quinta-feira, 22 de março de 2018

Será mesmo que existe a luz no fim do túnel?

De volta ao Rio de Janeiro, após algumas semanas cansativas de viagem à trabalho aos Estados Unidos, finalmente voltei para a minha terra; terra essa que a cada dia posterior a minha chegada não reconheço mais como minha, mas sim deles. Não saberei responder se me perguntarem quem são eles, pois não é função minha confirmar quem quer que sejam, por isso, só suponho.
Estão sendo os noticiários, as pessoas com quem encontro no dia a dia e especialmente os fatos que me fazem refletir quem são os protagonistas, melhor; os coadjuvantes. Os verdadeiros protagonistas se foram, e dia após dia, estão indo. Por isso, eu que sou roterista já a anos, utilizaria "Brasil: país onde os que lutam, morrem." para denominar uma novela dirigida por mim. Entretanto, perdoe-me a minha ignorância de segundos atrás, mas novela não, nesse momento em que vivemos, muito melhor seria um filme de terror ou, muito pior.
Minha avó, até mesmo a minha mãe dizia: existe uma luz no fim do túnel! Luz essa que nunca achei e sigo desacreditada de encontrar. Mulheres morrem, homens matam, crianças pedem por abrigo, pais abandonam, minoria implora por ouvintes mas uma dita "maioria", os calam. Nem a tragédia grega se compara a essa em que estamos imersos, pois a grega necessita de um fator transcedental, como o destino, e talvez, se deixássemos o nosso futuro a mercê somente do destino, estaríamos muito melhor do que estamos agora.

Por Ermyniana Valente.

2 comentários:

  1. Devo dizer que o primeiro parágrafo me lembrou demais Clarice. Acredito que elogio maior não há!

    ResponderExcluir
  2. muito boa, mas, por algum motivo, tive a sensação de que a crônica foi escrita com pressa. Deixe a escrita fluir mais.

    ResponderExcluir