sexta-feira, 30 de março de 2018

Edmundo

    Animal? Bad boy? Bobo da corte? Craque? Assassino? Edmundo Alves de Souza Neto talvez se encaixe em todas essas categorias. O atacante ídolo cruzmaltino sempre foi conhecido por ter o pavio curto e não pensar muito antes de agir. Seja em momentos simples, como fazer uma dança no primeiro jogo de uma final – só acaba quando termina amigo – ou em momentos estúpidos, como no de fazer uma decisão de dirigir embriagado com mais três  pessoas no carro.

   Edmundo, enquanto jogador, disse o que quis, e como era de se esperar, ouviu o que ninguém gostaria de ouvir. Desde a briga com o baixinho, seu antigo parceiro bad boy, a coros de assassino das torcidas adversárias. Seu temperamento lhe custou caro em alguns momentos, como em 94, ano do tetra, em que Edmundo não fez parte do grupo campeão e o treinador Carlos Alberto Parreira admitiu que o motivo da não convocação foi o medo de seu comportamento explosivo.

    Além de brigas com companheiros, técnicos e dirigentes, Edmundo também estrelou momentos escuros fora dos tabloides esportivos. Em uma noite de 1995, Edmundo se envolveu em um acidente de carro, enquanto estava alcoolizado, levando a vida de três  pessoas que estavam no carro junto à ele. O julgamento  percorreu durante anos e o ex-jogador não foi condenado.

    Dito tudo isso, Edmundo foi um craque dentro dos gramados. Torcedores do Vasco da Gama e do Palmeiras podem o considerar um ídolo. Porém, não é possível se negar seu histórico fora de campo, que afetou a vida de muitas pessoas, inclusive a sua. Ou seja, para as peguntas que eu fiz no início, quais seriam as respostas? Provavelmente sim para todas, uma coisa não exclui a outra, a vida tem disso.

Por SharkDuck 15

Um comentário:

  1. Conheço pouquíssimo de futebol, mas gostei bastante do seu texto! Parabéns!

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