Chato, amargurado, caótico, dramático, frio e um alcóolatra angustiado. Estes definem
Dirceu da Cruz e Sousa. Talvez eu tenha pegado pesado demais com ele. Satírico,
sarcástico, brincalhão, alegre e comediante da sua própria vida. Ainda faltam palavras
para descrever essa caricata figura. Nossos laços se entrelaçam com regularidade, falo
por ele coisas que não teria coragem de falar, mas também, Dirceu fala por si coisas que
são necessárias. Me perco e ele também. Poeta, escritor, mago das palavras e sério.
Estes também o definem. A verdade é que Dirceu é tudo e nada ao mesmo tempo. Amor
e ódio habitam em seus textos. A medida que fala de amor, comenta também sobre
depressão. Ao mesmo tempo, escreve sátiras e as entrelaçam com assuntos importantes,
por exemplo, o narcisismo das pequenas diferenças. Dirceu escreve frases lindas,
cortejando a infinidade de um pôr do Sol, e ao mesmo tempo deprecia-se por este
motivo. Criei um monstro, não vou mentir. Ou o monstro sempre habitou em mim?
Talvez. Mais complexo que Durkheim, todavia é mais leve que uma pétala da mais bela
rosa. Dirceu é tudo e nada ao mesmo tempo.
Autoria de Dirceu da Cruz e Sousa
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