Boa noite a todos! Hoje vou contar-lhes um pouco da minha história. Meu nome é Léo Valdez. Eu era um simples estudante de Universidade. Típico nerd, tímido e apaixonado por uma menina chamada Mônica. Até que um dia tudo mudou. Estava voltando para casa até que avistei uma caixa muito estranha no chão. Parecia a caixa de Pandora. Como bom curioso, resolvi abrir. Foi então que dela saiu uma aranha, pulando diretamente no meu pescoço e me picando. Comecei a me sentir estranho, mas segui meu trajeto. Chegando a casa, nem cumprimentei meu tio Severo P. e minha tia Maria Antonieta. Subi as escadas, fui para o quarto e apaguei na cama.
Depois de algumas horas de sono, acordei ainda um pouco atordoado, mas a fome era tão grande que a dor ficou em segundo plano. Meio irritado, gritei pedindo para que minha tia ligasse para a barraca do Régis Júnior e solicitasse a entrega de um Cachorro Quente para mim. Ela não gostou nem um pouco do meu Tom e, consequentemente, não acatou o meu pedido. Resolvi, então, eu mesmo fazê-lo. Fui escovar os dentes, mas algo estranho aconteceu: Comecei a soltar teias pelo pulso. Achei incrível minha nova habilidade.
Após uma semana controlando melhor os meus poderes, resolvi aproveitar e entrar num campeonato de luta que estava tendo na região para tentar arrumar uma grana pra ajudar nas altas despesas da casa. Meu tio me levou até o local onde aconteceriam os combates e me disse uma frase na qual eu jamais esqueceria: Ganhe essa parada! Na hora do evento, sortearam-se quais duplas iriam se enfrentar: Spencer Reid x Melissa C., VascoPaulo14 x Stella Fati, Amelie Poulain x Lucy in The Sky e, por fim, eu(Léo Valdez) x Lia Mendes. Eram confrontos entre ambos os sexos mesmo. O juiz Dante Lemos fez sinal e autorizou o inicio da primeira luta. As ring girls Helena Machado e Helena Seixas iam desfilando pelo tablado, round após round.
Ao final de todas as lutas, fui o grande campeão. Posteriormente à conquista, pediram para que eu me dirigisse para a sala do organizador da competição. Chegando lá, deparei-me com um velho de bigode e com um humor nada bom. Aquele quadro de Frida Kahlo com a cara fechada atrás dele deixava o ambiente ainda mais tenso. O senhor, cujo nome era Chris, começou falando que eu lembrava muito um rapaz que havia passado pelo local há algumas semanas, chamado Peter Parker. Em seguida, disse que me pagaria apenas metade do combinado. Tentei questionar aquela atitude e ele disse que não era problema dele. Naquele momento, entendi porque todo mundo odeia o Chris. Por ironia do destino ou não, um assaltante (conhecido na região como Maleficent000) invadiu o prédio e roubou o dono do lugar. Malandramente, ajudei o tal bandido a fugir para que aquele velho muquirana saísse prejudicado.
Para o meu azar, o meliante acabou se desentendendo com meu tio na saída, assassinando-o a sangue frio. Uma mistura de culpa, tristeza e ódio me consumia. Saí andando desolado pelas ruas debaixo de uma forte chuva. Aquele saxofone tocado na calçada por Simone me deixava ainda pior. Continuando minha caminhada, avistei minha amada Mônica, fã assumida do Legião Urbana, se despedindo de suas amigas da faculdade Cora e Valentina e seguindo sozinha para um beco deserto. Percebi que um grupo de homens a olhou estranhamente e começou a persegui-la. Tive que tomar alguma atitude. Coloquei meu conhecido traje de aranha e ataquei aqueles caras. Como recompensa, ganhei um beijo dela na chuva no meio do beco. O restante da história todos já sabem né. O Duende Verde que me aguardasse...
Júnior West
Que criatividade é essa??? Ri muito com seu texto e amei sua ideia! Além de você, definitivamente, evitar os definidores primários e sair da superficialidade, você traz um aspecto linguístico interessante de utilizar os outros pseudônimos para contar sua história - que remete à do Homem Aranha. Talvez você se sinta com um pedacinho de cada um de nós e esses pedaços compõem a sua vida.
ResponderExcluirGostei da sua criatividade e da forma que conseguiu contar sua história, leve e dinâmica. Acredito que você rompe com um lead, tem uma visão ampla da realidade, ultrapassa os acontecimentos cotidianos e potencializa os recursos do jornalismo. Adorei que você conseguiu colocar um pouquinho de cada um de nós no seu trabalho! Parabéns <3
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