Criação divina é essa paisagem a qual tenho privilégio de ver quase todos os dias. Sempre quando caminho em direção ao novo Iacs e me deparo com essa vista, observo atentamente tentando absorver todos os detalhes nela contida. Costumo dizer que ao horário do entardecer parece uma pintura, pintada com as mais belas cores, em perfeita harmonia, é o meu horário preferido de observar a natureza.
Enquanto olho, penso também na composição monumental. O Cristo Redentor que está sempre de braços abertos para nós, sempre quando olho lembro de um dia que me marcou muito, o dia da prova do Pedro II, realizei essa em Humaitá, aos pés do Cristo, quando olhei pra cima me deparo com ele de pertinho, me deu um ar de esperança, nunca esquecerei do sentimento, e, olhar para ele a beira da Baía me dá a mesma sensação. Logo quando acompanho os olhos para o lado observo o Pão de Açúcar, outro monumento que me marcou, passeios para lá acompanhada com os meus amigos do colégio, um passeio muito especial com a minha família depois que minha mãe descobriu um câncer e estava em tratamento, tantas lembranças. A fisionomia do outro lado da ponte me encanta, e não posso esquecer de observar a ponte e lembrar do frio na barriga toda vez que atravesso ela.
São tantas vertentes, tantas vivências, tantos detalhes que não são possíveis por em palavras. Nem se eu tivesse uma lupa conseguiria ver todos os detalhes dessa paisagem. Como eu disse no começo, criação divina, para mim não existe outra explicação para tamanha perfeição, digna de quadros, pinturas, retratos e ainda assim não seriam capazes de transmitir a sensação que é observar a maravilhosidade que é esse lugar.
-Silvio Santos
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