Milagre da Santa
Eu sou Maria, Maria de Jesus. Pode ter sido meu nome que
chamou atenção de Nossa Senhora ou apenas minha fé que me fez receber o melhor
presente da minha vida. No dia 20 de outubro de 2003, meu quarto filho nascia.
Não foi um parto fácil. Meu bebê engoliu água e, por isso, poderia ter muitas
infecções. Eu rezei dia e noite para nada lhe acontecer, mas não surtiu muito
efeito. Conforme os dias passavam, nada parecia melhorar.
Decidi, então, falar com a minha Nossa
Senhora de Aparecida, padroeira das grávidas e dos recém-nascidos, para cuidar
de meu filho e não deixar ele ir. Pedi como nunca havia pedido para Nossa
Senhora antes. Prometi pagar pela benção em Aparecida e de joelhos quando meu
filho completasse 12 anos, além de criá-lo na Igreja.
Algumas dias depois, com a ajuda dos médicos
e da Santa, meu filho melhorou. Foi uma vitória tão grande, agradeci demais à
Nossa Senhora. Meu filho começava a viver sem aparelhos e saudável, demos a ele
o nome de Gabriel de Jesus.
Todo domingo a família ia à Missa, além de
participar das atividades da Igreja. Eu rezo muito para que ele vire coroinha,
mas o menino ainda é novo para decidir o que fazer.
Conforme os anos foram passando, juntei o
dinheirinho da viagem. Decidi levar Gabriel comigo para me acompanhar, já que
não dava pra ir a família inteira. No dia 11 de outubro, partimos para
Aparecida do Norte, e chegamos no dia seguinte, no dia de Nossa Senhora
Aparecida. A passarela era alta, tinha 35 metros de altura, e 392 metros
de comprimento até chegar a Basílica Velha. Eu, de joelhos, e Gabriel me
acompanhando partimos para cumprir o prometido.
Atravessar aquela passarela até chegar até a
imagem de Nossa Senhora não foi fácil, meus joelhos se esfolaram e o calor era
demais, mas meu filho estava ali ao meu lado por causa dela! Tantos
outros fiéis ali cantavam músicas, superavam desafios e agradeciam àquela que
nos ouviu, a padroeira do Brasil. E eu era uma deles.
Valdea Bennet
Esse texto rompe as correntes do LEAD, retrata de um evento que ocorre todos os anos e com diversas pessoas sobre um ponto de vista bonito, de uma mãe agradecida.
ResponderExcluirA forma como é trabalhada a religião e a devoção a santa é muito interessante. Gosto da repetição das palavras (Nossa Senhora, Santa...) e isso da uma levada boa no texto. Não consegui definir muito a personagem do POV, mesmo com todas as formas trabalhadas. Me confunde um pouco a descrição de distancia e metros do lugar onde ela paga a promessa, acho que pelo calor do momento isso seria melhor descrito com hipérboles e exageros. O final é frio, me parece faltar algo para costurar e arrematar o texto.
ResponderExcluirGostei muito da relação com religião, até agora pouco abordada nesse blog. Entretanto, senti que falta algo. A narração vai se perdendo ao pouco e o final me apresentou pouco impacto.
ResponderExcluirO pov poderia ter sido mais trabalhado, mas mesmo assim ficou bom. O caráter psicológico e antropológico foram bem definidos e eu gostei do tema inovador, como disse Julinho, um tema pouco abordado no blog. Realmente no final faltou a emoção do começo do texto, não deu a emoção esperada.
ResponderExcluirPov bem interessante por se tratar e alguns com sentimento de gratidão pela religião e, como tal, poderia apresentar uma escrita mais delicada. Um texto bem linear que não prende o leitor, mas que exerceu o caráter antropológico e psicológico bem.
ResponderExcluirGostei da forma que você trabalhou a gratidão junto com a devoção. Como já comentado o tema religião é bem pouco usado, e realmente essa questão do agradecimento a Santa pelo filho, e o desejo da mãe que o filho tenha essa mesma gratidão é bem fácil de sentir, o tema ficou nas entrelinhas porém fácil de ser notado.
ResponderExcluirEu gostei demais do texto! Achei uma leitura super gostosa, e com um POV muito legal, que representa muitas pessoas que, assim como a personagem, são devotas e têm fé. O texto foi cativantes e gostei do final.
ResponderExcluirO texto apresenta um ponto de vista bem interessante. Levanta toda essa discussão acerca da necessidade da religião na sociedade, a qual eu, pelo menos, mesmo sem me encaixar no grupo de religiosos, julgo ser necessária sim. E ainda tem toda essa questão de ultrapassar os acontecimentos cotidianos, ao passo que você fez essa abordagem mais profunda sobre o sentimento de gratidão pros religiosos.
ResponderExcluirGostei desse texto, uma boa reflexão sobre a religião na vida das pessoas.
ResponderExcluirAcredito que por se trabalhar com relegião o texto poderia ser melhor desenvolvido e rico de detalhes, poderia ser melhor. Confuso e cansativo em alguns pontos
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