segunda-feira, 4 de julho de 2016

O que eu quero

 

Não quero mais ser uma distração. Não quero ser um adeus e nem uma conversa no bar da esquina. Não quero ser tempo perdido. Quero me reencontrar. Quero sair por aí, fazer uma viagem demorada e mandar cartões postais. Quero me apaixonar por sorrisos, lugares e sensações. Quero pintar o cabelo e fazer uma tatuagem. Quero ir ao show da minha banda favorita. Quero levar uma foto sua e receber uma mensagem do seu número dizendo que sente minha falta. Quero que vá me encontrar aonde quer que eu esteja. Quero que fique, que me deixe ficar. Quero sentir amor na minha pele e no meu corpo inteiro. Quero que seja meu passado e meu futuro. Quero que não desista e que não me deixe desistir. Quero que me dê motivos para ficar. Quero que compremos um motorhome para continuar essa viagem pelo mundo. Quero fazer outra tatuagem na beira da estrada com você. Quero que procuremos pelo pôr do sol em um dia nublado. Quero que me encontre para que eu me reencontre. Quero me apaixonar pelos seus sorridos, pelos nossos lugares e pela sensação de viajar. Quero explorar cada pedacinho desse mundo com olhares curiosos e encantados. Quero ver o que de mais bonito a vida tem para me dar. Quero um sorriso em cada esquina e uma poesia recitada na mesa de bar. Quero ser tempo esperado, minutos contados no relógio e um beijo no final do dia.  Quero chegadas, não despedidas. Quero amor, não distâncias. 

Stella Fati

2 comentários:

  1. Que lindo! Você parece recalcar em seu inconsciente um amor perdido, distante... Além disso, seu texto é profundo, perene, apresenta visão ampla da realidade e mostra seu lado subjetivo, suas angústias, seus desejos. Eu gostei :)

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  2. Simples, bonito e verdadeiro. Também quero essas coisas Stella Fati hahaha. Seu texto é profundo, perene, com uma visão ampla da realidade, assim como Lia Mendes disse. Concordo igualmente com o aspecto subjetivo e sentimental do texto, que deixou a leitura mais agradável.

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