sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Cheia de vazios


Depois de um dia exaustivo, deito minha cabeça no travesseiro, a cabeça afunda nos pensamentos e reflexões que volta e meia me atormentam. Pensar na vida é uma das tarefas mais complicadas pra mim pois é onde eu me vejo de frente com as frustrações, medos e as inseguranças que eu afirmo pra mim mesma que não me atingem.
Mas ontem foi diferente, a reflexão foi diferente, foi pesada...pesada de grandes e enormes vazios. Vazios de esperanças, vazios de amor, vazios de vazios.
Eu sei, eu sei que tá confusão e não prometo que ao final desta crônica alguma coisa irá se esclarecer, a única certeza que tenho é que ao final dessas palavras outro vazio irá preencher meu ser, o vazio de deixar essas palavras escaparem de dentro de mim.
Sabe quando você está exatamente onde queria estar? Aquele momento que suas metas estão quase sendo concluídas, aquele momento que suas histórias e conselhos se encaixam perfeitamente na vida de outrem? Pois é, hoje me encontro assim, porém, ah os poréns… Porém algo dentro de mim me consome, algo dentro de mim me sufoca a cada meta alcançada, algo me diz que toda vez que eu concluo algo eu fico mais longe de preencher esse vazio.
Nem de amor eu sofro mais. Dias atrás uma pessoa me contou que pior do que sofrer por amor é não ter um amor por quem sofrer. Sinto hoje isso na pele. Talvez esse vazio seja falta de amor, talvez seja a falta de uma pessoa junto, compartilhando todas essas conquistas e desejos.
Quem diz que ter alguém na vida não é tudo, é porque nunca sentiu essa solidão. Eu entendo que dá pra ser feliz sozinha mas é que quando se tem alguém tudo fica mais...mais cheio.

Macabéa

-

O amor é livre, ele não escolhe classes sociais ou idade. Mas será que existe a liberdade de amar? Se sim, então porque as pessoas são tão condenadas por amar quem elas querem?! Porque eu sofri tanto por descobrir gostar de alguém que para a sociedade era considerado "errado"?
O amor é errado? 
Eles se baseam na bíblia para propagar seu preconceito, sendo que o maior homem da Bíblia nos ensinou apenas sobre a compaixão, a humildade e o amor ao próximo.
Porque as pessoas são tão cruéis?
Eu não quero parecer clichê, mas a verdade é que penso muito nisso. 
O amor me deixou boba, dizem que ele faz isso mesmo, ele nos pega desprevenido, nos enlaça, e às vezes até nos deixa tolos. Não no sentido ruim, porque o amor não é ruim, algumas consequências dele, talvez, mas a culpa não é do amor. 
A primeira vez que te vi sorrindo, eu me derreti... por um segundo eu parei e não consegui pensar em mais nada. Quando deitei a cabeça no meu travesseiro aquela noite, eu chorei. Chorei por medo. Minha cabeça entrou em curto circuito. Chorei porque me senti só... como eu ia explicar isso pra outra pessoa? Eu queria esconder. E escondi! 
Mas as coisas não são assim tão fáceis, o tempo passou, e agora eu não consigo mais esconder meus sentimentos. O momento é outro, acredito que agora sou mais madura pra lidar com determinadas coisas, mas porque ainda tenho medo? Não sei se medo é a palavra certa, talvez porque quando eu finalmente resolvi contar a alguém, me dei muito mal. A pessoa que eu confiava tanto, e que dizia com convicção que ia me compreender e me ajudar, me decepcionou, até me ameaçou. Mais uma vez, eu chorei, aquele sentimento bom, estava se transformando numa bola de neve. Minha vida virou uma bagunça, tudo era uma completa avalanche. Meus pais cristãos, certamente não me entenderiam. Eu pensei que era o fim. 
A verdade é que ainda tô aprendendo a lidar com tudo isso, eu não quero mais me esconder, eu não posso mais fazer isso comigo. Eu não mereço sofrer por simplesmente amar alguém! As pessoas complicam tanto, acho que o que falta hoje na humanidade é um pouco de empatia. Eu admiro quem consegue expor seus sentimentos sem se preocupar tanto com as opiniões negativas, na verdade, essas pessoas não percebem, mas me dão forças pois a coragem delas de ser quem são, me enchem de coragem também. Mas por enquanto, eu tô aqui no anonimato, mas não pense que vai ser assim pra sempre, eu tô me preparando, porque eu sei que não vai ser fácil, mas a vida não é fácil não é mesmo?! 
Certo dia eu ouvi uma frase, que gostei muito, a pessoa me falou que às vezes em nome da nossa felicidade, a gente tem que se sacrificar. Eu entendi que o sacrifício é enfrentar todas os obstáculos que me cercam, e correr atrás do que eu realmente quero. Aos poucos eu vou me construindo, é um processo lento, e delicado, e as vezes eu me sinto um pouco sozinha. Tem momentos que eu queria pedir por ajuda, em outros eu só me calo. 
Mas assim eu vou seguindo. 
Talvez eu tenha uma visão muito romantizada de tudo, mas eu ainda acredito que o amor pode vencer. E pra você que me chamou de doente, eu não estou doente, muito pelo contrário, meu coração está curado e repleto de amor, enquanto o seu está aí apodrecendo com seu preconceito. Antes de terminar, queria deixar um trecho de uma música do cantor e compositor, Lulu Santos: 
"E a gente vive junto
E a gente se dá bem
Não desejamos mal a quase ninguém
E a gente vai à luta
E conhece a dor
Consideramos justa toda forma de amor"
 
