Eu nunca me considerei uma pessoa romântica. Pelo contrário, sempre
detestei declarações melosas e exageradas, não suporto casais que não
se desgrudam e nunca me comovi com lindas histórias de amor. No quesito
relacionamento sempre fui bastante racional, por vezes até mesmo fria e
egoísta, o "eu" vinha antes do "nós". Não é uma escolha pessoal nem uma
barreira emocional, é apenas como vejo a vida. Eu poderia atribuir o
fracasso dos meus namoros passados a isso, mas a verdade é que eu também
tendo a me cansar das pessoas muito rápido. No início é divertido, mas
conforme o tempo passa e mais sério fica, aquela pessoa com quem eu não
conseguia passar um dia sem falar se torna quase um estorvo. É nesse
momento que eu me torno a vilã no que era a história de amor de outra
pessoa.
Mas não é como se eu não fosse capaz de amar alguém.
Na verdade, eu me apaixono todos os dias por pessoas diferentes. Eu
sinto uma conexão profunda com completos desconhecidos, um desejo
ardente de conhecê-los melhor, de deixar nossos corpos se conhecerem
melhor. Não é sobre quanto tempo dura, porque nunca é essa a minha
intenção, eu preciso de novas pessoas, mesmo que sejam as antigas que se
tornaram outras. Acho que preciso da novidade, da multiplicidade,
compartilhar minha intimidade não com um só alguém para o resto da vida,
mas com vários, sem nunca cair na futilidade. Acho que o meu problema é
que eu amo demais.
Lana Banana
Adorei a crônica! Conseguiu sair do comum, do que todo mundo costuma falar que é sobre o amor por uma certa pessoa e tal. O modo de construir a crônica foi bem legal, senti uma cronologia que me faz sempre entender melhor a história e o sentimento. Senti que a pessoa expressou bem os seus sentimentos, o que fez eu me emocionar com sua palavras.
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