segunda-feira, 18 de julho de 2016

Caro amigo Régis Júnior,

A cada crônica que lia de sua autoria, vinha na minha mente a imagem de algum colega da classe, na verdade, até mesmo do professor Felipe, o que ainda não descartei. E para minha surpresa, eu não fui o único que pensei nessa possibilidade, por isso, parabéns pelos seus textos, são bem “profissa”. 

Você já me prendeu pelo seu primeiro texto, quando além de fazer uma crítica ao que a instituição casamento virou, que talvez concordemos, é uma instituição falida, você trouxe uma das músicas que mais me marcou nos últimos anos. Lembro-me de escutar os seis ou sete minutos de “Diário de um Detento” dos Racionais Mcs enquanto ia para o colégio e confesso que apenas quando já tinha escutado a música umas dez ou onze vezes que decidi parar para entender o que eles estavam querendo dizer, foi aí que eu passei a dar o maior valor para os caras. “Servindo o Estado, um Pm bom. Passa fome, metido a Charles Bronson”. Uau.

Agora, no terceiro texto você me surpreendeu um pouco ao contar a história de Rafael, o homofóbio que descobriu que é possível ter prazer anal, como diria nossa querida Sandy. Aí seus textos seguintes, tanto sobre golpe, direita x esquerda e até mesmo o tema livre seguiram certo padrão que me faz pensar e quem sabe descrever algo sobre você. 

Descrever uma pessoa apenas lendo seus textos nem sempre é uma tarefa fácil. Eu estava ouvindo colegas falando em dizer até sobre a cor do cabelo do autor. Desculpa, mas não passei no concurso para Mãe Diná.

Você é uma pessoa que se interessa bastante por política (quando a mascara do pseudônimo cair, vamos conversar) e tem uma visão bem crítica sobre a sociedade, o que fica evidente em absolutamente todos os seus textos, exerce cidadania.

Acho que você é uma pessoa tímida, pois seus textos não demonstram grandes mergulhos no seu intimo. Dificultou pra caramba meu trabalho.

Cara, falar a verdade, depois de todo o trabalho que tive para tentar descobrir algo sobre você, vou ficar muito decepcionado se você não for quem eu penso que você é. Tentei escrever de uma forma que se eu não soubesse que era eu, eu saberia quem seria, facilita a vida do colega, poxa.

Um abraço do companheiro Tom

 

Um comentário:

  1. Tom, seu texto sobre Régis é interessante e além de mencionar autorias dele, você acrescentou elementos da atualidade, deixando o texto mais dinâmico. Como nos outros textos, a honra de Régis é sua consciência política e sua excelência, claro, a escrita. Seu texto tem uma visão ampla da realidade e rompe com o lead

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