Bilbo Bolseiro

Ô, sorte!

2017 me trouxe a UFF e a UFF me trouxe o Roberto. Eu não queria falar da gente, e sim dele. De como gosto do tom de voz que a todo fim de frase tem uma entonação maior; o interesse em absolutamente qualquer assunto que eu fale; ou que não fica dois minutos sem segurar a minha mão quando está comigo. Essas são poucas das várias coisas que eu gosto nele, poderia falar mais, no entanto vou evitar ser tão piegas assim.

 Uma das minhas citações favoritas foi escrita pelo A. A. Milne e diz: “quão sortudo sou eu para ter algo que faz com que dizer adeus seja algo tão difícil”. É exatamente como me sinto em relação ao Roberto. Com sorte, muita sorte. 

 A intenção não é fazer uma grande declaração, até porque temos pouco tempo juntos, mas deixar pronto o parágrafo inicial do que está porvir...

Yuri não me dá atenção  

Amizade é o amor que um dia morre

Cabeça aos pés vestido de preto. Estou de luto e não é por uma morte física, mas sim por uma emocional e acredito que essa última seja pior. Não escrevo sobre um grande amor, ou uma paixonite aguda. Escrevo sobre um amigo, na verdade meu melhor amigo – ou costumava ser.
Em todos os momentos, bons ou ruins, eu estava lá, pra dividir alegria e diminuir a tristeza, mas o que fazer quando essa iniciativa parte só de você?
Não estou escrevendo sobre um amor, apesar de que para que uma amizade exista esse sentimento seja fundamental. Um amigo é uma pessoa que você escolhe entre outras milhões para compartilhar uma vida... mas, infelizmente, como toda vida, a amizade possui um limite, um fim, algumas duram 50, 60 anos, outras morrem precocemente. E ninguém pensa que justamente a pessoa que você escolheu a dedo vai te destruir por inteiro.
Amigos desde os 11 anos e nenhuma foto para lembrança, recordação agora só na mente. Problemático. A mente vai esquecendo momentos, ou pior, substituindo pelo que ela julga “mais importante, mais relevante” e, depois de alguns anos, a amizade que era eterna vai se tornar irrelevante.
Diria que nossa amizade foi enterrada em cova rasa, para que ainda haja uma chance dela lutar para sair do purgatório. Mas, cada vez que o “e aí, que cara é essa, tá sentindo o que?” vira apenas um “oi, tudo bom?” a cova fica mais funda e não há chance de ressureição.
Quem sabe um dia, alguns dos dois, põe o orgulho de lado e toma a iniciativa pra perguntar o que houve de errado. Mas não, enquanto isso preenchemos o vazio com pessoas vazias de significado, apenas para aparentar que a vida segue seu caminho e nos separamos por acaso.
Está tudo ótimo, ou pelo menos fingimos muito bem, eu sei que estou fingindo, e você? Fingindo, seguindo ou fugindo?
               
