sexta-feira, 1 de julho de 2022

 Macunaíma


A história possui um caráter épico, e é considerada uma rapsódia, uma obra literária que absorve todas as tradições orais e folclóricas de um povo. Segundo o autor, Mário de Andrade, “Este livro afinal não passa duma antologia do folclore brasileiro”.

O título da crônica  é o nome do protagonista da obra: um índio que representa o povo brasileiro. Essa representatividade é expressada na frase que constitui o primeiro trecho da obra:

No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia, tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma”.

Uma das pautas mais importantes do modernismo era falar de todo o Brasil, e o personagem principal representa muito bem esse objetivo. Apresenta o nacionalismo de uma forma diferente. Enquanto, o nacionalismo dos escritores romancistas idealizavam a figura do índio, em Macunaíma o índio faz refletir sobre o que é ser brasileiro, é uma representação simbólica do comportamento masculino de toda uma nação. Macunaíma nasceu em uma tribo indígena amazônica às margens do mítico Rio Uraricoera. Tinha características que o diferenciavam das demais pessoas como, por exemplo, suas muitas travessuras e uma exacerbada preguiça. Uma de suas falas mais marcantes é “Ai, que preguiça!”. Outro ponto bastante destacado na obra é a sexualidade precoce do protagonista; desde muito cedo teve relações sexuais, chegando, inclusive a se envolver sexualmente com Sofará, esposa de seu irmão Jiguê.

Após o falecimento da mãe, Macunaíma decidiu ir embora para a cidade com seus irmãos Maanape e Jiguê. No percurso, conhece a índia Ci. Acaba se apaixonando e que vem a se tornar seu único amor. Com a ajuda de Maanape e Jiguê, Macunaíma consegue dominar Ci e, assim, “brinca” com a índia.  

Encerro a descrição da história por aqui para atiçar a curiosidade de vocês.

Por Pedro Bial da Depressão

3 comentários:

  1. Bial da depressão, achei legal você ter escolhido falar de Macunaíma, mas gostaria de ter visto um pouco mais do que você pensa, principalmente se tratando de uma obra tão conhecida e com tanto a ser problematizado... Seu texto basicamente descritivo, mas você o escreveu muito bem.

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  2. Pedro Bial, gostei muito da escolha da obra! Mas o seu texto foi muito descritivo. Também senti falta de uma leitura mais crítica, do seu posicionamento e ponto de vista em relação à obra. Macunaíma é um dos grandes clássicos da literatura brasileira e há muitas vertentes a serem exploradas...

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  3. Bial, parabéns pelo texto e pela escolha. Macunaíma é um gigante literário brasileiro.

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