domingo, 9 de outubro de 2016


Outro clichê adolescente

Eu não sei como as coisas foram desenrolar desse jeito. Não sei como viemos parar nessa situação. O mais difícil, que era amar alguém e ter a certeza que essa pessoa te ama de volta nós conseguimos, mas parece que mesmo assim nos perdemos no caminho. Caminho esse tão torto e errado que nenhum de nós sabe como voltar. Nos perdemos em brigas bobas, nos distanciamos em discussões sem sentido. Fizemos as pazes. E repetimos tudo de novo. Te sufoquei em desespero. Fui sufocada com os seus. Chorei. Gritei. Te odiei. Mas repetimos e tentamos tudo de novo.
Olhando assim parece que somos mesmo insuportáveis juntos. Tiramos nosso tempo, terminamos, voltamos e terminamos de novo. Viramos uma versão sem graça de Rachel e Ross. Nos tornamos um drama mais chato que Meredith Grey e Derek McDreamy. Uma versão menos excitante de Mr. Big e Carrie. E conseguimos enrolar mais do que Chuck e Blair. E mesmo assim ainda tentamos.
Já brigamos tanto a ponto de nem conversa mais, algo que foi tão bom e natural por tanto tempo. Não nos vemos mais, algo que antes contávamos os dias para acontecer. Não vazemos mais planos, nem nos stalkeamos, e não ligamos mais. Já não sei mais como você vai, nem se você precisa ouvir minha voz depois de um dia ruim. Não te conto mais minhas conquistas, nem as coisas bobas que aconteceu durante o dia. Não te vejo mais, nem te beijo mais. Mas ainda assim sinto teu cheiro presente em mim. Bem não entendemos mais nada e nem conhecemos mais um o outro, mas ainda espero o nosso final igual a algum filme adolescente dos anos 2000. Ainda espero receber sua mensagem e que assim possamos repetir nosso roteiro ruim tudo de novo. Ainda espero que na nossa quinta, sexta, sétima chance o nosso relacionamento parece melhor que esse texto ruim.


Sabina Kundera

23 comentários:

  1. único ponto negativo do texto foram as referências que não são tão universais assim, como a de Gossip Girl

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  3. Gostei do final com a brincadeira relacionando o relacionamento ao texto. E concordo com Kane 3000, as referências por não serem tão universais acabam tirando um pouco a perenidade do texto.

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  4. O texto nao é perene. Fora isso, gostei do final como o Ba2007 falou, da relacao do texto com o relacionamento. E gostei tambem que a minha expectativa foi de certa forma quebrada, porque o titulo se referia aos casais que o narrador comenta no texto e como ele queria que seu relacionamento ou sua vida fosse, e não a historia do casal em si, como era esperado

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  5. A forma como escreve para alguém deixa o leitor íntimo e dentro da história. Com referências muito atuais, não podemos afirmar a perenidade do texto. Em algumas partes o texto deu uma esbarrada, acho que pode organizar um pouco a pontuação.

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  7. Ual! Você escreveu uma história minha de alguns anos atrás, adorei sua crônica! Me identifiquei mais do que queria hahahaha A escrita tá legal, e qualquer um se vê um pouco nela. A questão de referencias é sempre complicado, mas quem sabe daqui a 20 anos ainda se fale desses casais, né? Ótima cronica!

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  8. Leitura leve na qual o leitor se identifica facilmente. Amei, parabéns!

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  9. Texto bem fluido e gostoso de ler, a linguagem é pessoal e envolve o leitor na história, um pouco clichê mas confesso que é disso que eu gosto hahah e é assim que o leitor pode se ver no texto. Não foi perene por causa das referências.

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  11. Muito fácil se identificar com esse texto, além de ser muito bem escrito. O problema foram as referencias, desculpa não vi gossip girl, além disso não achei original

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  12. Como já disse em outros comentários, eu adoro referências!!!! Enfim, gostei do texto, achei fácil de estabelecer uma relação com o leitor por ser uma situação corriqueira - que chega a ser clichê, mas assim como disse um comentário ali em cima, até tenho gosto por isso.

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  14. É consenso que as referências prejudicaram um pouco o ritmo porque a gente vem caminhando com o texto, se identificando, mas quando Sabrina cita as personagens, eles não nos são conhecidas. Percalços de uma história real, como me parece ser. Gosto delas. Bem escrito!

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  15. Ao meu ver, é um texto bem comum. Não vejo perenidade, e os recursos narrativos não se mostraram tão cativos e interessantes. Atende um pouco para as regras de concordância e pontuação tb.

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  16. Eu gostei muito do final quando o próprio autor falou que o texto era ruim, confesso que eu dei uma risada aqui na sala e meu pai ficou olhando na minha cara sem entender nada. Enfim, acredito que a linguagem ficou muito facilitada, isso faz com que aumente o alcance da mensagem que o texto quer propor, embora traga uma ressonância literária que faz com que o texto se torne superficial. O texto pode ficar mais profundo.

    Pessoalmente eu gostei muito dele, não vejo problemas com os clichês, então... nota 10 :)

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  17. Texto comum porém bom! Só tenha atenção em ortografia

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  18. cuidado com os erros de ortografia. Gostei do texto, pois apesar de comum, se torna muito proximo do leitor quando retrata o sentimento do protagonista.

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  19. cuidado com os erros de ortografia. Gostei do texto, pois apesar de comum, se torna muito proximo do leitor quando retrata o sentimento do protagonista.

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  20. Acho que o melhor do seu texto foi o final! A menção ao próprio texto foi muito legal, e terminou a crônica de maneira mais divertida do que o esperado. As referências também deram um toque legal. No entanto vi alguns erros de ortografia, fique atento.

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  21. Acho que o melhor do seu texto foi o final! A menção ao próprio texto foi muito legal, e terminou a crônica de maneira mais divertida do que o esperado. As referências também deram um toque legal. No entanto vi alguns erros de ortografia, fique atento.

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  22. A crônica é de leitura fácil e leve, embora hajam alguns erros na ortografia e na pontuação. Mas preciso confessar que pra mim ficou difícil entender algumas das referências, totalmente desconhecia os personagens citados.

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