Odeio despedidas. Nunca sei ao certo como encarar a ideia de que alguém que amamos pode simplesmente sumir, nos deixar. E com o tempo, eu aprendi a amar a Karmen. Aprendi a amar cada um de vocês. Passei a identificar as almas jovens e velhas, os castos e os lascivos, os românticos e os práticos. Passei a esperar algo de vocês a cada semana, e, de repente, vamos todos morrer.
Não vejo outra maneira de terminar essa história senão como comecei: “si non se noverit”, se não se conhecer, Narciso terá uma vida longa, lembram? E, ainda assim, decidimos mergulhar nas profundezas de nossos traumas, paixões, medos e rancores com o afinco de quem sabia que o fim estava próximo.
Quando escolhi o nome Karmen, na verdade estava pensando em karma (ou kamma), que nada mais é do que a lei da causa e efeito. As boas ações geram bons resultados, e essa relação de confiança que criamos vai muito além das nossas diferenças. Transpõe até mesmo o objetivo comum que nos trouxe até aqui. Repito, é amor, o maior dos legados que se pode deixar para o futuro, especialmente nesses tempos assustadores.
Viver a vida da Karmen me fez mudar. Olhar para dentro é uma tarefa muito dolorosa, mas com a companhia de vocês pude experimentar uma sensação de pertencimento que até então desconhecia. Sou extremamente grata por isso.
E agora? Com o fim do semestre, outro terá início. Óbvio, não? Morremos, mas nossa história renascerá em outras mentes, outros corações. Renascerá toda vez que alguém estiver por aqui. Renascerá toda vez que alguém se lembrar de nós. Eu prometo que não vou esquecer.
Obrigado Karmen! Obrigado por todos os seus textos, suas histórias e seus ensinamentos. Por que não ensinamentos? Todos aprendemos um pouco com cada um. É triste que já está acabando, mas ao mesmo tempo estou feliz que pude participar de toda essa experiência inesperada. Nunca me esquecerei de todos, inclusive de você Karmen. Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirQuerida Karmen, seus textos sempre foram incríveis de serem lidos! Muito obrigado por estar presente nessa jornada conosco! Não esqueceremos uns dos outros mesmo não sabendo ao certo quem é quem porque cada um aqui tocou o coração e a alma de todos em algum momento. A escrita é poderosa e imortal, logo, quem a realiza também é! Por um recomeço!
ResponderExcluirCom carinho, Ford.
Parabéns pelo seu texto, Karmen! Me lembro sim do seu primeiro texto e aproveito a menção para parabenizar também a construção deles e da persona que você mostrou aqui no blog. Confesso que também sentirei falta dessa dinâmica: reclamei muito, mas adorei conhecer e interagir com a turma dessa forma, recebendo e me entregando.
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