Levando em consideração os eventos nacionais recentes, o estereótipo do povo brasileiro amigável, que joga futebol e samba todo dia chega a fazer falta. É preferível ser lembrado pela caipirinha e pelo clima tropical do que por uma polícia que recebe aos risos um ex-deputado que atirou de fuzil e jogou granadas contra a mesma, enquanto mata e tortura negros e pobres inocentes nas favelas. É um ato de coragem e paciência lutar por um Brasil justo contra os próprios brasileiros, mas, como disse Cármen Lúcia, “O Brasil vale a pena”.
Mas a questão é, vale a pena pra quem? Pra quem já desistiu dele faz tempo? Pros heróis nacionais que moram em Paris? É difícil respeitar a democracia quando a oposição é contra ela. O facismo disfarçado de liberdade de expressão revela personalidades reprimidas a muito tempo, libertando monstros que já tinham sido vencidos. O retrocesso cansa, é difícil repetir o óbvio e não ser compreendido. É inútil argumentar quando tudo é verdade, menos se for verdade. Quanto mais provas você apresentar, mais contra eles serão.
A verdade é que o Brasil vale a pena, mas os brasileiros não. O povo se mostrou o maior inimigo de si mesmo, de sua evolução e oportunidades. Afinal, qual é a graça de vencer se todos irão vencer juntos? Para estes, só importa o que está cercado por suas quatro paredes e é assim que deve continuar. O egocentrismo está na moda, e quem discordar leva tiro.
Por Eleanor Rigby
Muito forte tudo isso, e mesmo com o resultado das eleições, temos que continuar ainda lutando
ResponderExcluirInfelizmente essa é a nossa verdade atual
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