sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Textos longos, deusas, autoavaliação, o caminho até aqui e um adeus (que espero ser até breve).

 Meu pseudônimo é Filha de Oyá, escrevi 7 crônicas, 8 com essa e fiz 72 comentários nos textos de outros pseudônimos no blog do curso. 

Antes de escrever minha primeira crônica para o blog, na semana que falamos sobre Traumas, eu ainda não tinha decidido qual seria meu pseudônimo e também lutava pra balancear se deveria ou não escrever sobre meu pai; entregue pelo vento, a coragem me veio faltando apenas 1 hora pra entregar e enquanto estava escrevendo Filha de Oyá veio a mim também, como um abraço, doloroso mas necessário e desde então passou a fazer muito sentido em mim. 

Sinto que Filha de Oyá nasceu pela minha busca por colo e espiritualidade ancestral, essa que, ironicamente, ainda não encontrei. Oyá é transformação e libertação, o vendaval antes da tempestade e os trovões que se fazem nela. Oyá é fogo, vento e tempo. Sinto muito dela na minha escrita atualmente, esse turbilhão de coisas que ela é, e por mais que eu ainda falhe em estar conectada com minha ancestralidade (e com a minha família) eu sinto que o sangue que corre nas minhas veias vem de muitos outros cantos e outras lutas. Acho que de forma inconsciente me dizer Filha de Oyá, mesmo que apenas nesse blog, me da segurança de um lar, de um colo e de carinho, o que eu sempre encontrei na escrita. Traz também essa certeza bonita de que estou próxima do meu povo e dessas conexões com o passado imaterial em África. 

Escrever "Um Estudo de Sol e Luz" foi minha maior aventura aqui. Há anos eu não escrevia narrações e não dava vida a esse monte de história que vive na minha cabeça. A frenesi e o coração quentinho que senti por todo o caminho de escrita foi indescritível. Eu li aquela crônica várias vezes só pra conseguir imergir na cena novamente, o que vi em Sol Luz me encantou e eu realmente queria viver no apartamento cheio de plantas dela. Escrever essa crônica me deu paz por alguns dias. (e aliás Sol Luz é totalmente lufa-lufa na minha cabeça, acho importante dizer isso). 

Se eu for falar sobre tudo que ganhei vou me estender muito (o que já é costume por aqui) então eu queria começar pela minha principal perda: a oportunidade de não me sabotar. Toda semana é a mesma história, sempre acho que não tenho capacidade de escrever sobre o tema, me saboto até os últimos segundos do dia (como estou fazendo agora). Eu queria ter perdido isso ao longo do período mas é parte de mim, pelo menos por enquanto. 

Quanto aos ganhos, de forma breve, tenho muito a agradecer. Ganhei, pelo menos uma vez na semana, um encontro com a minha escrita que tinha se perdido há uns anos. Ganhei muito também com os comentários dos outros pseudônimos que puxaram minha orelha quando necessário e semana a semana me deram coragem e lugar pra ser eu mesma. 

Por tudo que produzi, acredito que minha nota deveria ser 8,7. Pelo fato de ter deixado de fazer 2 crônicas. Finalmente, pra mim, Formiga Atômica merece nota 10, pela escrita rica, metáforas incríveis e por sempre compartilhar textos tão cativantes. 

É, isso. Obrigada gente. Espero encontrar vocês por aí!!


                                                                                                                  Filha de Oyá

4 comentários:

  1. Oyá está orgulhosa do que você fez e de quem você é, que ela continue te abençoando e guiando.

    ResponderExcluir
  2. Oi, Filha de Oyá. Estou MUITO feliz pela dedicação. Parabéns por todas as suas crônicas, foram maravilhosas também. Um abraço gigante!!!

    ResponderExcluir
  3. Foi muito prazeroso te ler durante o semestre. Espero te encontrar por aí! <3

    ResponderExcluir
  4. Foi ótimo ter seus textos aqui no blog, obrigada por compartilhar suas histórias com a gente. Espero que possamos nos encontrar por aí!!

    ResponderExcluir