sexta-feira, 17 de junho de 2022

 O mal dito, o maldito. O jogo de palavras é interessante e o conteúdo provocante, a autora faz uso de metáforas que nos levam a diversas direções e reflexões. 

"Não posso dizer que desejo um estranho sobre mim, à revelia de meus quereres, segurando mãos contra o chão com a força de um animal sedento" 
É óbvio o desejo, a necessidade, o mal dito desesperado por ser dito, e bem dito. Bendito toque que saciaria todo desejo. Lendo a poesia, foi inevitável relacionar com Rita, quando cantou que "sexo é imaginação, fantasia" e fez arte falando sobre o mal dito, muito explorado em sua arte... "Amor é prosa, sexo é poesia".

"Através de olhos sufocantes, corpos expostos e movimentos bárbaros" 
O ato, a concretização, o momento em que nada precisa ser dito, não com palavras. 

"Não posso dizer, por isso não digo"
O desejo permanece reprimido, negligenciado. Não pode ser dito, mal dito ou bem dito. Silenciado, mas nunca findado. 
Por Drummond

2 comentários:

  1. Querido Drummond, seu texto traz uma análise pertinente do poema de Patrícia mas não se aprofunda muito na sua perspectiva, na sua visão pessoal do que foi capturado. Fica o gosto amargo do querer mais, e até de querer dizer mais, mas não direi, assim como você e Patrícia não disseram.

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  2. Querido Drummond, você fez uma análise certeira do poema da Patrícia. Mas, assim como o Ford mencionou, também senti falta da sua perspectiva sobre o poema. Faltou um toque de subjetividade. Faltou o não dito por você.

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