domingo, 16 de outubro de 2016


Milagre da Santa

Eu sou Maria, Maria de Jesus. Pode ter sido meu nome que chamou atenção de Nossa Senhora ou apenas minha fé que me fez receber o melhor presente da minha vida. No dia 20 de outubro de 2003, meu quarto filho nascia. Não foi um parto fácil. Meu bebê engoliu água e, por isso, poderia ter muitas infecções. Eu rezei dia e noite para nada lhe acontecer, mas não surtiu muito efeito. Conforme os dias passavam, nada parecia melhorar.
Decidi, então, falar com a minha Nossa Senhora de Aparecida, padroeira das grávidas e dos recém-nascidos, para cuidar de meu filho e não deixar ele ir. Pedi como nunca havia pedido para Nossa Senhora antes. Prometi pagar pela benção em Aparecida e de joelhos quando meu filho completasse 12 anos, além de criá-lo na Igreja.  
Algumas dias depois, com a ajuda dos médicos e da Santa, meu filho melhorou. Foi uma vitória tão grande, agradeci demais à Nossa Senhora. Meu filho começava a viver sem aparelhos e saudável, demos a ele o nome de Gabriel de Jesus.
Todo domingo a família ia à Missa, além de participar das atividades da Igreja. Eu rezo muito para que ele vire coroinha, mas o menino ainda é novo para decidir o que fazer.
Conforme os anos foram passando, juntei o dinheirinho da viagem. Decidi levar Gabriel comigo para me acompanhar, já que não dava pra ir a família inteira. No dia 11 de outubro, partimos para Aparecida do Norte, e chegamos no dia seguinte, no dia de Nossa Senhora Aparecida.  A passarela era alta, tinha 35 metros de altura, e 392 metros de comprimento até chegar a Basílica Velha. Eu, de joelhos, e Gabriel me acompanhando partimos para cumprir o prometido.
Atravessar aquela passarela até chegar até a imagem de Nossa Senhora não foi fácil, meus joelhos se esfolaram e o calor era demais, mas meu filho estava ali ao meu lado por causa dela!  Tantos outros fiéis ali cantavam músicas, superavam desafios e agradeciam àquela que nos ouviu, a padroeira do Brasil. E eu era uma deles. 


Valdea Bennet

10 comentários:

  1. Esse texto rompe as correntes do LEAD, retrata de um evento que ocorre todos os anos e com diversas pessoas sobre um ponto de vista bonito, de uma mãe agradecida.

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  2. A forma como é trabalhada a religião e a devoção a santa é muito interessante. Gosto da repetição das palavras (Nossa Senhora, Santa...) e isso da uma levada boa no texto. Não consegui definir muito a personagem do POV, mesmo com todas as formas trabalhadas. Me confunde um pouco a descrição de distancia e metros do lugar onde ela paga a promessa, acho que pelo calor do momento isso seria melhor descrito com hipérboles e exageros. O final é frio, me parece faltar algo para costurar e arrematar o texto.

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  3. Gostei muito da relação com religião, até agora pouco abordada nesse blog. Entretanto, senti que falta algo. A narração vai se perdendo ao pouco e o final me apresentou pouco impacto.

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  4. O pov poderia ter sido mais trabalhado, mas mesmo assim ficou bom. O caráter psicológico e antropológico foram bem definidos e eu gostei do tema inovador, como disse Julinho, um tema pouco abordado no blog. Realmente no final faltou a emoção do começo do texto, não deu a emoção esperada.

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  5. Pov bem interessante por se tratar e alguns com sentimento de gratidão pela religião e, como tal, poderia apresentar uma escrita mais delicada. Um texto bem linear que não prende o leitor, mas que exerceu o caráter antropológico e psicológico bem.

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  6. Gostei da forma que você trabalhou a gratidão junto com a devoção. Como já comentado o tema religião é bem pouco usado, e realmente essa questão do agradecimento a Santa pelo filho, e o desejo da mãe que o filho tenha essa mesma gratidão é bem fácil de sentir, o tema ficou nas entrelinhas porém fácil de ser notado.

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  7. Eu gostei demais do texto! Achei uma leitura super gostosa, e com um POV muito legal, que representa muitas pessoas que, assim como a personagem, são devotas e têm fé. O texto foi cativantes e gostei do final.

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  8. O texto apresenta um ponto de vista bem interessante. Levanta toda essa discussão acerca da necessidade da religião na sociedade, a qual eu, pelo menos, mesmo sem me encaixar no grupo de religiosos, julgo ser necessária sim. E ainda tem toda essa questão de ultrapassar os acontecimentos cotidianos, ao passo que você fez essa abordagem mais profunda sobre o sentimento de gratidão pros religiosos.

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  9. Gostei desse texto, uma boa reflexão sobre a religião na vida das pessoas.

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  10. Acredito que por se trabalhar com relegião o texto poderia ser melhor desenvolvido e rico de detalhes, poderia ser melhor. Confuso e cansativo em alguns pontos

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