Após
mais uma aula chata, me sentei na frente do novo IACS. Não é como se fosse
minha primeira vez, mas agora havia um propósito. Um propósito bem chato na
realidade. Acho que estou de saco cheio de Niterói e tudo que me faz lembrar
dessa cidade. Me deitei na grama e olho para o céu e não vejo nuvens. Nunca
vejo nuvens em Niterói. Tudo é péssimo e o calor e o sol me estressam mais
ainda. Assim que me levantei estressada e sem paciência, querendo ir embora, vi
ele.
Foram os segundos mais lentos da minha vida. Cada batimento cardíaco durou eternidades e a minha respiração sumiu. Tudo que eu queria estava ali na minha frente, bastava eu ir até ele e puxar um assunto, independente de qual fosse. Eu queria, pelo menos, ouvir sua voz. Enxergar melhor seu rosto, de mais perto. Mas eu não consegui. Fiquei parada observando-o, como se fosse uma paisagem, uma das maravilhas do mundo. E ele foi embora. Assim que notei, tudo tinha ido por água abaixo. Parecia que mais uma vez eu ia ficar na esperança de conhecer alguém novo para amar. Tudo por conta da minha timidez e falta de confiança. Peguei um galho de árvore e comecei a me bater.
Logo
em seguida, acordei. Minhas costas estavam cheias de grama, as formigas
devoraram meu braço por inteiro e, coincidentemente, havia caído um galho na
minha cabeça. Tudo havia sido um sonho. Levantei confusa, sem entender o que
tinha vivenciado, se tudo que sonhei tinha sido mesmo um sonho. Olhei para o
meu celular e percebi que perdi meu horário. Mas que bela merda. Niterói
realmente é o purgatório terráqueo.
- Flash Casanova
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEncarei seu texto com um desabafo. Acho interessante escrever sobre outro sentimentos, assim como você fez.
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