As dores que me afligem

 Mesmo tendo uma vida considerada boa e pacata, todo jovem possui seus problemas e

angústias, então não poderia ser diferente. O que mais me causa conflitos e momentos

ruins, da minha adolescência até hoje, são a ansiedade e a depressão. Transtornos esses,

que atormentam minha sanidade mental e a paz do meu cotidiano com certa frequência.

A ansiedade é minha companheira de longa data, pois foi diagnosticada quando era um

pouco mais novo, na pré-adolescência, com pequenas atitudes, como roer as unhas e

bater os pés repetidamente no chão. Desde então, tento tratar por meio de homeopatia,

terapia com florais e assistência psicológica, contudo, mesmo com esses esforços o

melhor que consigo é amenizar esses sintomas, o que da margem a pioras significativas,

que se transformam em dias péssimos, cabeça a mil, noites mal dormidas e até mesmo

pesadelos.

Já a depressão, é mais recente na minha vida, foi diagnosticada em meu ano de

vestibular (que maravilha!). No começo eu achei que seria tranquilo, pois achava que

sabia lidar com qualquer tipo de situação, inocente que era, não fazia ideia do que

estava por vir. Foi uma piora gradativa que teve seu ápice em meados de maio e junho,

estava completamente destruído psicologicamente, certos dias acordava e não me

reconhecia, o poço de alegria, felicidade e sorrisos havia se esgotado. Para piorar minha

situação, meus pais não me deram o apoio necessário, me apoiei, principalmente em

meu amor e meus amigos, na tentativa de melhorar pelo menos um pouco aquele

desespero sem fim.

Já em um estágio mais ameno, acreditando estar no caminho para ter um dia a dia mais

tranquilo, surge o baque da pandemia, que tornou a tranquilidade da minha vida um

caos. Com ela os dias ruins voltaram a me assolar, me mostraram que a luta não havia

acabado, que preciso mostrar minha força de vontade ao combater todas as minhas

dores. Minha última cartada está lançada e que minha esperança e meus remédios não

me abandonem!

Sarah da KGB