sexta-feira, 3 de junho de 2022

 Crônica escolhida da época A Belle Époque (1897 a 1922): “15 de novembro” de Lima Barreto. 


No texto “15 de novembro”, escrito no aniversário da república, Barreto traz questionamentos que se mantém pertinentes nos dias atuais, principalmente no atual ano eleitoral. Quando li seu relato sobre os políticos que declararam palavras de compaixão com o estado de miséria da população do antigo Império Austríaco, mas se mantiveram silenciados sobre as questões do aspecto da favela do Salgueiro, tive certeza da minha escolha de texto. Como uma crônica tão antiga pode retratar tão bem a política atual do Brasil? 


Na nossa realidade atual, podemos fazer os mesmo questionamentos de Lima Barreto sobre como é e o que realmente deveria ser uma república. Isso porque, uma nação que tem como presidente um homem que não governa com igualdade ou respeito por todos, não deveria ser considerada uma república. Um homem que prefere olhar para as mazelas no exterior, como fez o político da crônica, mas que não reconhece e nem busca soluções para a pobreza vivida por seu próprio povo não deveria ser considero um líder político. Citando o autor, um governo onde “Não se discutia uma questão econômica ou política; mas um título do Código Penal” definitivamente não é um bom governo. Respondendo o questionamento de Barreto, definitivamente não é possível que, para a escolha do chefe de uma nação, o mais importante pra objeto de discussão seja esse. Para escolher seu próximo governante, sua escolha tem que ser em quem se disponha a olhar para a sociedade de forma igualitária, sem distinção de classes, alguém que saiba dar o valor para educação e que possa dar voz para aqueles que não a possuem. Para escolher seu próximo governante, ele definitivamente não. 


Viva Lima Barreto e seus questionamentos tão pertinentes na nossa atualidade. 


E por fim, FORA BOLSONARO! 

Por Aria Masiul

Um comentário:

  1. concordo plenamente com você, Aria:" Como uma crônica tão antiga pode retratar tão bem a política atual do Brasil?". Parabéns pelo seu debate.

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