sábado, 13 de outubro de 2018

A marísia e a sua presença

Tudo calmo e sossegado. É domingo de manhã, o dia está lindo sem nenhuma nuvem, dormimos sem ter hora. Você acorda preocupado, coloca água nas mudinhas e admira seu tomate cereja e a pimenteira. Volta pra cama, me abraça e seus olhos começam a me encarar até eu me sentir sem graça e dar um sorriso. Logo depois, você começa a me beijar e fala que me ama e como sente gratidão. Você vê a hora e dá um pulo, começa a fazer meu omelete. Depois reclama, diz que eu demoro a me arrumar, que estamos perdendo quase toda a manhã e mesmo assim para e me admira colocando o biquíni… E mais uma vez, nós dois acabamos perdendo a hora. No ônibus, ouvimos música que você me dedica. A letra diz que você quer me ver no altar e me dar todos os beijos que você ainda não me deu. Eu fico rindo, e nós dois concordamos que agora e por um bom tempo a prioridade é os estudos e principalmente o seu vestibular. Você encosta no meu ombro e dorme até chegarmos em Antero de Queral, e quando chegamos a praia, você como sempre esqueceu a sua canga e ficamos apertados na minha. Mas eu nunca liguei. Você está no meu colo e te pego me encarando mais uma vez. O barulho do mar, sua presença… Me sinto bem e leve.

Hippolyte Leon

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