domingo, 16 de outubro de 2016


Visão de Mundo

“No meio do caminho tinha uma pedra/ tinha uma pedra no meio do caminho”. Quando fiz esse poema com um tom tão pessimista da vida, não soube analisá-lo de maneira em que onde há um obstáculo, há uma vitória. Hoje, sou capaz de enxergar essa verdade através de um colega de profissão chamado Vinicius de Moraes.
Nossas diferenças eram extremamente notáveis: Nasci em Minas Gerais, de personalidade pacata, um mero escritor e jornalista revoltado com o cotidiano e não acreditava que haveria uma solução para o país diante de seus problemas. Diante desse quadro, na minha vida apareceu Vinicius, um moço de carisma extrovertido (afinal carioca tem essa característica) e um mulherengo de marca maior e que retratava em seus poemas o principal motivo da sua vida: o amor.
Esse fato gera uma contradição para o leitor: Se esse cara “pegava” todo mundo, como poderia falar de amor? Talvez, pelo fato de ter se casado 9 vezes e nunca ter desistido de encontrar sua verdadeira cara metade e, com ele, o seu maior sentimento embora tirado como mulherengo: o amor.
Em um dos seus escritos ele citou: “e esquecer tudo ao vir um novo amor/ e viver esse amor até morrer/ e ir conjugar o verbo no infinito.”, pude perceber que enquanto houvesse esperanças nas pessoas e inclusive em mim em encontrar o amor, meus desejos descritos em poemas poderiam ser solucionados seja em relações políticas, sociais e amorosas. Eu apenas teria esperança em um mundo melhor ao carregar o sentimento mais puro em meu peito: o amor.
Sempre gosto de ressaltar que os escritos de Vinicius ficarão no semblante de diversas gerações e da mesma forma que modificou minha visão pessimista sobre a vida, ele impulsiona aos próximos leitores a encontrar esperanças pela vida através do único sentimento possível de curar todos os conflitos: o amor.
Reconheço e agradeço pela comunicação desse escritor com meu coração de forma indireta e, reitero que, ele foi capaz de descrever a única e verdadeira finalidade do homem nessa vida: o amor.


João de Santo Cristo


11 comentários:

  1. Gostei do recurso dos dois pontos seguidos do amor, para ressaltar o ponto do texto. E gostei mais ainda do texto ter sido feito sobre dois poetas brasileiros.

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  2. O ponto de vista escolhido foi ótimo, dois poetas incríveis. Gostei de como o tema do texto ser o amor não deixou de tratar também da gratidão. Bem escrito e com boas referências.

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  3. Gosto do texto porque desde o início o personagem já diz como mudou e mostra um crescimento. Durante todo o texto ele explica porque é grato a Vinicius de Moraes. Bem criativa a escolha dos personagens.
    Acho que esse texto ultrapassa os limites dos acontecimentos cotidianos porque não se prende a um acontecimento em si, mas de uma reflexão do personagem. Gosto disso porque muitos temas vem de coisas que pensamos e não que aconteceram em si.

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  5. Curti a escolha criativa dos personagens, que ao mesmo tempo se torna um desafio, porque você escolheu falar do pov do DRUMMOND, né?! Mas gostei bastante, as referências à vida e aos escritos dos dois agregaram muito.

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  6. Acho legal a ideia de usar Drummond. Mas achei a linguagem do texto meio wikipédia, tem uma descrição que parece pesquisa e não muito o que um amigo descreveria do outro (posso me enganar porque não conheci Drummon, claro). Ficou raso, a forma de gratidão demora a chegar, ser refletida e entendida no termo.

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  7. A ideia do pov ser de Drummond foi boa, a ideia da gratidão ser relacionada ao amigo também foi boa. São dois personagens conhecidos e ficaria fácil de ler, o que deu errado foi que apesar de saber que o ponto de vista era de Drummond, eu não consegui realmente enxergar isso por causa da linguística do texto. O psicológico dele deveria ter sido mais abordado pra gente realmente sentir que foi Drummond que escreveu essa crônica. E realmente não senti isso.

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  8. Um dos dos pov mais interessantes, porém muito mal executado justamente por se tratar de um poeta renomadissimo e o texto não trazer todo o lirismo/genialidade de Drummond. A interpretação que João de Santo Cristo faz do poema "no meio do caminho" também não é tão boa, ao meu ver, pq não vejo como um poema pessimista. A problemática levantada sobre Drummond ser do interior e mostrada na crônica como "pacato" so evidência um dos esteriotipos mais presentes na escrita brasileira que é o de reforçar que pessoas do interior do Brasil não tem dicernimento crítico quanto às coisas, elas precisam vir pra capital e se aliaram à personagens sudestinos para se "salvarem". A repetição "o amor" presente no fim de cada parágrafo também não se mostrou um bom recurso linguístico.

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  9. O POV foi o melhor do seu texto! Bom demais a crônica se tratar de dois grandes poetas brasileiros. No entanto, levando em consideração que o POV era de Drummond, acho que a escrita deveria ter sido muito mais trabalhada do que foi, faria o leitor realmente imaginar Drummond relatando isso. Também tive problemas com a repetição, acho que, apesar de ser um ótimo recurso, não foi bem usado.

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  10. Acho que valeu pela criatividade e ousadia ao utilizar esse POV, mas realmente poderia ter sido melhor elaborado, principalmente na escrita que se propôs a fazer. O tema foi construído ao longo da história e se faz notar fortemente no final. Ficou bom no geral.

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  11. Bom texto, ponto de vista original e ousado, mas talvez ousado demais porque você quis escrever na voz de um grande poeta então o texto podia ter sido mais elaborado como disse o Senhoralguem, mas gostei do texto. Bom trabalho.

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