Todo dia é dia de Diadorim

Corre para pegar o metrô. Corre para entrar no elevador. Corre para ler o conteúdo dos seminários. Corre para ser a vanguarda. Correr para um dia poder voar. Acredita em vidas passadas, caro leitor? Acredita que algumas vidas não estão aqui há pouco?  

Existem almas jovens, maduras, experientes e transcendentais. Existe um tipo de unidade cósmica que apesar de ser imaterial, constrói caminhos ao longo do tempo. Um tipo de gente que a alma é dita milenar.  

Transposto. Transumanado. Transexual? Quem é Diadorim? O que é gênero perto de algo maior que a carne? Não importa ele, ela, elu, eli. Sinto-me muito Riobaldo, como se houvesse um mistério em torno de sua identidade. Para além da identidade. Para a mágica no existir. 

Chegar lá. Onde quer que lá seja, signifique. 

Verdadeiramente, nunca deveria importar. Somos alma, somos além do corpo, somos ancestralidade. Somos intrinsecamente imateriais. 

Diadorim é guerreiro e hábil. É composto de muitas habilidades em outros fazeres, o que nos encaminha para o pensamento de que este é um tipo de alma que está acumulando saberes de vidas passadas. Por isso tão absoluta. Absoluto.  

Todo dia é dia de ser admirado e respeitado pelos jagunços. Diadorim corre na frente para isso. Mesmo que aparentemente sem querer. Ele quer. Ele sabe que quer. Ele vai. Ele sabe que vai. E como vai. Bem demais, corre o belo rapaz.  

 

Ainda que a Riobaldo acreditasse, 

Diadorim retinha-se no hábito de tecer (tecer, o quê?) 

Muito bem que algo sempre lhe bastasse 

Ainda menos do que ele descobriria que um dia haveria de ser 

 

Os fios. Dos oráculos. Dos alfaiates. Dos tecedores do tempo. Dos mundos. 

Dalgumas dimensões. Daquelas interestelares. Ou apenas desta. 

 

Disseram que Diadorim é um ponto fora da curva, amigo. Gostaria de educadamente corrigir.  

Diadorim não é ponto. Diadorim não está fora. A visão não está turva. 

Diadorim é a própria curva. 

O movimento. O que dá forma. O que guia ou é permitidamente guiado. 

Diadorim é alguém a ser invejado. 

Da cabeça ao pé! 

Abram asas para quem corre atrás do que quer. Abram asas.  

Abram as suas asas.  

Enquanto isso, abram alas, para o Diadorim da Fé!  

 

A Fênix