Abravanel Marinho

Sorriso azul



Quando um jovem atravessa um campo de batalha, tudo o que ele mais deseja é sair vivo do embate. E, se não for pedir demais, sair sem ser ferido, são, para que seja de utilidade por mais anos.
Mas eu pedi demais. Eu pedi demais.
Voltei sem uma perna. Sem a perna direita.
Jogaram-me em um dos leitos que ainda sobravam. Um leito sujo, abandonado ao canto da tenda movimentada e lotada de moribundos. Cortaram minhas roupas, limparam minha enorme ferida e me deixaram ali, à deriva. Havia outros de mim, diziam; eles estavam piores do que eu. Pior do que a falta de um membro, de onde saía muito sangue.
Essa guerra ia de mal a pior.
Eu não queria ficar ali sozinho. Eu poderia estar morrendo. Lutei bravamente por várias batalhas. Não queria esse fim. Não era essa a recompensa que eu esperava.
Pedi que me trouxessem alguma companhia. Esperei por vários minutos, sentindo muita dor. Precisava de alguém.
As enfermeiras me trouxeram ela.
Ela era pequena demais para ser uma enfermeira. Jovem. Com os cabelos longos e lisos de uma princesa. Uma princesa que cuidava das pessoas. Tão jovem! Veio até mim com o uniforme — uma vez — branco e curto, um chapeuzinho caído e esquecido nos cabelos, que estavam sem o habitual coque das mulheres. Com tanta gente ferida, por que ela arrumaria os cabelos louros?
Veio até mim com um sorriso. Mediu minha temperatura com a mão trêmula, porém firme de determinação. Passou pano com água gelada em minha testa e cabelos.
“Bela ferida você tem”, ela disse. E me fez sorrir com seu sorriso.
Seu nome era Blue. Ela tinha quinze anos. Era filha de uma enfermeira e um general. Não queria estudar enquanto tantos outros morriam.
Eu estava morrendo?
Ela disse que, se estivesse, não precisava me preocupar. Não havia muitas coisas bonitas para se olhar enquanto estava vivo. O Paraíso era a melhor opção.
Mas ela estava enganada. Eu gostava de olhar seu sorriso. Era bonito.
Enquanto fazia o torniquete inútil em volta do que sobrou de minha perna e passava o pano branco pelo meu corpo, ela me falava sobre algo muito legal. Alguma matéria de escola. Não me lembro do que era, porque eu estava concentrado no rosto dela. Era um rosto muito delicado. Não merecia ver todo aquele horror.
Ela me perguntou sobre o que eu aprendia na escola. Eu disse que não me lembrava. Não queria, na verdade. Disse a ela que o que os jovens de minha turma mais queriam era se alistar para o exército. Vencer o país inimigo era o objetivo de nossas vidas.
Ela riu de nossos objetivos. Não eram muito inteligentes ou alcançáveis. Ri com ela. Ela tinha razão.
O sangue não parou de sair de minha ferida. Jorrava, jorrava e jorrava, assim como sorrisos saíam da boca de Blue. Outra enfermeira veio ver minha situação. Acho que não gostou do que viu, pois suspirou, abaixou a cabeça e foi visitar outro leito.
Eu não me importava com minha situação. Estava tendo os últimos momentos que merecia.
O canto de um pássaro era ouvido de longe, mas não podíamos ver de onde. Esse som bonito se misturava com a risada de Blue, reação a alguma piada ruim que balbuciei.
Será que eu ouviria a risada de Blue no Paraíso, que ela tanto valorizava?
Isso não me importava muito.
Porque eu ouvia e via seu sorriso azul enquanto viajava até lá.

