sexta-feira, 7 de outubro de 2022

FALSA REALIDADE



Não sei quanto mais eu consigo levar essa falsa liberdade. Estou preso a esse amor. Sei

que errar é humano, porém persistir no erro é burrice. Sim, eu sei. Eu persisto e erro

demais. Todavia, não era para ser assim. Essa pressão que coloco em mim mesmo, ou

até em nós mesmos. A vida se encerra e com ela esgota o prazo. Mas afinal, podemos

chamar isso de viver? Essa traição que tenho comigo mesmo? Muitos pontos

contraditórios. Quem se alista e vai à guerra se distancia da paz. Nada faz sentido.

Cores, sentimentos, luz e ação: tem-se a vida. Essa concepção não é homogênea. Todos

vivemos nossas falsas realidades. Acordo, ponho os pés no chão e me prendo na

imaginação. Ali eu reformulo tudo que posso. Me liberto daquele amor, não erro e não

persisto. Mesmo assim, com tudo maravilhoso na mente, não tem graça. Ali não tem os

erros, a dor e a melancolia. Não que viver seja só isso. Porém, boa parte disso se faz

presente no dia a dia. Que graça teria a vida se fosse só de felicidade, sorrisos e alegria?

Esses conceitos só existem e fazem sentido pois têm os seus antônimos, que fazem parte

do equilíbrio da vida. Logo, concluo que preciso aprender a viver.


Autoria de Dirceu da Cruz e Sousa

Castidade/ autocontrole/ cafajeste/ sensualismo/ calor.

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