isso não
é uma crônica de amor.
durante o
percurso eu recitava Matilde Campilho como se fosse minha salvação desse mundo.
e talvez
fosse:
"Era capaz de
atravessar a cidade em bicicleta só para te ver dançar.
E isso diz muito sobre a minha caixa
torácica."
nove da manhã
de um domingo.
a barca
caindo aos pedaços.
a barca.
eu queria
ficar uma tarde toda em um barco com você.
ouvindo
músicas que traziam paz porque você me causava
caos,
pânico,
taquicardia.
as batidas
das ondas assim que colidem com os cascos dos navios não são nada perto das
batidas do meu coração ao te ver.
que clichê.
a cena
favorita de metade das pessoas é o pôr do sol.
concordo com
elas.
adorei ver o
pôr do sol refletido nos seus olhos, enquanto passávamos por baixo da ponte,
talvez a coisa mais linda que eu tenha vivenciado.
eu me sinto
triste na ponte quando chega a noite. deve existir alguém que se sente
confortável com as luzes ao longe. eu me sinto vazia. é segredo.
isso é
problemático pra um caralho, mas eu me senti dessa mesma forma da última vez
que estive com você.
entramos na
água da baía de guanabara lá em paquetá.
passei 4 dias
tentando tirar aquela água de mim.
tentando te
tirar de mim.
e a
propósito:
não consegui.
toda vez que
eu ando de barca, passo pela ponte ou sento nesse gramado olhando a baía eu
lembro de ti. tudo aqui me remete a você.
é chegada a
hora.
niterói não é
pra mim,
e você também
não.
ben.
Tenho tantas partes favoritas dessa crônica que se eu fosse expor todas aqui eu acabaria copiando e colando praticamente o texto inteiro. Tem tanta coisa que você não escreveu mas que tá presente aqui e de forma tão forte... "niterói não é pra mim,/ e você também não." isso acabou comigo. Parabéns, Ben! Mais uma vez me apaixonei por um texto seu :)
ResponderExcluirSempre romântica e marcante, Ben... Parabéns por esse texto apaixonante!
ResponderExcluirÉ tão romântico e profundo, é difícil achar palavras pra descrever... Excelente, apenas Excelente!
ResponderExcluirBen,você é bizarro! Você é um romântico moderno
ResponderExcluirA forma desconstruída e a escolha perfeita das palavras chamam atenção no seu texto. Incrível, Ben!
ResponderExcluirAcho muito incrível como você consegue descrever coisas que muitos de nós sente quando estamos com quem a gente gosta... Ou o que sentimos quando queremos esquecer.
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