A lei e o aborto
Uma das principais questões políticas e sociais recentes é o Aborto. Todo ano a sociedade e os políticos debatem fervorosamente sobre esse assunto. Uns são "pró-vida" outros são a favor do aborto, mas nesse cabo de guerra nenhum lado quer ceder. Diante desse tema, fica o questionamento: As mulheres, que deram à luz a mim e a você que está lendo esse texto, merecem ou não ter o direito de escolher se querem ter filhos?
Muitas vezes essas mães não tem condições de criar uma criança, algumas vezes infelizmente as gestações surgem de abusos sexuais. Mas será mesmo que é necessário essas adversidades acontecerem para as mulheres poderem abortar? Às vezes a mulher só não acha que está preparada, que é o momento da vida perfeito para dar a luz a uma outra vida, mas infelizmente as leis brasileiras ainda são muito conservadoras, principalmente em relação a esses temas.
É justamente isso que levou Lima Barreto a escrever "A lei", a crônica conta a história de uma mulher separada que acaba engravidando acidentalmente e não quer ter o filho, por isso pede à sua amiga para realizar o aborto. A amiga acaba falhando e a intervenção é descoberta pela polícia, que prende a humilde amiga e põe ela na prisão. Assustada com todo esse acontecimento e com as leis que não conhecia, a amiga acaba se matando.
Ao contar essa história, Lima Barreto faz o questionamento: Será que é justa a lei que sacrifica duas vidas para manter saudável uma "vida"? A crônica me fez refletir muito sobre esses assuntos, afinal, estamos à mercê de uma sociedade conservadora e que consequentemente elege políticos conservadores e Lima Barreto com essa crônica só comprova isso, já que desde 1915 (ano em que a crônica foi publicada) a lei continua tendo esse teor retrógrado. E ao meu ver, vai demorar muito para que essas leis sejam repensadas, mesmo que inúmeros países já repensem sobre esses assuntos.
Por Freddie Mercury
Que texto necessário. Esse debate é muitooo importante e relevante hoje em dia.
ResponderExcluirFreddie, querido, que texto lindo, obrigada por me fazer refletir. Beijos, Manu.
ResponderExcluirTexto extremamente bem escrito e com uma questão muito relevante. Esse debate é essencial e a crônica ainda é extremamente atual nos dias de hoje.
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