Ah, meus amigos, por onde começar. Há tanta coisa nessa vista, barcos, passarinhos, o
sol, e tantas outras que a gente consegue perceber. Que orla de tirar o fôlego. É meus
companheiros, somos privilegiados.
Porém, quero falar de um ponto central dessa beleza: a Baía de Guanabara. Ela não é
apenas um meio que as barcas utilizam para locomover as pessoas para os centros das
cidades (Rio e Niterói). O reflexo do sol ao bater nesse mar chega aos nossos olhos
como um feixe de luz, incomodando a nossa visão, mas mesmo assim, é um fenômeno
admirável. E o que dizer das ondas do mar, elas soam igualzinho a uma bela música,
talvez parecida com a canção All Star de Nando Reis. Uma verdadeira terapia aos meus
ouvidos.
Nesse meio de belezas naturais essa Baía tem algo que todos sabemos: a poluição.
Como pode essa orla ser o point para tirarmos fotos lindas ser um dos principais males
para as vidas marinhas. Um local de terapia aos seres humanos, um ponto maléfico para
os animais marinhos. É difícil imaginar que existe animais aquáticos nesse mar tão
imundo, mas existe. Vira e mexe nos deparamos com alguns pescadores pescando nessa
orla, buscando peixes para conseguirem sobreviver. Nessa orla esculpida por Deus
percebemos uma camada que separa o belo do “não belo”.
Se essa Baía de Guanabara estivesse cuidada poderíamos nadar nesse mar, escuta isso
gente, nadar. A gente, estudantes universitários, teríamos a oportunidade de relaxar
dando um “tibum” após o fim das aulas, isso seria incrível, principalmente nos dias de
calor. Mas não, a praia do Gragoatá há anos é impropria para esse tipo de atividade. Mas
enquanto essa situação não muda, aproveitaremos essa orla se expondo ao sol (mais
melanina para nós), escutaremos a orquestra do vento e das folhas das árvores que,
quando se cruzam, provocam uma bela harmonia. E claro, as ondas desse mar poluído
que, por ironia, esse barulho suave e o cheiro de água salgada são as melhores coisas
dessa orla magnífica com água poluída.
— Pérolas do Cleber Machado (vulgo, o Machadão)
Machadão, gostei bastante do ponto que você abordou na crônica. A poluição na Baía de Guanabara é um problema faz décadas e raramente paramos para pensar sobre ele, principalmente quando a poluição contrasta com as paisagens no horizonte.
ResponderExcluirÉ meu amigo, é meio paradoxal pensarmos que temos esse contraste perto de nós.
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