Quando criança, em uma das minhas apresentações de balé, dancei uma música que
me marcou profundamente. Lembro até hoje da primeira vez que a escutei, em um dos
ensaios. A melodia era calma, tranquila, e a voz do cantor me impactou de forma instantânea.
Senti algo que até então era desconhecido para mim.
Foi só depois de muitos anos que novamente tive contato com esse artista, e acabei
conhecendo quem ele realmente era. Diferente da música que tinha ouvido, descobri uma
pessoa explosiva. Oito ou oitenta. Um rebelde, perdido sem pai nem mãe, inconformado com
o mundo que o cercava. Ele cantava para as pessoas fracas, denunciava a hipocrisia existente
no país.
Se pudesse representá-lo por uma cor, com certeza seria o vermelho. Não apenas pela
sua intensidade, mas porque ele cantou o amor. Tudo em nome do amor. Amor tranquilo,
amor para se distrair, amor inventado. Amor de mãe... Até porque, só elas são felizes.
Mas me considero feliz também. Feliz por ter sido apresentada a esse poeta. Por ter
escutado boas novas em suas canções. Por admirar alguém tão complexo, tão enérgico, que
passou como um raio neste mundo. E gosto de pensar que, até hoje, cada vez que escuto uma
de suas músicas, me torno parte de seu show.
-Noite da grande paz de seus olhos
Belo texto, Noite! Acredito que a pessoa que você está falando é o Cazuza.
ResponderExcluirAdorei seu texto noite, também acho que seja o Cazuza.
ResponderExcluirCom certeza a persona descrita era alguém muito Exagerado.
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