Hoje eu resolvi falar.
Ainda dói bastante tocar no assunto, mas hoje eu resolvi falar dela.
E vou começar pelos seus olhos: Ah, aqueles olhos...
...aqueles olhos azuis tão serenos que passavam felicidade e calma ao te olhar.
Calma. Ela foi sem dúvidas a mulher mais calma que conheci.
Respirava fundo, suspirava, dava um sorriso de canto de boca e partia,
tranquilamente,
para a solução dos problemas.
E não eram poucos problemas.
Mas ela não fugia responsabilidade e ia com coragem...
...eu queria ter a coragem dela.
Na verdade, eu queria ter muitas das qualidades dela.
Quem era eu perto dela?
Ela era bonita, corajosa, inteligente,
Trabalhadora, simpática, engraçada e carinhosa
E eu era aquele menino que me limitava a admirá-la.
Mas ainda que me custe admitir,
ela tinha seus defeitos também.
Geniosa e exigente,
perfeccionista e muito insistente.
Essa é a mulher da minha vida.
Era a mulher da minha vida.
Foi a mulher da minha vida.
Sempre vai ser a mulher da minha vida.
Mas acabou.
Ela foi se desgastando
E eu, pobre menino, não podia fazer nada
ao ver o meu amor partindo.
Foi difícil
ver o meu amor assim tão mal.
Tanta vida ali
deitada numa cama de hospital.
Já faz 7 anos que ela se foi,
mas o meu amor só aumentou.
Mas anota só:
Eu estou morrendo de saudade e ainda vou te encontrar, vovó.
Spencer Reid
Hahahaha que surpresa no final... adorei! A gente lê e pensa num amor antigo seu, numa namorada. Você utiliza essa mudança de perspectiva no final e essa é a graça do seu texto. Além de evitar os definidores primários, rompe o lead e é perene.
ResponderExcluirConcordo com Lia que no final há uma quebra de expectativa, mas que não deixa o texto menos emocionante ou triste :( Ele é profundo, perene e rompe com o lead. Parabéns! Achei lindo
ResponderExcluirOlá amigo(a) Spencer!
ResponderExcluirEu não tenho o que falar do seu texto, estou arrepiada. O incrível é que ao ler "ainda vou te encontrar, vovó" parei para refletir e me deu uma saudade da minha vozinha... ela também tinha essas características, todas mesmo. Mas enfim, seu texto é perene, rompe as amarras do lead e é MUITO profundo. Parabéns pelo excelente trabalho!
Beijos perfumados de sua querida Maria Antonieta.