Sentado na sombra,
da sociedade, assombrado.
Centenas passam por mim,
centenas se negam a mim.
Olham mas não vêem.
Eu vejo todos,
com olhos vesgos e embaçados,
sempre os mesmos.
No mesmo vem e vai,
nas suas vidas previsíveis.
Sempre com uma casa pra voltar,
um chuveiro pra banhar,
um fogão pra acender,
uma boca pra beijar.
Eu me mantenho aqui,
não volto pra casa,
estou em casa.
Basoalto Basoalto
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