esses sons estridentes que aconchegam meu ouvido não fazem sentido nenhum
me sinto como uma bolha flutuando no céu aberto, esperando o momento de estourar
e quando estourasse, eu só queria desaparecer mesmo
fugir dessa coisa corrida que é esse tal ciclo que tenho que percorrer pra sobreviver
agora dá pra parar?
pois cada vez mais eu queria trocar de lugar com você
parece que não sente nada
e continua flutuando
não sente essa pressão dos meus olhos que arruinou minha infância voltar em momentos de
ansiedade
só olha suavemente o que resta de bom de mim
não sente essa raiva descontrolada que me desconstrói dos meus próprios princípios
só vê o bebê chorão pedindo ajuda lá dentro e sorri
então por favor, para!
não quero sentir essa saudade de uma coisa real
mas que parece um sonho vivo-morto
que passa pelos lábios como cores quentes, amortecedoras
que me fazem dependente de um conforto impossível
desconfortável, pois não se sente
a falta dele é interna
e o que aprendi com isso tudo é que o problema sou eu
e agora, só quero aprender a voar como você
então quando chegarmos lá, não pare
não antes que eu diga
Julian Castella
Aplaudo pela ousadia da estrutura e da linguagem
ResponderExcluirteve todo seu diferencial, saiu do comum
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