imaginar atingir o mais alto patamar da fama, bem como o do prestígio social. Seus
pais, ambos faxineiros de ofício, trabalhavam duro para garantir o difícil sustento à
família. A vida havia sido dura, na maioria das ocasiões, para o rapaz. O jovem, todavia,
possuía um sonho, o de conquistar o mundo por meio do esporte mais popular do
planeta, o futebol.
O mancebo tinha a certeza de que não seria nenhum pouco fácil. O contexto social no
qual estava inserido dificultava ainda mais o objetivo. O desporto, na época, era visto
como uma atividade designada aos financeiramente abastados. Não havia um futuro
profissional garantido, assim como reforçava diariamente sua mãe. A chama de seu
desejo, entretanto, parecia não ter fim. As tentativas de se tornar jogador se tornavam
gradativamente mais recorrentes. No momento, era o que mais lhe importava.
Com ajuda de seu pai, treinava com mangas no intervalo de trabalho de seu progenitor,
além de recorrer a testes em clubes na região. Certa vez, as tentativas se tornaram algo
concreto, tratava-se de uma suposta reviravolta em sua vida. Roberto fora convidado
para jogar em um time grande em uma metrópole paulista. A determinação do homem
possibilitou-lhe abrir todas as portas de sua existência, a partir de seu dom inigualável
no desporto o qual disputava. O mundo o qual Roberto havia sonhado conquistar ficara
pequeno perto de sua sede de vitória. Teve de ganhá-lo três vezes.
Rômulo Zaragoza
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