Às vezes queria ser como as gaivotas, voar acima das águas sem se preocupar com nada além do essencial. Ou como os aviões, que alcançam alturas estratosféricas em segundos, raramente ameaçando queda. Serei sincero, ultimamente não tenho me sentido bem. Apesar de estar cursando a graduação que sempre sonhei em uma universidade de prestígio, estou me sentindo solitário. O ambiente universitário é frio e mesmo quando estou inserido em uma roda de conversa fico deslocado. Dias nublados como este têm sido comuns, às vezes o sol ameaça aparecer, mas no fim o que permanece são as nuvens cinzentas.
Não tenho a mesma empolgação de quando o semestre havia iniciado, a rotina transformou a minha montanha-russa em um engarrafamento na Ponte Rio-Niterói. Os são como a brisa, em um dia ela me refresca, me traz alívio, no outro é desconfortável, hostil e tudo piora quando ela vira uma ventania forte o suficiente para agitar o mar, quando isso ocorre me sinto como se fosse uma canoa balançando, prestes a afundar em meio as furiosas ondas da Baía de Guanabara.
Talvez tudo que eu preciso é um norte, um lugar ao sol, um farol que sinalize que os ventos fortes são passageiros e em breve poderei navegar rumo ao horizonte, tão lindo quanto a vista para o Rio de Janeiro. Assim, creio que meu sorriso será tão radiante quanto a Cidade de Niterói. Mas até lá, vou ficar na orla do Gragoatá, refletindo sobre gaivotas e aviões.
James Clarkemann, não sei se você já encontrou alguém que goste da companhia, mas, caso queira, gostaria de saber quem é você quando essa atividade com as crônicas acabar.
ResponderExcluirGostei da relação que fez com as gaivotas e os aviões. A última frase do primeiro parágrafo me chamou atenção. Está bem construída e se relacionou muito bem com os sentimentos que você escreveu antes. Bom texto!
Obrigado, também gostaria de te conhecer após as atividades da disciplina.
ExcluirGostei de como o autor descreveu sua passagem pela ponte Rio - Niterói e expos sua "aflição".
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