Para o amor que eu nunca tive
Escrevo essa para o amor que me foi tirado, uma ausência física e afetiva. Lembro de todas as nossas conversas, algumas delas com um sentimento de questionamento se você estaria de volta para me proteger ou estaria presente no meu futuro. Queria que o Pedro Bial do passado conseguisse falar o quanto sua ausência reflete hoje nas minhas inseguranças e como interfere no meu desenvolvimento emocional com outras pessoas.
Gosto de pensar que quem perdeu foi você, não me carregou no colo, não me levou na escola, não andou de mãos dadas comigo, não chegou em casa e me viu dormindo e muito menos me ensinou a gostar de futebol (jamais torceria para o Botafogo). O que me deixa mais indignado é saber que foi por livre escolha, talvez medo de falhar e me decepcionar (prefiro imaginar isso), já fazem três anos sem falar com você e sempre me encontro ansioso aos finais de semana esperando sua ligação. Termino essa carta do mesmo jeito que encerro todos os meus dias, sem um abraço seu, pai.
Um abraço do seu filho, que poderia ser seu melhor parceiro de futebol.
Por Pedro Bial da depressão
Parabéns pelo texto, Bial! Apesar de ser uma epístola curta quando comparada com as outras, não poderia ser mais completa em relação ao conteúdo e sentido. Algumas frases poderiam ser mais bem trabalhadas para facilitar a leitura e compreensão do texto pelos leitores em geral, mesmo que nada precisasse ser acrescentado para o entendimento do destinatário, mas o seu texto ficou realmente muito bom.
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