Eu sei como você se sente. A vida ultimamente tem exigido
demais de ti, certo? Cada segundo parece ser como uma dança na corda bamba e a
todo o tempo a vida te agarra pela manga e te obriga a permanecer em seu lugar.
Às vezes, muitas vezes, a única coisa que você deseja fazer é fugir. Em dias
bons você busca fugir para dentro de si, trancar a porta que te conecta com o
mundo perigoso e intimidante do lado de fora, deitar-se sob as cobertas e
passar um longo tempo convencendo-se de que tudo segue firme nos eixos. Nos
piores dias você deseja fugir de si mesmo, libertar-se da muralha alta que te
aprisiona em um inconsciente frustrado e inchado de medo do fracasso, ansioso
por tudo o que seus olhos já viram e por tudo aquilo que eles ainda verão.
Sobre o fracasso, eu gostaria de te contar algo. Talvez você não saiba, e
muitas vezes eu tenho dificuldades em acreditar nisso também, mas ele não
existe. Se você acredita que fracassou é porque você assumiu que algo em seu
caminho deveria ter sido feito de uma determinada forma para que você
alcançasse o balde de ouro ao fim do arco íris. A verdade é que o fracasso é
uma vitória distorcida, e talvez você não o aceite dessa forma porque ser
capturado por uma derrota é mais magnético do que carregar na garganta um grito
de conquista. Além disso, surpresa: as moedinhas da fortuna não estão guardadas
no fim do arco íris, mas espalhadas ao longo das cores do seu percurso. Dito
isso, eu tenho um pedido para lhe fazer: não caia nessa armadilha de pensar que
você não pode melhorar. Grite todas as suas conquistas e carregue cada uma das
suas vitórias distorcidas no colo – elas estão ajudando a te construir também.
Eu espero sinceramente que você encontre o seu arco íris.
Mas se eventualmente isso demorar a acontecer, saiba que há luz na escuridão. Você
apenas deve abrir seus olhos assustados e enxergar que a sua melhor lanterna é
a sua própria Luz.
Hermes, o mensageiro
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