Rocket Queen

-

Metrô lotado. Ruas repletas de sons. Crianças com suas fantasias de mini odaliscas, super-heróis e princesas, preocupadas apenas em gastar seus confetes e espumas. Calor. Taj mahal. E uma boemia muito conhecida digna do cenário no qual se encaixa. É um pouco óbvio o que está sendo descrito nesse jogo de palavras; Carnaval, mais especificamente O carnaval do Rio de Janeiro, é o protagonista de todas essas situações, essas que causam euforia e ansiedade o ano inteiro, que nos fazem querer emendar o feriado de 7 de setembro com fevereiro, afinal, quem nunca?
        Tenho uma teoria, de que o carnaval nos escolhe, como uma entidade, talvez eu esteja romantizando um pouco demais a festa da carne, mas quem vive de corpo e alma esse momento sabe do que eu estou falando. Não existe época em que as pessoas estejam mais abertas umas às outras, entregues aos ritmos tão nacionais, de raízes, que durante o ano são esquecidos e principalmente com a mente mais leve e despreocupada, dispostas a encarar os tão temidos perrengues do dia a dia.
      Sei por experiência própria, que entrar em um ônibus lotado na segunda-feira de manhã de um dia qualquer e ter que empurrar incontáveis braços e pernas mal-humorados, sim, essa personificação é possível, é comparável a tortura. Mas também, lembro-me muito bem do meu último carnaval, no qual sai de casa exatamente às 5:40 de uma terça-feira, recebi um aviso, sobre ser possivelmente assaltada no ponto de ônibus, de uma senhora amigável que olhou um pouco assustada para minha fantasia improvisada de cigana, me espremi em um ônibus sem limites de passageiros e um ar condicionado defeituoso. Tortura? Nem um pouco. Posso recordar todas essas coisas com perfeição, mas o que fica marcado é a felicidade que conseguimos emanar mesmo nessas situações, são as pessoas cantando músicas conhecidas de forma sincronizada na estação de metrô lotada, casais se formando, um em cada ponta do ônibus, e todos os outros piratas, zorros e as princesas Léia vibrando um pelo outro. Isso só pode significar uma coisa: O carnaval tem magia. Afinal, só magia para fazer uma pessoa que se irrita com outro cidadão falando alto no telefone no transporte público, se juntar com pessoas alcoolizadas cantando “Você partiu meu coração” 7 horas da manhã. Já dizia Chico Buarque, “Carnaval, desengano, deixei a dor em casa me esperando, e brinquei e gritei e fui vestido de rei”

