Rio de Janeiro, 8 de Fevereiro de 2020
Os termômetros da cidade maravilhosa marcavam 36
graus Celsius quando eu e mais 4 amigos, todos brancos, resolvemos que daríamos
um “rolê” pela praia, afinal, não existe melhor maneira de enfrentar o calor
carioca. Pegamos o famoso ônibus da linha 474 , que leva “ suburbanos tipo muçulmanos do
Jacarezinho a caminho do Jardim de Alá”. Quando passamos pelo túnel Rebouças, o
ônibus é parado por uma blitz da polícia militar, um elemento tradicionalíssimo
da paisagem carioca, e, após uma revista no veículo, sou levado para fora do
ônibus junto com mais três jovens igualmente negros. Além dos constrangimentos
que passei nesse dia ( revista, descer do ônibus, perguntas dos policiais e
piadas dos mesmos) , esse acontecimento me fez abrir os olhos para aquele que é
um dos piores males da nossa sociedade: o racismo , velado ou explícito, direto
ou indireto.
Essa história é minha, mas poderia ser do João, da Carla,
do Daniel ou da Karol, moradores do subúrbio do Rio, de São Paulo, Belo
Horizonte, Nova York ou Minneapolis.
Até quando nós seremos sempre os principais suspeitos para todo e qualquer crime?
Até quando uma vaga de emprego será definida por uma cor de pele ou por um cabelo?
Até quando a arma da polícia vai nos matar?
Até quando vão nos oferecer sempre o elevador de serviço?
Até quando seremos vistos como mero objeto de desejo sexual?
Até quando o amor negro será mal visto, desvalorizado e questionado?
Nós precisamos pôr um fim em tudo isso e gritar em
alto e bom som: Basta!!
Black Lives Matter
Jubiabá
Eu sei que era pra ter raiva, mas admito que quase chorei lendo seu texto. Não consigo imaginar a sua dor e raiva com tantas injustiças. Espero que um dia a nossa sociedade consiga se amar por igual.
ResponderExcluirParabéns pelo texto, Jubiabá. Você escreve muito bem
Jubiabá, sinto muito por isso. Me dói ao mesmo tempo que me enche de raiva essa injustiça. Também me pergunto até quando nossa sociedade nadará nesse preconceito. Parabéns pela escrita e muita, mas muita força nessa luta.
ResponderExcluirParabéns pelo texto! E sinto muito por ainda ter que passar por isso. Que vozes como a sua nunca se calem!
ResponderExcluirParabéns pelo texo, adorei a forma como você escreveu! Me emocionei lendo seu texto, sinto muito pelo o que você passou e passa todos os dias.
ResponderExcluirTema mais que necessário, é ultrajante que algo assim aconteça! Parabéns pelo texto e pela força!
ResponderExcluirTexto forte e necessário. Parabéns por não ser manter quieto diante da opressão do sistema. Espero que juntos possamos acabar com esse mal.
ResponderExcluirCompartilho da mesma revolta.. Excelente texto !
ResponderExcluirJubiabá, sinto muito pelo seu ocorrido. É realmente inacreditável e inaceitável que isso tudo aconteça há tanto tempo e ainda aconteça. Parabéns pelo texto e forças!
ResponderExcluirQuando as pessoas vão aprender a respeitar????????????????
ResponderExcluirótimo texto!
Jubiabá, sinto muito que você tenha passado por essa situação, é extremamente revoltante que cenários como esse continuem acontecendo nas sociedades.
ResponderExcluirParabéns pelo texto, Jubiabá! Situações como essa são inadmissíveis, mas infelizmente extremamente comuns no nosso dia a dia. Ainda bem que você tem a coragem de falar sobre, nunca a perca! Mais uma vez, parabéns. E força para encarar toda essa luta.
ResponderExcluirCARALHOOOOO!!!
ResponderExcluirconseguir sentir a sua indignação em cada palavra e meu caro amigo, vc não está sozinho nessa luta, parabéns pelo seu texto.
Jubiabá, que texto lindo. Fico triste que situações como essa existam em pelo século XXI e que você teve que passar por isso. Um tema super importante. Gostei muito. Parabéns!
ResponderExcluirBasta! Jubiabá, não poderia concordar mais com o seu texto, já chega! Vivíamos, vivemos e viveremos muitas situações como essa antes que o preconceito deixe de ser normalizado. Até lá, precisamos ficar de olho enquanto estamos no ônibus, ou chegando em casa tarde, vai que acham que somos bandidos, não?
ResponderExcluirBeijos, Estrela!