Não sei quanto mais eu consigo levar essa falsa liberdade. Estou preso a esse amor. Sei
que errar é humano, porém persistir no erro é burrice. Sim, eu sei. Eu persisto e erro
demais. Todavia, não era para ser assim. Essa pressão que coloco em mim mesmo, ou
até em nós mesmos. A vida se encerra e com ela esgota o prazo. Mas afinal, podemos
chamar isso de viver? Essa traição que tenho comigo mesmo? Muitos pontos
contraditórios. Quem se alista e vai à guerra se distancia da paz. Nada faz sentido.
Cores, sentimentos, luz e ação: tem-se a vida. Essa concepção não é homogênea. Todos
vivemos nossas falsas realidades. Acordo, ponho os pés no chão e me prendo na
imaginação. Ali eu reformulo tudo que posso. Me liberto daquele amor, não erro e não
persisto. Mesmo assim, com tudo maravilhoso na mente, não tem graça. Ali não tem os
erros, a dor e a melancolia. Não que viver seja só isso. Porém, boa parte disso se faz
presente no dia a dia. Que graça teria a vida se fosse só de felicidade, sorrisos e alegria?
Esses conceitos só existem e fazem sentido pois têm os seus antônimos, que fazem parte
do equilíbrio da vida. Logo, concluo que preciso aprender a viver.
Autoria de Dirceu da Cruz e Sousa
Castidade/ autocontrole/ cafajeste/ sensualismo/ calor.
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