Didico Imperador

Recomposição

  Te conheci no verão. O melhor da minha vida, talvez. Lembro-me do banho gelado que tomei rápido, pois precisava ansiosamente responder sua mensagem. Às vezes, me vem à tona o calorzinho do vento que batia no meu rosto enquanto eu tirava foto da minha vista pra te mandar. E você, feito um daqueles típicos dias de verão, me fazia queimar, o melhor dos fogos, eu diria.
      Andemos um pouco no tempo até o momento em que de fato te vi. Materializado. Ali na minha frente. Então você é real. Trouxe consigo os ventos do outono. Uma brisa morna e um aconchego. Os dias se encurtam e minha ansiedade agradece. Já é quinta de novo e você me manda mensagem. Sorrio e aceito que eu me perdi. Me perdi pra você.
      De repente o tempo fechou. Uma onda de frio e tempestades se aproximava. A calmaria que um dia eu senti logo virou uma tormenta. Seu coração, feito um iceberg, esfriou qualquer tipo de relação. Eu, como uma filha teimosa que sou, esqueço o casaco. E passo frio, muito frio. Mas eu me acostumo. Nem o mais severo dos invernos me fará desistir de você.
      A esperança reaparece em forma de primavera. As flores reabrindo se assemelham aos meus sentimentos. Já consigo sorrir novamente. Você ressurge nessa loucura de vida e me traz de volta à vida. Você me enlouquece, e bagunça ainda mais a minha bagunça. E eu aceito encarar. Tenho coragem até.
      Quero que diga sim, e que aceite reinventar as estações comigo. Se não se importar, eu gostaria do verão três vezes ao ano. Quero mais banhos gelados, se possível com você. Eu até aceito insolação, se você topar ser o sol.  Mas separo um tempinho para o inverno, pode até ser um daqueles bem rigorosos. Porque só ele me comprova que eu aceito tudo pra me envolver na tempestade. E você é a minha tempestade.

Lady Murphy

Eu e um café sobre mim

Era fim de tarde e a gente conversava. Foi mais um desabafo que conversa, mas o esconderijo começa aqui- vocês vão entender o porquê da palavra “esconderijo” quando eu falo de mim mesma. 

Era quase noite e a gente tentava se entender. Ele falava das suas aflições e do seu dia, do seu cansaço, do estudo, e da insônia que prega peça quando é madrugada e ele gira na cama até que os carneirinhos fazem efeito e o nosso gps cerebral encontra o sono. 

Era um entardecer carioca quando ele me perguntou sobre mim, sobre minhas aflições, cansaço, estudo, e se o travesseiro estava de bem com a minha consciência e eu conseguia dormir tranquila sem precisar pedir ajuda àqueles bichos brancos.

Tava bom o café?

Eu disse. Eu falei. Eu perguntei aquilo. Saiu de mim a pergunta mais esfarrapada do mundo, eu nem bebo café, eu odeio café, eu nem sei fazer café. Eu jamais iria querer informações sobre a bonança do café que ele tinha bebido há horas atrás antes de começar a falar e dissertar sobre a sua vida.

Tava gostoso, aprendi a fazer.

Ele respondeu. Pareceu não perceber que peguei a primeira saída da estrada eterna sobre minhas lamentações. Achei que ele não tivesse visto meus olhos bombeando sangue e imaginando uma resposta digna de um novo assunto. 

Por que você nunca quer falar de você?

Depois de rir demonstrando que nada tinha ficado escondido, ele me fez a pior pergunta que alguém pode fazer à mim na vida. 

Pensei em dizer que eu não falo sobre mim, ou, de mim, porque eu me decepciono demais com quem eu sou ou com quem eu me torno diariamente. Pensei em dizer que não falava de mim, ou sobre mim, porque era sufocante lidar e conviver comigo, e que para discorrer sobre esse ser humano que escolhi ser, precisaria abrir as janelas do apartamento 911 e gritar para os sete cantos da cidade, tudo o que eu acho sobre, eu. E pensei tanto que aquilo me engasgou e precisei tossir, depois dei um riso sem graça e tentei imaginar qualquer outra coisa que eu pudesse falar e que não demonstrasse que eu sou covarde demais pra contar pra qualquer pessoa que seja- mesmo quando essa pessoa não é qualquer pessoa que seja- que eu não sou tão legal assim, que eu fiz mal, que eu faço mal, que eu sou chata,
que eu
            que eu
                        que eu
                                    que eu 
                                                que eu
                                                            que eu
                                                                        que eu
que eu falo qualquer coisa pra fugir do assunto “eu” e busco qualquer coisinha microscópica que interesse mais as pessoas pra que eu fale sobre essas coisas e consiga fugir de falar sobre mim. É que na verdade, quando eu falo de mim, até eu tenho que me encarar, e aí começa a ficar difícil.

Tava bom o café? Acho que vou provar.
 
Sophie Milk