O mal dito, o maldito. O jogo de palavras é interessante e o conteúdo provocante, a autora faz uso de metáforas que nos levam a diversas direções e reflexões.
"Não posso dizer que desejo um estranho sobre mim, à revelia de meus quereres, segurando mãos contra o chão com a força de um animal sedento"
É óbvio o desejo, a necessidade, o mal dito desesperado por ser dito, e bem dito. Bendito toque que saciaria todo desejo. Lendo a poesia, foi inevitável relacionar com Rita, quando cantou que "sexo é imaginação, fantasia" e fez arte falando sobre o mal dito, muito explorado em sua arte... "Amor é prosa, sexo é poesia".
"Através de olhos sufocantes, corpos expostos e movimentos bárbaros"
O ato, a concretização, o momento em que nada precisa ser dito, não com palavras.
"Não posso dizer, por isso não digo"
O desejo permanece reprimido, negligenciado. Não pode ser dito, mal dito ou bem dito. Silenciado, mas nunca findado.
Por Drummond
Querido Drummond, seu texto traz uma análise pertinente do poema de Patrícia mas não se aprofunda muito na sua perspectiva, na sua visão pessoal do que foi capturado. Fica o gosto amargo do querer mais, e até de querer dizer mais, mas não direi, assim como você e Patrícia não disseram.
ResponderExcluirQuerido Drummond, você fez uma análise certeira do poema da Patrícia. Mas, assim como o Ford mencionou, também senti falta da sua perspectiva sobre o poema. Faltou um toque de subjetividade. Faltou o não dito por você.
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