes na sociedade. Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirComo foi dito antes, achei muito interessante a maneira que você escolheu relatar um relacionamento abusivo do ponto de vista do abusador. Só por isso você já consegue evitar os definidores primários e ter uma visão ampla da realidade. Também senti muita profundidade no texto e o relato garantiu perenidade, já que - infelizmente - relacionamentos abusivos são extremamente presentes na sociedade, desde muito tempo. Acho que a partir dessa crônica, podemos até ter uma discussão sobre o exercer da cidadania, por exemplo, como ajudar a vítima e como se comportar ao presenciar uma agressão entre casais.
ResponderExcluirParabéns pela criatividade! Imagino que quando foi dado o tema ''casal'' a grande maioria da turma tenha feito uma relação quase que imediata aos pontos positivos do relacionamento. O modo como você procurou abordar a questão proposta foi bastante peculiar! Ao meu ver, a superação dos fatos cotidianos está em destaque =)
ResponderExcluirUm recorte muitíssimo interessante. Com certeza, a principal ponta da estrela é o exercício da cidadania. Mostra um conflito da nossa sociedade desde os primórdios, o que trás a perenidade ao texto. A visão da realidade é mais do que ampla, e evita os definidores primários por tratar do ponto de vista do opressor, que é raramente abordado. Ultrapassa os acontecimentos cotidianos com total profundidade. Ótimo texto.
ResponderExcluirBem interessante o seu texto. Achei que a sonoridade ficou bem legal e gostei da forma de abordagem que você utilizou. Cidadania, ultrapassar os limites do cotidiano, evitar o uso de definidores primários e visão ampla da realidade estão, ao meu ver, presentes no seu texto.
ResponderExcluirOlá amiga Lucy! Como já mencionado, seu texto ganha um destaque por retratar a visão masculina de um relacionamento claramente abusivo. Parabéns antes de mais nada. Sendo assim você já conquistou algumas pontas da estrela. Como a não existência de definidores primários, a visão ampla da realidade, a presença da cidadania e perenidade. Parabéns mais uma vez pelo excelente trabalho!
ResponderExcluirBeijos perfumados de sua querida Maria Antonieta.
O texto tem uma certa musicalidade, talvez pela repetição de palavras. Assim, você potencializa os recursos do jornalismo. Além disso, ao tratar de um relacionamento abusivo pela visão de um homem, ou seja, evita definidor primário, lembrando que é um tema do cotidiano e exerce a cidadania!
ResponderExcluirMuito bom. Achei um tema muito interessante de ser abordado. Esse amor, possessivo, que sufoca, e uso das repetições foi bem importante para dar ênfase a isso. Notei que seu texto não ignora técnicas jornalísticas, como obervação; oferece um visão ampla da realidade; rompe as correntes do LEAD; é perene e exerce a cidadania. Parabéns.
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