domingo, 25 de setembro de 2016

Na mesa de bar
Quem acha que essa onda de homossexualidade é coisa do século XXI, está redondamente enganado. Quando fui à Salvador, parei para papear com meu amigo César em um boteco da esquina. Falamos do nosso sertão, da economia do País e sobre política; mas ao chegarem dois homens no bar e terem se alocado na mesa frente à nossa, César mudou seu humor da água pro vinho e, por mais que fossemos grandes amigos, vista a sua atitude, existiam enigmas a serem desvendados. 
Após sua demonstração de "Ney Matogrosso" irritado, César revelou que um dos dois homens na realidade era seu "crush" de infância e, tê-lo visto com outro homem o afrontou e tinha que tomar uma atitude perante aquela situação. Tomado pelo sentimento de frustação, ele se aproximou da mesa dos meninos, os saudou e perguntou se poderíamos se juntar à mesa. Em seguida, me apresentou como SEU NAMORADO!!! (Oi? Isso não estava no script).
Para ajudar meu amigo ou talvez alimentar sua obcessão, fiquei quieto e observei as "borboletas" ao meu redor. Quem diria! César fazendo o homem pela manhã e à noite voando como "gazela". Quem diria!
O namorado do "crush" de César falava sobre maquiagens da Avon e meu amigo dizia ter da Queen. O suspeito dizia ter roupas do Mercado Modelo e César comprava mesmo era nos shopping's. A conversa das "gazelas" era na verdade uma disputa com uma variedade de mentiras e cobiça de poder.
Por fim, a conversa foi interrompida pelo amor antigo do meu amigo que disse ter de ir embora para levar seu irmão em casa, indicando a sua companhia do bar. Ou seja, o suposto namorado era seu irmão. Isso mesmo! Seu irmão!. Tudo não passou de uma confusão. Na realidade, o amor de César era casado com uma senhora de 35 anos e tem dois filhos.
Lamento meu caro amigo, o sonho acabou e nunca mais em minha vida farei papel de Cazuza.


João de Santo Cristo

4 comentários:

  1. Interessante, mas achei que a inveja foi mal trabalhada, perdeu um pouco o foco.
    *obsessao

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  2. Achei o texto um pouco enrolado, poderia ter sido melhor desenvolvido. No entanto o enredo foi interessante e a referência ao Cazuza foi ótima.

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  3. Gostei da referencia a Cazuza e como a história se desenvolveu no final, talvez a inveja pudesse ter sido um pouco mais trabalhada.

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  4. O ponto positivo foi a referencia a Cazuza, foi um uso inteligente. De resto achei meio lento.

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