Hoje, através da permissão desse meu amigo íntimo, contarei um pouco da trajetória
dele. Esse cara foi um menino-prodígio, enquanto brincava de algo que, pouco tempo
depois, viraria a sua profissão, ele foi convidado para ser um dos integrantes de um
pequeño núcleo de comunicação no interior paulista. Isso aconteceu quanto ele tinha
somente 15 anos.
O tempo passou e o jovem prodígio se formou no curso dos seus sonhos, mas agora com
uma credencial, possuindo o diploma da área. Todavia, a primeira faculdade dele não foi
a tradicional universidade, mas sim as suas experiências anteriores antes de ingressar na
facul. Ele passou por algumas rádios no interior de São Paulo e algum tempo após se
formar, o cara estava em uma das principais emissoras de rádio do país. Tenho uma boa
recordação sua, meu bom, antes de você ir para essa gigante radiofônica eu tive a honra
de ter a sua participação em um programa na Rádio Gazeta, o Sábado Esporte era
apresentado por mim e você estava nos comentários. Naquela época eu tinha até barba.
Ah, bons tempos.
Meu amigo, não quero falar apenas da sua vida profissional. Quando o Felipe nasceu,
meu querido afilhado, lembro que esse foi um dos momentos mais felizes da sua vida.
Pouco tempo depois a minha filha Elisa nasceu, e eu te convidei para ser padrinho dela.
Nossos filhos são super amigos, praticamente irmãos, nossas esposas andam coladas
uma na outra. Já você, meu amigo, foi um irmão que a vida me deu. Esse tipo de relação
eu preservo muito, ainda mais quando ela sai da subjetividade e transcende. Que bom
que nós nossos filhos não seguiram a mesma profissão que a nossa, imagina a pressão
que eles sofreriam! Tenho muito orgulho da minha filha que se formou em direito e do
meu afilhado que é um belo engenheiro civil. Sei que nossas vidas são corridas, mas
sempre quando dá sentamos para apreciarmos um bom vinho e escutar algumas músicas
velhas, temos praticamente a mesma idade né, somos dois tiozões.
Voltando a falar um pouco mais da sua carreira, você entrou na empresa em 1998, eu já
tinha quase 10 anos de casa, já tinha sido narrador de duas Copas do Mundo. Era
questão de tempo para conseguir o posto que eu tanto sonhei. Porém, um certo moleque
entrometido “roubou” essa posição de mim. Fiquei 35 anos naquela empresa e ele
completou 25 anos de casa no início deste ano. Enfim, coisas da vida né. Mas saiba que
eu tenho muito carinho por você amigo, se hoje você é o principal daquela empresa
saiba que isso é fruto do seu impecável trabalho. Você tem mais de 650 mil pessoas te
seguindo no Instagram e eu cheguei recentemente na marca de 500 mil seguidores na
semana passada. Em pouco tempo eu vou “roubar” esse posto de você! Rsrs. Sim, há
vida fora daquele conglomerado, a pesar de eu ser extremamente grato pela trajetória
que ela me permitiu construir lá.
Se o ano passado foi mágico para mim, há cinco anos tu viveu o seu apogeu. Naquela
época houve de tudo, emoção ao transmitir os eventos, piadas, e, devido a uma gafe
genuína, você chamou o jogador inglês Trippier de Stripper. E aí meu bom, a internet
não perdoa. Para aquele ano ser ainda mais inesquecível pata ti só faltou algum estádio
tocar uma música do Cudplay.
A pesar dessa magia, um ano após você viveu um drama pessoal. Um grande amigo
nosso, é mestre da televisão brasileira, foi impedido de narrar a final da Libertadores de
2019, mais especificamente, ele sofreu um infarto. Foi uma loucura viajar para Lima em
cima da hora, os aeroportos estavam lotados por conta dessa partida, mas tudo deu certo
e você conseguiu chegar a tempo no seu destino. Ao desembarcar em território peruano,
uma das primeiras coisas que tu fez foi ir visitar o nosso querido amigo.
Chegando ao hospital, o nosso mestre estava dormindo e você preferiu não acordá-lo. A
sua atitude foi ficar ali ao lado dele e isso te tranquilizou para cobrir a partida para todo
o Brasil. A pesar de ter vivido altos e baixos, incluindo um pico de pressão alta, você foi
o cara da emoção para milhares de flamenguista. Tua narração foi genial, perfeita,
chegou ao patamar que o nosso mestre é. Infelizmente ele sofreu uma “contusão de
última hora” antes do jogo começar.
É meus amigos, esse mano tem muita bagagem e contribuiu bastante para o esporte
brasileiro, principalmente, narrando jogos dos times cariocas. É seus negros
maravilhosos, já passou da hora. Com fé no pé! Guuoooooolll! Sabe de quem?
— Pérolas do Cleber Machado (vulgo Machadão).
Grandíssimo narrador, Luis Roberto. Sensacional kkkkkkk, me surpreendeu
ResponderExcluirQue bom que vc gostou meu querido
ExcluirCUDPLAY
ResponderExcluirGrande banda
ExcluirLuis Roberto kkkkkkkkkk, muito bom seu texto!!
ResponderExcluirQue bom que você gostou Joelma
ExcluirEU QUERO GRITAR GUUUUUUUUUOOOOOOOL!!!!! Gostei bastante da forma como você fez o perfil deste narrador MARAVILHOSO, como se fosse o próprio Cléber Machado escrevendo sobre o seu amigo.
ResponderExcluirUma referência dessa merecia ter uma proximidade com a pessoa que está lendo a crônica. Me dá muita alegria que você e outros colegas de turma tenham gostado desse tipo de abordagem
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